sábado, dezembro 31

Ninguém me telefona



Fiquei alarmada com esta notícia na 1ª página do jornal EXPRESSO, de 30.12.2005:

"Cerca de um milhão de portugueses (9,9%) revelam ser homossexuais, numa sondagem, com questionários anónimos e confidenciais, realizados este mês pela Eurosondagem para o EXPRESSO"

O que é facto é que ainda ninguém me telefonou a convidar para o "reveillon".

(bedareburning)

sexta-feira, dezembro 30

H E L P !


Alguém sabe como é que se faz um laço ?

E, já agora, as ilustres visitantes do blogue já têm par para o réveillon ?


quinta-feira, dezembro 29

The Day After



Um Bom 2006, com a realização de todos os vossos desejos, são os votos da Equipa do "Conversas de xaxa 4". A falta de tempo e o elevado número de leitores que nos visitam, torna impossível fazê-lo pessoalmente, como desejaríamos e vocês merecem.
Fica aí o Woodpecker (que fomos "palmar" ao Google) a desejar-vos também um Happy New Year, apanhado às 14 PM do dia 01 de Janeiro de 2006 a beber o seu café matinal, sem açucar, depois de uma passagem do ano muito animada, como nós desejamos que todos tenham!

Áustria


Da Itália para a Áustria, a caminho de Innsbruck.

(Foto de Peter)

Pensamento do dia

“Só o fluir do tempo conta, nada mais existe senão a vida que passa por nós e nos transforma e nos esclarece. Com ele entramos num estranho estado que é o da existência, em que tudo flui como a água que corre mas onde só os factos que contaram, em vez de se depositarem no fundo, emergem à superfície e atingem connosco o mar.”

(“Como a água que corre”)

quarta-feira, dezembro 28

Capri - Entrada para a Grotta Azzurra


(Foto do Peter)

É duro ser pobre

Pobre de unhas pintadas: Paneleiro
Rico com sandálias: Turista
Pobre com sandálias: Mendigo

Rico que come muito: Gourmet
Pobre que come muito: Esfomeado

Rico a ler o jornal: Intelectual
Pobre a ler o jornal: Desempregado

Rico vestido de branco: Médico
Pobre vestido de branco: Pai de Santo

Rico a subir o morro: Rapel
Pobre a subir o morro: Voltando para casa

Rico no restaurante: Cliente
Pobre no restaurante: Garçom

Rico de fato: Empresário
Pobre de fato: Defunto

Rico na Loja: Quanto custa?
Pobre na loja: Estou só a olhar...

Rico a ler este e-mail: Patrão
Pobre a ler este e-mail: Empregado baldando-se ao serviço

(recebido do outro lado do Atlântico. É a realidade, que nós fingimos não ver)

Corpo de delito

terça-feira, dezembro 27

Lucubrações

Uma tentativa de boicotar o concerto de Woody Allen foi protagonizada pelo candidato a Belém, Aníbal Cavaco Silva ao afirmar que tem de ser criada uma secretaria de estado para as empresas estrangeiras a operarem em Portugal.Eis o busílis da questão: se as ditas operam porque continuamos com uma lista de espera enorme na saúde?Poderá o concerto de Woody Allen ser considerada uma operação de uma empresa? Se sim, não deve ser levado em linha de conta que este sempre pautou o seu caminho por produções independentes? A aceitar esta premissa como válida será legítimo atribuir-lhe um subsídio? Se a resposta for um sim, será certo que este conhecido criador o possa usar na plantação de ostras? A propósito destas, estará provado cientificamente que são afrodisíacas? Se forem não devemos inclui-las nos bens de primeira necessidade e terem isenção total de IVA? Até que ponto podem as ostras contribuir para o nascimento de mais crianças? Se a taxa de nascimento aumentar poderemos contar com a falência absoluta do sistema de segurança social? Enquanto vou formulando estas perguntas Allen ataca furiosamente um trompete dourado e arranca-lhe a custo um dó maior, motivo que levou o percussionista da banda a atirar-lhe com um enorme bombo à cabeça. Felizmente que o INEM chegou a tempo salvando-lhe a vida in extremis retirando uma baqueta da garganta do músico, actor, cineasta, realizador e melhor cliente do Dr. Diamantino, conhecido psicanalista internacional com consultório no Hospital Júlio de Matos, onde tem residência. Muito por culpa das ostras que resolveram invadir a minha mente deixando alguns mexilhões no cérebro, ia-me esquecendo do desejo de Cavaco em criar uma secretaria de estado para as empresas estrangeiras, afirmação ao que parece bastante infeliz já que todos os outros candidatos se apressaram a criticá-lo acusando-o de querer governar a partir de Belém, o que seria de facto uma blasfémia, já que seria mais ponderado fazê-lo de Jerusalém ou do Monte das Oliveiras ou ainda de Fátima onde teria certamente a bênção da Igreja Católica, leia-se “Fábrica da Igreja S.A.”. Allen que entretanto regressou ao concerto, resolveu tocar xilofone alegando que as probabilidades de engolir o trompete seriam menores, o que levou o público a aplaudi-lo freneticamente atirando cadeiras para o palco numa carinhosa manifestação de afecto. Um segurança pouco dado a coisas da cultura exagerou e atirou-lhe com um piano de cauda branco partindo-lhe os óculos, enquanto a população de Alverca depositou o carrilhão daquele simpático lugarejo no palco numa tentativa gorada de se verem livres do dito.Exuberantemente Allen agradece e põe-se em trajes menores com um ramo de salsa na mão, uma gravata enorme em torno do pescoço, a cantar tirolês e batendo com a cabeça no chão trinta e duas vezes, o que lhe provocou ligeiras perturbações, levando-o a fazer a saudação nazi e beijando o baterista que confundiu com uma loira.Cavaco beijou um esturjão que confundiu com Maria sua legítima esposa que disse ter mudado o sentido de voto, afirmou que não havia afirmado coisa nenhuma. “O meu voto será para Louçã”, gritou a candidata a primeira dama, o que foi considerado “ligeira amnésia” por parte do staff médico que acompanha a comitiva pelas feiras.

Lápis Lazúli


A propósito da publicação da foto da Grota Azzurra, em Capri e de que, nas pequenas povoações na base do Vesúvio, se venderiam jóias e outros objectos feitos de Lápis Lazúli, levantou-se a questão do mineral ser proveniente da referida Gruta.
Não é. Já se escreveu aqui que o azul maravilhoso da Gruta é uma questão óptica e daí ter feito uma pequena pesquisa para responder à questão, cuja resposta eu já esquecera.

A coloração do Lápis Lazúli, é de um azul característico, que pode ser mais ou menos intenso. O nome provém da palavra Latina "lapis" e da palavra Persa "awzhul", que significa azul. Era das pedras mais apreciadas pelos antigos, da Mesopotâmia, ao Egipto, á Pérsia, á Grécia e Roma. A antiga cidade de Ur já teria um importante comércio de Lápis Lazúli desde o quarto século A.C. São conhecidíssimas as fabulosas jóias antigas feitas de Lápis Lazúli e Ouro, das quais a mais famosa será provavelmente a máscara funerária do Faraó Tutankhamon. As mulheres da aristocracia egípcia da época usavam-no na forma de pó, para pintar os olhos. Quando o Lápis Lazúli foi pela primeira vez introduzido na Europa, era chamado de "ultramarinum" que significa "para além do mar". Nome este também aplicado ao "pigmento ultramarino" (azul) que era basicamente Lápis Lazúli moído. Os magníficos azuis dos quadros da Renascença provêm deste mesmo pigmento.
Ao contrário da grande maioria das gemas, o lápis-lazúli é uma rocha, não um mineral.
O de melhor qualidade é o de Badakshan (Afeganistão), mas a gema encontra-se também no Chile, Irão e Rússia.
O lápis-lazúli é sintetizado desde 1976 com muita perfeição, podendo ser extremamente difícil diferenciá-lo do natural.

Para quem as tiver, saiba que as jóias com "lápis-lazúli" devem ser protegidas contra a acção de ácidos, sabões e água quente.

Trabalho de equipa


(recebido por e-mail)

A Primeira Luz do Universo?


Uma observação efectuada com o auxílio da câmara de infravermelhos do telescópio espacial Spitzer, revelou a presença de radiação de infravermelho na constelação do Dragão. Pensa-se que esta radiação seja proveniente das primeiras estrelas do Universo, com mais de 100 vezes a massa do nosso Sol, de uma era de há mais de 13 mil milhões de anos, quando o brilho do Big Bang se desvaneceu. Estas sobreviveram por apenas uns escassos milhões de anos antes de explodirem naqueles que foram os primeiros eventos de supernovas.

Depois de a matéria incandescente remanescente do Big Bang ter arrefecido e o Universo passar a ser transparente à radiação, surgiram as primeiras estrelas e galáxias, entre outras estruturas celestes que conhecemos hoje. Os objectos que emitiram esta luz desapareceram há uma enorme quantidade de tempo e, ainda assim, a sua luz continua a viajar através do Universo.

A luz identificada pode ser proveniente das primeiras estrelas ou, talvez de gases quentes em queda para os primeiros buracos negros. A equipa que realizou a descoberta descreve as imagens obtidas como a da iluminação nocturna de uma cidade distante, quando vista de avião. A luz é demasiado débil e está demasiado distante para que se possam resolver objectos individuais.

A gravura acima pretende ser uma ilustração artística do Universo jovem.

(Resumo, muito condensado, de um artigo publicado no último ASTRONOVAS recebido - Observatório Astronómico de Lisboa - Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa )

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segunda-feira, dezembro 26

Se calhar já tem barbas ...

Mas hoje contaram-me a seguinte anedota a respeito das Presidenciais:

O candidato M. So ares, teria telefonado ao Presidente Lula a ver se ele lhe arranjava duas moreninhas para animarem a sua campanha, ao que este respondeu:

- Não pode ser não. Posso é arranjar-lhe duas canadianas se você quiser.

______

Sempre prestáveis os nossos amigos brasileiros.

Os pontos nos is

Minestério da Educassão dis k não akaba com ezame de Portuguez pormutivos hóbvios

(inÉPCIA)

CAPRI - Grotta Azzurra


É com certeza, o lugar mais célebre de toda a ilha de Capri e , sem dúvida, o mais espectacular. O seu nome e a sua beleza são devidos à cor azul intensa e límpida das águas que ocupam esta cavidade, formada no decurso dos milénios pela acção erosiva do mar.
A água deixa filtrar somente o azul da luz externa, que penetra na gruta através de uma abertura submarina situada justamente abaixo da entrada.

(foto de Peter)

Dez homens e uma mulher

”Onze pessoas estavam penduradas numa corda de um helicóptero. Eram 10(dez) homens e 1(uma) mulher.
Como a corda não era suficientemente forte para segurar todos, decidiram que um deles teria que se soltar.
Eles não conseguiam decidir quem, até que, finalmente, a mulher disse que se soltaria da corda pois as mulheres estão acostumadas a largar tudo pelos seus filhos e marido, dando tudo aos homens e recebendo nada de volta e que os homens, como a criação primeira de Deus, mereceriam sobreviver, pois eram também mais fortes, mais sábios e capazes de grandes façanhas...
Quando ela terminou de falar.....Todos os homens começaram a bater palmas.....

Nunca subestime o poder e a inteligência de uma mulher... “

(recebido por e-mail)

Uma justa homenagem às nossas leitoras. Se já conhecem, fica a intenção …

domingo, dezembro 25

2006: O Ano da mudança de atitude?

Esperança parece ser sempre a palavra de ordem sempre que um novo ano se aproxima.

Sabemos à partida que provavelmente as coisas só vão piorar. Não consigo descortinar – apesar dos enormes óculos de que me muni – nenhuma razão para ter esperança.

A nível externo posso antever mais prepotência, mais mesquinhez, mais guerras sem sentido, mais terrorismo e consequentemente mais fome, mais miséria e mais desesperança.

Por cá, o panorama também não oferece nenhuma garantia de que tudo será diferente. A eleição de um dos velhos monstros sagrados da política portuguesa para Belém está assegurada, seja qual for o escolhido pelo povo descrente, analfabeto e pouco esclarecido, logo facilmente manobrável.

A esperança parece pois não passar de um conceito vago do domínio da filosofia abstracta.

Findo 2005 temos a sensação de que o mundo parou, de que nada ou quase nada aconteceu que evidencie a nossa qualidade de seres humanos. Ao invés, esta teoria perde estoicamente para a verdadeira aberração e abjecção de que estamos cada vez mais estereotipados, que o mesmo é dizer, alienados, perdidos entre conformismos que não entendo, submissões que abomino e subserviências que são do campo da loucura.

Abdicámos completamente da nossa dignidade em favor da ignomínia da indignidade. Somos os novos escravos e julgamo-nos pelas aparências, pela conta bancária, pelo automóvel, pelas roupas que envergamos, pela casa que possuímos.

Temo que no final de 2006 possa estar a escrever algo parecido. Os anos passam, as sociedades tornam-se cada vez mais desumanizadas, cada um de nós é uma ilha que teima em olhar o seu próprio umbigo. Era porém tão fácil se cada um de nós mudasse apenas um pormenor! Faria certamente a diferença.

O tempo porém parece ser de folia. Na noite encantada, beber-se-á a jorros, frequentar-se-ão festas da moda, jantar-se-á que nem abades. Afogam-se as esperanças em alegres festins, celebra-se não sei o quê, para nos darmos conta ao outro dia que o pesadelo continua presente.

Não vou desejar aos meus leitores um belíssimo 2006. Não seria sensato fazê-lo, porque todos sabemos que o novo ano não nos vai trazer coisa nenhuma, a não ser mais desilusões.

Deixo porém um desejo: lutemos todos – essa luta deve começar em cada um de nós – por mudar nem que seja um pouco da nossa atitude perante o mundo e perante nós mesmos. Exijamos dos políticos que cumpram promessas. Manifestemos-lhe o nosso desagrado, com manifestações, paralisações, ou qualquer outra forma mais criativa de lhes lembrarmos que estamos vivos, que queremos a nossa dignidade de volta.

Tentemos que o ano que se aproxima seja de facto o ano da mudança.

Natal divino

“Natal divino ao rés-do-chão humano,
sem um anjo a cantar a cada ouvido.
Encolhido
à lareira,
ao que pergunto
respondo
com as achas que vou pondo
na fogueira.

O mito apenas velado
como um cadáver
familiar ...
E neve, neve, a caiar
de triste melancolia
os caminhos onde um dia
vi os Magos galopar ...”

(Miguel Torga, S.Martinho de Anta, 24 de Dezembro de 1970)

Capri


(Foto do Peter)

sábado, dezembro 24

Pais Natais modernos ...


É a crise ...
Fica muito caro manter um trenó e dar de comer às renas.

O Presépio das monjas do mosteiro de La Verne



Maria está deitada a descansar.

Claro que sim !

Qual é a mulher que a seguir a um parto se vai ajoelhar a rezar ?

Feliz Natal e divirtam-se o melhor que puderem !


A ceia de Natal

Carl Larsson, "The Christmas Eve", watercolor.

sexta-feira, dezembro 23

Cartas ao Pai Natal

Deixem aqui nos comentários os vossos pedidos "utópicos" ao Pai Natal.

quinta-feira, dezembro 22

Conversas de café

Banalizámos tudo. A vida, o Natal, a morte. Nós próprios somos banais simplesmente porque nos negamos o direito do sonho. Ou talvez este nos tenha sido roubado por uma sociedade inquieta e amorfa a um tempo.
Falamos de paz e fazemos a guerra. Falamos de amor e promovemos o ódio. Falamos de vida e consolidamos a morte como objectivo quase único, condenando seres semelhantes a nós à miséria, à fome, à falta de medicamentos.
Falamos de cultura e de educação e insistimos em políticas de avestruz que promovem o analfabetismo moderno.
O que somos afinal?

Esta conversa poderia ser a conversa de qualquer um de nós num vulgar encontro de café.

Ora é aqui que reside o inverosímil da situação. Se estamos num café será lícito conversar sobre temáticas sérias em lugar do omnipresente futebol?
E se falarmos de futebol será que estamos a falar de algo verdadeiramente importante?
Sugiro que mudem de roupa antes de o fazerem. E de sapatos.

“Sem abrigo constituem-se em associação sindical” pode ler-se num jornal da nossa praça.
Reconhecendo o direito à livre associação e manifestação, questiono-me se os mesmos não se deveriam ter constituído num grupo de guerrilha urbana. Se usarem a fisga, ou mesmo se recorrerem a pistolas que esguicham água, poderão tentar chamar a atenção da grande massa informe e entorpecida que se podem ver nas grandes urbes, aparentemente com dois objectivos: correr para o local de trabalho e terminado este, correrem para casa.

“Sindicato de Magistrados adere à Máfia Napolitana”, o que parece ser uma operação sensata, já que desta forma podem mandar fazer execuções. O Procurador-geral da República afirma ser o “padrinho” de uma conhecida família Siciliana “e ter argumentos para derrubar o governo, linchar estes gajos todos, sobretudo o Paulinho Pedroso”. Questionado porquê Paulo Pedroso escudou-se no “segredo de justiça”, seja lá isso o que for, já que é hábito os processos serem divulgados pelas redacções dos jornais, rádios e televisões por essa mesma instituição.

“Portas faz microfilmes de documentos classificados” é a bomba de hoje. A sério? E se sim, qual é o mal disso? Então não é conhecida a apetência do dito pelo mundo do espectáculo? Será justo colocar um homem próximo da OPUS DEI em tribunal por pretender fazer um documentário sobre as desventuras da nossa secreta militar? Não é justo que todos saibamos que os submarinos comprados em leasing têm armamento sofisticado? Assim, teremos a certeza de que o nosso dinheiro está a ser bem utilizado. Algumas fontes apontam mesmo que “As Oficinas de Material de Guerra conseguiram criar uma arma temível com base nos péssimos odores de quem nunca se lava”, o que parece prometer uma arma capaz de arrasar com qualquer ameaça á segurança nacional.

Apesar de todas estas contradições vivemos num verdadeiro oásis. Já imaginaram se fossemos governados por Bush?

O Mosteiro de La Verne e as suas monjas

Nesta época natalícia, escolhi algumas fotos interessantes que vão contrastar com o ritmo frenético que vivemos. É o lugar ideal para passar um Natal diferente, verdadeiramente radical ;).
Estamos em pleno coração do maciço des maures, no sul de França, não muito longe de Saint Tropez. O caminho é de terra batida, sinuoso, expressamente pedregoso. Na 1ra figura avistamos a famosa vila vip, nas restantes observamos o silêncio e o isolamento, e ainda as obras de reconstrução deste templo apaixonante, renascido das cinzas.


Datando de 1170, o mosteiro foi habitado por várias ordens de monges. Após uma vida conturbada, acaba por ficar abandonado e em ruína. Até que nos anos 80, 2 amigas decidem reunir esforços para recuperar o templo e o devolver à sua missão inicial. Hoje é habitado por monjas da ordem de Belém, que veneram S. Bruno, ermita adorador de Maria, nascendo daí o nome de "Chartreuse de Notre Dame de La Verne".
As monjas raramente aparecem em público. Para além da oração,
a sua vida é dedicada ao artesanato, produzindo obras magníficas que ornamentam o mosteiro e servem igualmente para venda ao público visitante. Algumas imagens são interessantes pela originilidade do traço. As estatuetas em madeira pintada e a cerâmica constituem o grosso da produção.

COMPUTADOR OU COMPUTADORA?

Em conversa com um amigo boliviano, levantei a seguinte questão:

- Porque é que "computador" em espanhol é feminino, ou seja, é "computadora"?

Ao que ele me respondeu categoricamente:

- É porque está comprovado que os computadores são realmente do sexo feminino, sem qualquer sombra de dúvidas.

Aí eu pedi:

- OK, cita-me lá uma razão.

Ele deu-me várias... Eis aqui algumas razões que atestam, cientificamente, que os computadores são fêmeas:

1) Assim que se arranja um, aparece outro melhor na esquina mais próxima.

2) Ninguém, além do criador, é capaz de entender a sua lógica interna (Muito boa!)

3) Mesmo os erros mais pequeninos que você cometa são guardados na memória para futura referência. (Essa é fatal!)

4) A linguagem nativa usada na comunicação entre computadores é incompreensível para qualquer outra espécie.

5) A mensagem "bad command or file name" é tão informativa quanto, digamos, "se tu não sabes porque estou chateada, também não sou eu quem te vai explicar!!!!!" (essa é óptima!)

6) Assim que você opta por um computador, qualquer que seja rapidamente gastará todo o seu ordenado com acessórios para ele.

7) O computador processa informações com muita rapidez, mas não pensa.

(Esta é mesmo muito, muito, muito bera....)

8) O computador do seu amigo, vizinho, ou do seu escritório é sempre melhor do que o que você tem em casa. (Essa é mesmo mazinha...oh,oh,oh,oh)

9) O computador não faz absolutamente nada sozinho, a não ser que você digite uma ordem de execução.

10) É sempre nas alturas mais importantes que o computador encrava.

Será que alguém ainda tem dúvidas que o computador é do sexo feminino?

(recebido por e-mail)

O Vesúvio


(Foto do Peter)

quarta-feira, dezembro 21

Cadeau empoisonné pour messagerie instantanée

Les développeurs de virus et de vers qui ont souvent tendance à surfer sur les sujets d'actualité ne pouvaient pas passer à côté des traditionnelles fêtes de fin d'année et proposent pour Noël un joli cadeau empoisonné nommé... IM.GiftCom. All.
Derrière ce nom se cache un nouveau ver qui se propage actuellement sur l'ensemble des messageries instantannée (AOL/ICQ, MSN Messenger et Yahoo! Messenger).
Le ver propose aux utilisateurs de ces messageries d'accéder à un cadeau via un fichier ou via une adresse permettant le téléchargement de « gift.com ».
Ce fichier cache en réalité un rootkit qui désactive l'antivirus et récupère des informations personnelles liées à l'utilisateur pour les transmettre.
Les utilisateurs infectés propagent, sans le savoir, le ver à l'ensemble de leurs contacts. Prudence donc si vous recevez un mystérieux « gift » sur votre messagerie instantanée, même si cela vient de la part d'un ami...

Faites circuler .......

(e-mail acabado de receber da "bluegift")

Ladainha dos póstumos Natais

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se seja à mesa o meu lugar vazio

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que hão-de me lembrar de modo menos nítido

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que só uma voz me evoque a sós contigo

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que não viva já ninguém meu conhecido

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem vivo esteja um verso deste livro

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que terei de novo a Nada a sós comigo

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem o Natal terá qualquer sentido

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que o Natal retome a cor do Infinito

(David Mourão-Ferreira)

Napoles

Vista sobre a baía.

(Foto do Peter)

terça-feira, dezembro 20

Fiasco

Soares que presume ainda ter pés diz estar ao seu melhor nível, seja lá o que isso for.

A dificuldade em saber se os pés existem é apenas uma questão metafísica, já que consegue estar de pé embora se possa concluir que é uma pura questão de equilíbrio.

Cavaco, a Barbie nacional, tem um ar cada vez mais plastificado, correndo todos nós o risco de virmos a ter como primeiro magistrado da nação um arremedo uma espécie de marioneta. Claro que podemos sempre valorizar exacta parte, fazer milhões de cópias e impingi-las às criancinhas dizendo-lhes: o super-homem pode ser parecido com este boneco.

As crianças riem, os adultos exultam e haverá mesmo alguns que irão apanhar um táxi até outro planeta qualquer, onde não seja possível encontrar nem um nem outro.

Neste último caso, alguns portugueses ponderam levar bananeiras e plantá-las por lá para depois venderem aos americanos.

O “aguardado” debate promete ser um fiasco.

Frases como “olhe que não, olhe que não” e “você não tem perfil para ser monarca” serão algumas das que se ouvirão.
Ora, a acontecer isto, teremos um colapso colectivo, sendo mesmo possivel visionar em directo muitos suicídios.

“Uma viagem ao passado” dirão alguns dos comentadores inteligentes. “Não trouxeram nada de novo para o debate”, acrescentarão os mais atentos, enquanto os verdadeiros cérebros como Luís Delgado fará seguramente a apologia de Cavaco, “embora não saiba porquê. Será que estou apaixonado, ou sou mesmo parvo?” – Fico-me pela última hipóteses.

Sei antecipadamente que Soares usará fralda e que Cavaco sairá a cantar “A Portuguesa” com ar vitorioso.

No final ambos dirão que o debate “foi esclarecedor” embora ninguém tenha entendido nada.
Um jornalista mais irado atirará mesmo com a máquina fotográfica à cabeça de ambos, prestando um verdadeiro serviço à nação.

Ambos foram internados compulsivamente num albergue para débeis mentais, só que pensam estar em Belém.

Milão



Interior de la Galeria Vitorio Emanuelle II

(Foto do Peter)

Mais rápido que a luz

Este livro é diferente dos habituais livros de divulgação científica, que seguem um determinado rumo essencialmente explicativo. O autor, natural de Évora, imprime-lhe um cunho de diário pessoal, onde a sua vida íntima, mesmo a de carácter sentimental, vai desenvolvendo-se simultaneamente com o trabalho científico. Assim, podemos considerá-lo dividido em duas partes:

A I parte – A história de “c”.

É a parte científica, em que o autor fala da relatividade, da velocidade da luz (“c”), do big bang e da forma como o americano Alan Guth procurou, através da Teoria Inflacionária, resolver os enigmas postos por esta teoria.

A II parte – Anos - luz

Aqui o João Magueijo tem a ideia de que “se conseguisse demonstrar que no universo primordial a luz se tivesse propagado mais depressa do que o faz hoje, talvez conseguisse resolver alguns dos enigmas” do big bang.

E é também a parte pessoal:
- a luta contra o “statu quo” e os “monstros sagrados”, o ambiente universitário em Inglaterra, a necessidade de encontrar alguém que colabore com ele numa ideia “maluca”em que, por vezes, tem de escrever 50 páginas de fórmulas matemáticas para resolver um aspecto do problema, a colaboração de físicos experimentais capazes de verificarem as suas previsões;
- a batalha Gutenberg (a luta para conseguir a publicação do artigo numa das revistas científicas);
- o seu dia-a-dia como pessoa.

Um seu colaborador, John Barrow ( “O mundo dentro do mundo”, nº 99 da Gradiva, col. Ciência Aberta ), fez certa vez notar que qualquer ideia nova atravessa três etapas aos olhos da comunidade científica:

"Etapa 1: é uma grande merda, não queremos sequer ouvir falar nela.
Etapa 2: não está errada, mas não tem certamente qualquer relevância.
Etapa 3: é a maior descoberta de todos os tempos e nós chegámos lá primeiro.”

E se a VSL (Variable Speed of Light) estiver errada?

Aí o Magueijo diz:

“Diverte-me que alguns dos meus colegas – justiça seja feita, uma minoria de entre eles – estejam desejosos de ver a VSL ir por água abaixo. São pessoas que nunca tiveram tomates para tentar algo verdadeiramente novo. É triste que alguns cientistas nunca se afastem do que já é conhecido, quer em “teoria das cordas”, quer em “cosmologia inflacionária”, quer na “teoria e prática da radiação cósmica”. É óbvio que uma ideia tão doida como a VSL lhes ofende o amor-próprio: “têm” de a ver falhar para sentir o ego composto. Mas não me parece que entendam. Se a VSL falhar, tentarei outra ideia ainda mais radical:

A ciência só vale a pena na medida em que nos é permitido perder-nos na selva do desconhecido.”

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A frase do dia

"Os debates políticos podem ser mais ou menos interessantes, mas os portugueses já perceberam que não é nenhum dos candidatos presidenciais que lhes vai resolver os problemas"

(Rui Santos - ruimmsantos@netcabo.pt)

segunda-feira, dezembro 19

O Beijo


"O Beijo", do pintor austríaco Gustav Klimt (1862-1918), é um símbolo fascinante da perda do "eu" que os amantes experimentam.
Só os rostos e as mãos deste par são visíveis; tudo o resto é um grande turbilhão dourado, cravejado de rectângulos coloridos, como se Klimt quisesse exprimir a explosão física e emocional do amor erótico.

O conto do vigário

Parece incrível, mas a verdade é que ainda crêem que somos um país do 3º mundo e, se calhar, vai haver "patos" a caírem... Acabo de receber o seguinte e-mail, que eu não traduzo por preguiça, mas de que vou destacar apenas os aspectos mais importantes:

PERMETTEZ-MOI DE VOUS INFORMER DE MON DÉSIR DE L'ENTRÉE DANS LE RAPPORT D'AFFAIRES AVEC VOUS.

AVANT LA MORT DE MON PÈRE IL M'A DIT QU'IL A UNE SOMME D'US$4,500,000 DANS UN BANQUE LOCALE ICI À ABIDJAN, ET M'A CONFIRMER QUE JE SUIS L'HERITIER DIRECT DE LA SOMME ET IL A EN OUTRE EXPLIQUÉ À MOI QUE C'ÉTAIT EN RAISON DE CETTE RICHESSE QU'IL A ÉTÉ EMPOISONNÉ PAR SES ASSOCIÉS D'AFFAIRES, CELA QUE JE DEVRAIS CHERCHER POUR UN ASSOCIÉ ÉTRANGER OÙ JE TRANSFÉRERAI CET ARGENT ET L'EMPLOIERAI POUR LE BUT D'INVESTISSEMENT.

MONSIEUR, JE CHERCHES HONORABLEMENT VOTRE AIDE DES MANIÈRES SUIVANTES.

1) ME FOURNIR UN COMPTE BANCAIRE OÙ CET ARGENT SERAIT TRANSFÉRÉ.
2) AU SERVIR DE GARDIEN DE CES FONDS.
3) POUR FAIRE L'ARRANGEMENT POUR QUE JE VIENNE À VOTRE PAYS ET GARRANTIE MON ÉDUCATION (ECOLE) ET POUR FIXE UNE TENIR COMPTE RÉSIDENTIELLE DE MOI DANS VOTRE PAYS.

D'AILLEURS, MONSIEUR, JE SUIS DISPOSÉ À VOUS OFFRIR 15% DE TOUTE LA TOTALE SOMME COMME COMPENSATION ET PLUS 5% POUR VOTRE ENTRÉE D'EFFORT APRÈS QUE LE TRANSFERT RÉUSSI DE CES FONDS À VOTRE COMPTE NOMMÉ QUE VOUS ALLEZ PARVENIR.

ETC e tal...

domingo, dezembro 18

Nós por cá

A política portuguesa tem a enorme capacidade de me surpreender. A política e os políticos, embora tudo isso me obrigue a ter um corpo de intervenção de bombeiros por perto, já que não é coisa rara a minha cabeça deitar imenso fumo resultado das chamas interiores que o acto de tentar entender me provocam.

Ontem mesmo o ar ficou irrespirável e a cidade onde resido ficou coberta por uma espesso fumo negro que me saía pelas orelhas.

João Pinto ficou com o autocarro do Benfica obviamente porque o clube da Luz não sabia como se ver livre dele. Fartos de empurrar, os jogadores ameaçaram com uma greve geral por tempo indeterminado, caso não se vissem livres do mastodonte.

Marcelo, na verdade, uma espécie de chouriço com olhos, foi visto a gritar em público no programa onde é comentador “Viva o Braga” e “Braga já é campeão”, pondo mais algumas hipóteses sobre as possibilidades do seu clube, embora não se lembre quais, acabando num choro compulsivo quando se deu conta que o estádio tinha mudado de local. Tentando a todo o custo saber onde está o novíssimo parque desportivo, resolveu oferecer alvíssaras e partiu para o continente africano, convicto de que o governo de José Eduardo dos Santos está a pensar em o utilizar no mundial que se aproxima.

A fulana que o vai interpelando costuma engasgar-se e tem mesmo muitas dificuldades em pronunciar uma frase com sentido, alegadamente por “não existir língua portuguesa, mas apenas frases que podemos considerar idiomáticas mais do âmbito do mirandês”.

Ninguém entendeu a senhora, nem mesmo ela.

Ora se o programa pretende contribuir para a educação dos portugueses, é mais do que certo que acabaremos todos mudos. O problema é tão sério que um deputado do PSD já questionou a ministra da Educação sobre o interesse nacional “Das escolhas de Marcelo”, já que o mesmo, segundo o deputado “não tem a certeza se é na verdade um professor universitário ou uma salsicha da nova geração”, citando mesmo algumas frases de um spot publicitário da Nobre que me vou abster de reproduzir.

REPRODUZIR é outro dos graves problemas que assolam o país, a tal ponto que o grupo parlamentar do CDS/PP fez uma interessante proposta à Assembleia da República: arranjar voluntários para reproduzirem a espécie, ao mesmo tempo que se põe a tónica no “interesse nacional, sendo esta uma forma de acabar com o desemprego”.

A proposta foi aprovada por larga maioria, com votos contrários apenas de alguns deputados do PS conotados com o lobby gay, tendo ficado decidido “que os salões nobres das autarquias passem a estar equipados com camas de água, e sempre bem fornecidas de fêmeas”.

Para darem o exemplo, o próprio hemiciclo foi transformado num gigantesco motel onde é agora possível ouvir música ambiente a par de muitos gemidos.
Imbuídos de uma verdadeira mística, os deputados levantaram-se, cantaram o “Avante” e despiram as calças...

Jornal de Natal

Milão

La Piazza del Duomo

(Foto de peter)

Perséfona


Perséfona: — Sobre este véu azul de dobras intermináveis, bordo, com a minha agulha de marfim, as figuras inumeráveis dos seres e de todas as coisas.
Terminei a história dos Deuses: bordei o Caos terrível de cem cabeças e mil braços. Dele deverão surgir os seres mortais.
Quem, então, os fez nascer? O Pai dos Deuses disse-me que foi Eros. Mas nunca o vi, ignoro a sua forma. Assim, quem me pintará o seu rosto?

As ninfas: — Não penses nisso. Porquê essa vã questão?

Perséfona (levanta-se e afasta o véu): — Eros! O mais antigo e contudo o mais jovem dos Deuses, fonte inesgotável de alegria e choro — pois, assim me falaram de ti — deus terrível, o único desconhecido e invisível dos Imortais, o único desejável, misterioso Eros! que perturbação, que vertigem me assalta ao teu nome!

O coro: — Não procures saber mais. As questões perigosas foram a perdição dos homens e mesmo dos Deuses.

sábado, dezembro 17

Milão - A Catedral


Foto do Peter

ADN - A molécula da vida

Cada ser humano contém triliões de células!

Cada célula contém:

46 cromossomas humanos.

2 milhões de moléculas de ADN.

3 biliões de sub - estruturas de ADN (as bases A, T, C, G).

80.000 códigos genéticos para as proteínas que conduzem todas as funções vitais.

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sexta-feira, dezembro 16

Basta

Buscar o impossível é tentar atingir a perfeição.

Sendo as imponderabilidades hipóteses remotas que se constituem a elas mesmas como variantes a ter em conta no desfecho de uma equação, custa-me a entender como podem os nossos candidatos ao tacho de Belém falarem sempre em planos puramente hipotéticos, em cenários irreais, outros criados nas mentes distorcidas de quem se arroga o direito de dizer que fazer política é um acto nobre e em prol de todos.
Sabemos pelas duras experiências a que temos sido submetidos que os ditos servidores do todo, se servem principescamente a eles mesmos, ignorando de seguida todos a quantos nos dias de campanha mendigaram o voto.
Falar com um Presidente de Câmara é já um trabalho hercúleo. Conseguir uma palavrinha com um ministro revela-se uma missão quase impossível. Chegar à fala com um Presidente é apenas uma miragem.
Afinal, quem se julgam esses verdadeiros imbecis? Deuses?
Claro que tudo isto acontece por causa da nossa passividade. Não lhes pedimos contas, permitimos que eles se atribuam ordenados principescos, que viajem à custa de todos nós, que façam leis que os favorecem, etc.
Quando confrontados com o acto (único) que nos permite de facto poder alterar as coisas, vamos em massa voltar a votar nos fulanos que ainda há bem pouco tempo nos tramaram a todos. Isto repete-se ciclicamente e os resultados são bem visíveis. Afinal que raio de seres humanos somos nós?
O espectro político não se esgota nos dois maiores partidos. Na verdade, a democracia nem sequer se esgota nos partidos políticos e sob esse ponto de vista, Alegre veio trazer uma nova visão do que deve ser a democracia participativa.
Têm de ser movimentos de cidadãos a organizarem-se e a dizerem “basta” a esta corja de pulhas que nada fazem em prol do colectivo, mas apenas em proveito deles próprios.
Em tempo de fim de fim de ciclo há que repensar tudo. Sobretudo a nossa forma de exercer a cidadania, que ao contrário do que muitos julgam, não é uma mera figura de retórica.

Palavrões !

E como somos, acima de tudo, um blogue democrático, a música de fundo para a época piiiiiiiiii... será variada, procurando adaptar-se aos diversos estados de espírito vividos. Gustav Mahler e o seu "adagletto" alternará com outras músicas piiiiii...

Mais uma vez, um Bom piiii... a todos...

Perfil de um Português Típico

Nome : Carlos Manuel ( Camané )
Profissão : Funcionário público
Idade : 43 anos
Altura : 1,67 cm (sem sapatos porque com sapatos, que é o que interessa, 1,76 cm)
Peso : 83,4 Kg /Olhos : Castanhos (verdes no verão)
Sinais particulares : Bigode
Nome da Mulher : " A minha esposa chama-se Lurdes e é uma senhora que se dá ao respeito por isso nada de porcarias ao pé dela "
Sinais particulares da Mulher : 123-96-148 (mas era cá um avião quando era nova ... agora, realmente, está um bocadinho gasta)
Filhos : 1,5 (1 legítimo + 0.5 a dividir com o marido da amante)
Clube : Benfica (" o Glorioso ")
Ídolo : Vale & Azevedo (se o homem fosse desonesto já o tinham prendido, o que vocês têm é dor de corno)
Ódio : Oliveirinhas (não assino a Sport Tv porque é dos gajos)
Desporto preferido : Morfar
Prato preferido : Pézinhos de coentrada & pudim molotof
Record pessoal : Cuspidela a 4,4 m (vento regular) (Foi lindo pá, a verdinha parecia que tinha asas)
Situação ideal para fazer amor : O que é isso de fazer amor? Situação ideal para fazer amor : Ah , já entendi, como eu gosto mesmo é ao domingo a ver o Domingo Desportivo
Frase preferida para a companheira : "Mas a conversa já chegou à cozinha? "
Performance sexual : 3,84 minutos no acto (Recorde alcançado já duas vezes, a primeira em 23-07-75 e a segunda no dia 4-05-96 "e não precisei para nada dessa porcaria do Viagra")
Diminutivo da Sogra : Cabra
Pensamento sobre o sogro : "até que é um gajo porreiro"
Pensamento sobre a vida : Desde que haja comidinha na mesa e que o Benfica não perca (sinal dos tempos...) estou-me a cagar para o resto
Posição sobre o bombardeamento ao Iraque : Rebentem a fronha aos monhés
Posição sobre o caso Clinton : Oh pá essa história é toda uma granda treta, eu tenho um primo meu, açoriano, que trabalha na Casa Branca e que conhece o Clinte e contou-me a história verdadeira.
Museu Preferido : Elefante Branco (Trombinhas para os conhecedores) ("vou lá ver as estatuas.. não sei se tás a ver").
O que mais gosta em Portugal : Amália (sempre ), Salazar (se o homem cá tivesse andavam todos na linha), Mário Soares (O Marocas é dos nossos).
O que menos gosta em Portugal : " Esta merda está a ficar cheia de pretos, deviam, mas é, mandar os gajos para a terra deles"
Jornal Preferido : A Bola ( Ao Sábado, na sanita, a ler A Bola, eh pá, isso é que é viver)
Escritor Preferido : Saramago (foi justo o prémio, li dele " O Memorial do Pensamento " e gostei muito) .
Local de Férias Ideal : " O Correia foi a Cuba de férias, sem a Patroa, e diz que aquilo é á fartazana ... "
Local de Férias : "Devias de ver a rulote que tenho no parque da Costa, aquilo é um luxo, e no verão com o adiantando para as sardinhadas fica um mimo, se não fossem, no ano passado, uns "manjericos" a refilar com o cheiro, aquilo era o paraíso... e ainda há gajos que vão para as Caraibas, tansos!
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Nota:

É um texto que me enviaram por e-mail e que deve circular por aí. Muito possivelmente já o conhecem. Eu não o conhecia, achei-o engraçado e publiquei-o, depois de o depurar de alguns pontos susceptíveis de criarem problemas. Por isso o texto original é mais completo.

Florença - A Catedral


Fachada principal do Duomo S. Maria del Fiore.

(Foto do Peter)

quinta-feira, dezembro 15

LOUÇÃ E OS DEBATES

Tinha resolvido não insistir demasiado nos temas políticos, pois entendo que estes têm os seus lugares próprios onde são tratados e quem procura este blog, na maior parte dos casos, procura uma evasão à crueza do quotidiano.

Neste momento estão em causa as eleições para a PR. Pelo que me tem sido dado ouvir, nenhum dos candidatos tem algo de novo para me dizer e eu, neste momento, em nenhum me revejo.
Tenho de reconhecer que o mais brilhante tem sido, sem sombra de dúvida, Francisco Louçã, o que não significa que vá votar nele, até porque o voto é secreto.

Faço parte daquele imenso grupo dos indecisos, não sou político convicto e voto de acordo com aquilo que me parece melhor servir as minhas conveniências. Serei pois um oportunista, até porque em relação a alguns candidatos, pouco sei do seu percurso político. Ora um artigo publicado hoje no "Publico" por J. Pacheco Pereira, político que também não colhe a minha simpatia, mas a quem reconheço um dom de palavra, uma escrita fluente e uma vasta e ecléctica cultura, esclareceu-me sobre o porquê do sucesso de F. Louçã. Dele transcrevo um pequeno extracto:

(...)
”4. O que Louçã tem conseguido é seu mérito e demérito alheio. Ele é um dos políticos portugueses mais experientes e mais velhos na função. Fazendo política profissional desde a adolescência, antes do 25 de Abril, tem mais experiência do que Jerónimo de Sousa e Cavaco Silva, ombreando com Soares e Alegre, que, no entanto, têm a desvantagem de parecer muito mais "velhos" do que ele. Mais: Louçã fez toda a sua vida política em grupos radicais nos quais o debate e a discussão, oral e por escrito, é sistemática e permanente. Como quadro trotsquista, actuando nos grupos trotsquistas portugueses e na Quarta Internacional, Louçã participou de parte inteira em grupos que não só são internacionalistas e cosmopolitas, como incluem gente muito brilhante e capaz, de que ele faz parte de pleno direito. Mais do que qualquer outro dos seus companheiros de corrida presidencial, Louçã tem milhares e milhares de horas de discussão por detrás, discussões muitas vezes duras, escolásticas, doutrinais, sobre nuances políticas exploradas até à exaustão. Se a isso somarmos a sua experiência académica, os seus hábitos de estudo e leitura, e a sua inteligência, temos a chave das suas capacidades."

(...)
"9. O mundo de Louçã, que é transparente para quem conheça as suas posições, é obscuro para quem apenas o ouça a fazer grandes debates e para a maioria das audiências que o conhece apenas da televisão e da propaganda. O que é que ele realmente pensa da economia de mercado? Como é que ele entende as empresas no seu país ideal, como vê a propriedade privada, até onde é que ele pensa que devem ir os impostos para financiar o país providencial que sugere ser o alfa e ómega do seu programa político?Não basta só falar do desemprego e da segurança social, dos impostos, e enunciar um programa meio sindicalista, assistencial e de fiscalidade punitiva dos "ricos", completamente irrealista. Esse programa levaria a uma forte conflituosidade social, ao encerramento de muitas empresas, à fuga de capitais, ao fim do investimento e seria ineficaz sem repressão. O programa de Louçã nunca aparece nos debates, mas é a uma espécie de PREC que conduz. Ouvi-lo pode ser mavioso, moderno e desempoeirado, mas tomá-lo à letra é sinistro."

Fair-play

Apresentação:

O tom quase britânico do debate entre Mário Soares e Manuel Alegre deixa antever que ambos sabem perder com fair-play.



Gostei:

Adorei sobretudo o momento em que ambos beberam chá pelo sapato de um dos seguranças do Monarca.
É certo que o sapato continha estranhos e exóticos odores ainda não identificados. O LNETI recolheu amostras para apurar se não se tratou de uma tentativa de ataque terrorista bem ao jeito de Bin Laden.

Declaração de guerra:

A guerra química começa a ter seguidores entre nós. Porém, não é lícito alguém desencadear um ataque desta natureza sem se tornar um verdadeiro criminoso, procurado por crimes contra a humanidade.
Toda a gente consegue resistir a uma bomba termonuclear; agora a um ataque de alguém que não lava os pés?

Direitos humanos e sucessões Reais:

Ficámos a saber que a privatização da água configura um atentado contra os direitos humanos, ficámos ainda a saber que Soares odeia Alegre e que este lhe paga da mesma moeda. Apenas não ficámos a conhecer as verdadeiras intenções de ambos sobre a sua visão do que deve ser um Presidente, apesar de sabermos que Soares defende a permanência do cargo até à morte do ocupante de Belém, no caso de ser ele o eleito e que este deve ser transmissível ao filho varão mais velho.

Breve posfácio:

Ora se ter de levar com um tipo arrogante e que se presume dono da verdade já é mau, ter de levar com o filho seria um verdadeiro atentado não apenas à inteligência colectiva de um povo, mas seria certamente um atentado contra os verdadeiros direitos humanos.

O génio:
Espantou-me o ar tresloucado de Alegre. Gostei, devo dizer. As barbas espetadas e os cabelos despenteados dão-lhe um ar marginal, obscenamente genial.

Considerações finais:

Definitivamente Soares opta por uma postura terrorista. Ostensivamente, Alegre toma uma posição claramente de débil mental ou génio. Esta conclusão só será possível após aturados estudos levados a cabo no Departamento de Psicologia Aplicada da Universidade Nova de Lisboa.
Grave é Soares julgar-se um hot-dog salpicado por ketchup e mostarda, enquanto Alegre aposta mais em parecer-se com um ramo de salsa.

Devo confessar que o grandioso final do debate terá forçosamente de ficar para a História. Nunca antes dois candidatos ao mesmo tacho tinham dançado juntos uma valsa de Strauss; muito menos alguém que se candidata a presidente tinha usado umas ligas nas coxas roliças e colocado uma obscena mini-saia a deixar antever um traseiro pouco convidativo: será uma variante de uma nova arma?

Na dúvida um e outro dançaram divinamente pese embora o facto de cada um ter ficado sem pés por causa do peso do oponente – leia-se dançarino – embora o papel feminino não fique bem a Soares. É gordo, muito gordo.

Foi indecente terem acabado ambos no tapete – que por acaso era de pedra, o que deve ter doido imenso – bebendo chávenas de chá que nem dois cossacos sempre pelo sapato de segurança.

Dia de Natal

(Sandro Botticelli – “Adoração dos Reis Magos” )

“... Dia de Confraternização Universal
dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal ...”

(António Gedeão)

Que seja o melhor possível para todos os que nos têm acompanhado e que, com a vossa assiduidade, nos têm ajudado a fazer o blog.

Na música, podem escolher entre a “ode à alegria” de Beethoven, na “musiquinha” e “all I want for Christmas is you”, da Mariah Carey, no “videosinho”.

São as nossas prendas de Natal.

UM BOM NATAL PARA TODOS E RESPECTIVAS FAMÍLIAS

BEM HAJAM!

O cliente

Depois de longos estudos de Direito, uma loira abre o seu gabinete de advocacia e, logo no primeiro dia de trabalho, tocam à campainha. Para impressionar o possível cliente ela pega no telefone, que já deixara fora do descanso, e pede-lhe o favor de aguardar um momento. Fica assim durante cerca de meia hora, fingindo estar em comunicação:

- "Sim, certamente! Esteja descansado que não descurarei o seu caso que, aliás, me parece simples ... Na realidade, estou certa que o o juiz irá pronunciar-se favoravelmente e que ganharemos como da última vez!"

Após poisar o auscultador, vira-se para o recem-chegado e pergunta-lhe pausadamente:

- " Muito bem jóvem, o que posso fazer por si?"

Este responde:

- "Trabalho na Belgacom e vim para instalar o telefone ... "

LOL

(acabado de receber da Bluegift)

Florença - Campanile de Giotto


O Campanário é uma obra de Giotto que a "guilda" de Calimala promovera, em 1334, de administrador das obras a arquitecto da Catedral. Após a sua morte em 1337, a obra foi continuada por Andrea Pisano e Francesco Talenti, tendo sido terminada em 1359.
A torre tem uma largura de 15m e uma altura de cerca de 80.
Especialmente dignos de atenção são os baixo-relevos que adornam o Campanário: "A vida do Homem na Criação e nas artes" e a banda superior consagrada aos "Planetas, às Virtudes, às Artes liberais e aos Sacramentos". Actualmente já não são os originais, mas sim cópias.

(Foto do Peter)

quarta-feira, dezembro 14

Recordações

Na vila onde nasci frequentei a então chamada Escola Primária, cuja frequência era obrigatória até à 3ª classe. Ali andei com rapazes (porque as escolas não eram mistas) de todos os extractos sociais. Era um privilegiado, pois tinha botas, enquanto que a maior parte dos meus colegas iam descalços.
Enquanto lá andava, saiu legislação que estendia a obrigatoriedade até à 4ª classe, o que originou fortes protestos dos latifundiários que, diziam, viam-se assim privados dos "ajudas" para os pastores.
Não havia nenhumas actividades extras, jogava-se futebol com bolas feitas de meias que as nossas mães coziam, depois de cheias com trapos. De vez em quando aparecia um "sortudo" com uma bola que nós chamávamos de “cautchu”, que eram as utilizadas pelas equipas de futebol da época. Eram de borracha resistente, envolvidas com um revestimento de couro, mas com atacadores também em couro. Tinham de ser cheias com uma bomba de bicicleta, que era coisa que ninguém tinha, e por isso tínhamos de pagar $50 na loja onde alugavam as bicicletas em que andávamos. Uma fortuna!

A cobiçada bola de “cautchu” saía com uns cromos de jogadores de futebol que envolviam uns rebuçados intragáveis e com os quais se ia enchendo a caderneta, à excepção do jogador premiado. Saía uma bola por caixa e o dono da mercearia, porque o comercio não estava diversificado como hoje, recebia do fornecedor a caixa de rebuçados e, num envelope à parte, o jogador premiado, que ele só metia dentro da caixa, quando os rebuçados estavam quase no fim. Então a malta fazia uma "vaquinha" e comprava os rebuçados todos que ainda havia na referida caixa.

Outra actividade extra-curricular era caçar pardais. Cada um de nós tinha uma fisga, que fazíamos a partir de um pequeno ramo de oliveira em forma de Y. Arranjávamos umas tiras de borracha das câmaras de ar dos pneus que já não servissem por terem demasiados remendos e um pedaço de cabedal, que o sapateiro nos dava e estávamos armados para a caça.

Não havia "game-boys" e outras dessas porcarias, que custam um dinheirão. A nossa formação intelectual completava-se com "O mosquito", um semanário de banda desenhada que circulava de mão em mão.

Pois é, hoje deu-me para isto ...

O coração de Florença

No primeiro plano à esquerda, temos o Campanário de Giotto e depois a imponente catedral ( Duomo S. Maria del Fiore ) com a portentosa cúpula de Brunelleschi.

(Foto do Peter)

terça-feira, dezembro 13

Valle del Nera

La Valle del Nera, vista da Montefranco.

(Foto do Peter)

Festa de Natal e Fim de Ano

Patrícia Gomes - Directora de Recursos Humanos

COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS.

Data: 2 de Dezembro

Assunto: Festa de Natal

Tenho o prazer de informar que a festa de Natal da empresa será no dia 23 de Dezembro, com início ao meio-dia, no salão de festas privativo da Churrascaria Grill House. O bar estará aberto com várias opções de bebidas.
Teremos uma pequena banda tocando canções tradicionais de Natal...sinta-se à vontade para se juntar ao grupo e cantar! Não se surpreenda se o nosso Vice-presidente aparecer vestido de Pai Natal! A árvore de Natal terá as luzes acesas às 13:00. A troca de presentes de "amigo secreto" pode ser feita em qualquer altura, entretanto, nenhum presente deverá exceder10€, a fim de facilitar as escolhas e adequar os gastos a todos os bolsos. Este encontro é exclusivo para funcionários e família. Na ocasião, o nosso Vice-presidente fará um discurso bastante especial.

Feliz Natal para todos.

Patrícia
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Patrícia Gomes - Directora de Recursos Humanos

COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS.

Data: 3 de Dezembro

Assunto: Festa de Natal

De maneira alguma o memorando de 2 de Dezembro sobre a Festa de Natal pretendeu excluir os nossos funcionários judeus! Reconhecemos que o Chanukah é um feriado importante e que costuma coincidir com o Natal, mas isso não acontecerá este ano. Portanto, passaremos a chamá-la "Festa do Fim do Ano" pois teremos em conta também todos os outros funcionários que não são cristãos e aqueles que celebram o Dia da Reconciliação. Não haverá árvore de Natal. Nada de canções de Natal nem coral. Teremos outros tipos de música que agrade a todos.

Felizes agora?

Boas festas para vocês e suas famílias,

Patrícia
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Patrícia Gomes - Directora de Recursos Humanos

COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS.

Data: 4 de Dezembro

Assunto: Festa do Fim do Ano

Em relação ao bilhete (anónimo) que recebi de um membro dos Alcoólicos Anónimos solicitando uma mesa para pessoas que não bebem álcool...
Terei todo o prazer em atender o pedido, mas, se eu puser uma placa na mesa a dizer "Exclusivo para os AA", vocês deixarão de ser anónimos, não será?...
Como faço então?
Quanto à troca de presentes, esqueçam. Não será organizada uma vez que os membros do sindicato acham que 10€ é muito dinheiro e os executivos acham que 10€ é muito pouco para um presente.
Portanto não será organizada NENHUMA TROCA DE PRESENTES.

De acordo?

Patrícia
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Patrícia Gomes - Directora de Recursos Humanos

COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS.

Data: 5 de Dezembro

Assunto: Festa do Fim do Ano

Mas que grupo heterogéneo o nosso!!! Eu não sabia que no dia 20 de Dezembro começa o mês sagrado do Ramadão para os muçulmanos, que proíbe comer e beber durante as horas do dia. Lá se vai a festa!
Agora a sério, entendemos que um almoço nesta época do ano seja um problema para a crença dos nossos funcionários muçulmanos.....
Talvez a Churrascaria Grill House possa assegurar o serviço de buffet até à noite ou então, embalar tudo para vocês levarem para casa nas marmitas. Que acham?
E agora mais novidades: consegui que os membros dos "Vigilantes do Peso" se sentem o mais longe possível do buffet das sobremesas; as mulheres grávidas poderão sentar-se o mais perto possível das casas de banho; os homossexuais podem sentar-se juntos; as mulheres homossexuais não terão que se sentar junto dos homens homossexuais, que terão uma mesa própria, e sim, haverá um arranjo de flores no centro da mesa dos homens homossexuais; teremos assentos mais altos para pessoas baixas; e estará disponível comida com baixas calorias para os que estão de dieta.
Nós não podemos controlar a quantidade de sal utilizada na comida, portanto sugerimos que as pessoas com tensão alta provem a comida antes de comerem.
E, claro, haverá mesas para fumadores e outras para não fumadores.

Esqueci alguma coisa?

Patrícia
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Patrícia Gomes - Directora de Recursos Humanos

COMUNICADO PARA TODOS OS FILHOS DA PUTA QUE TRABALHAM NESTA EMPRESA.

Data: 6 de Dezembro

Assunto: Festa do Fim do Ano da PORRA

Vegetarianos!?!?!??!
Sim, vocês também tinham que dar a vossa opinião de merda ou reclamar de alguma coisa!...
Nós manteremos o local da festa na Churrascaria Grill House; quem não gostar que se foda! Não vá, desampare a loja! Ou então, como alternativa, seus fedorentos, podem sentar-se afastados, na mesa mais distante possível da tal "churrasqueira da morte" - como vocês lhe chamam. E terão também a vossa mesa de saladas de merda, incluindo tomates ecológicos da casa do caralho & arroz pegajoso para comer com pauzinhos. Aqueles que, naturalmente, ainda não gostarem, podem enfiar tudo no cu. Mas como vocês devem saber, os tomates também têm sentimentos! Os tomates gritam quando vocês os cortam em fatias. Eu mesma os ouvi gritar! Eu estou a ouvi-los gritar agora mesmo!!!!!
Ah, espero que vocês todos, mas todos, os parvos dos crentes e os cretinos dos ateus, os paneleiros, as fufas, as mariquinhas das prenhas, os estupores dos fumadores e os chatos dos não fumadores, os cobardes dos bêbedos anónimos e os fedorentos dos vegetarianos, todos vocês sem excepção, tenham uma merda de fim de ano! E que guiem bêbados e morram todos, todinhos espatifados e esturricados por aí.

Entenderam?

Da Vaca, directamente para a puta que os pariu.
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João Pacheco - Director de Recursos Humanos INTERINO

COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS

Data: 9 de Dezembro

Assunto: Patrícia Gomes e a Festa do Fim do Ano

Tenho a certeza que falo por todos nós desejando para a Patrícia um rápido restabelecimento para a sua crise de stress e podem estar certos que me encarregarei de lhe enviar as vossas mensagens para o sanatório.
Venho comunicar que a direcção decidiu cancelar a Festa do Fim do Ano e dar folga remunerada a todos os funcionários na tarde do dia 23 de Dezembro.

Boas Festas,

João

segunda-feira, dezembro 12

A esperança ainda

“ ... Entretanto tenho ultimamente frequentado a blogosfera. É uma “zona libertada” inesperada e saudavelmente respirável, onde quem, como eu, chega da sórdida Galáxia Gutemberg, a “popular” como a “de referência”, se reconcilia com a espécie. A blogosfera é o lugar onde hoje melhor se escreve e se pensa em português (ainda por cima com a vantagem de não dar de caras com um editorial de José Manuel Fernandes).
E o facto de a maior parte dos blogues ser, julgo, escrita por gente com menos de 30 anos justifica uma réstia de esperança no futuro. ...”

(Artigo de Manuel António Pina, “A esperança ainda”, publicado na revista VISÃO de 18DEZ03)

Florença

Florença, a "florescente", berço do Renascimento italiano e cidade natal dos Medici é considerada, há mais de 200 anos, a meca europeia dos amantes da arte.
A época mais aconselhável para visitar Firenze é o Inverno, entre Novembro e Fevereiro, porque no período que decorre entre o início do ano e o Outono não é fácil ao visitante sentir-se em casa numa cidade que conta diariamente com a visita de 40 mil turistas.

(Foto do Peter)

Os gumes da Palavra

A fala
dá a conhecer
o ardor da palavra
o frio fio de seus gumes

A palavra percorre o ar
entra em nosso peito docemente
ou então agudamente
ferindo
agredindo
destruindo tudo

A palavra é
uma vertigem de espuma
mas quando quer
penetra a fractura íntima do sentir
desvenda o imenso mal
o puro escândalo de existir.

(Ana Hatherly in “O Pavão Negro” - Assírio & Alvim)

domingo, dezembro 11

Solução final

Os “debates” televisivos entre os candidatos a Belém revestem-se de verdadeiro imperativo nacional.
Basicamente por causa da péssima qualidade dos canais televisivos. Faltam verdadeiros programas de entretenimento, despretensiosos, que animem o pessoal que está em profunda depressão por causa do maldito défice que se abateu sobre nós como a verdadeira gripe das aves.

O modelo escolhido –certamente mais uma pequena subserviência à «cultura» americana – é insonso e incapaz de esclarecer quem quer que seja.

A não ser que se esteja em presença de Louçã que no debate com Cavaco o cilindrou literalmente.
Foi visível o nervosismo do candidato da direita mais retrógrada que por cá continua instalada.

Este intróito mais ou menos sério serve apenas para situarmos os mais desatentos em relação às coisas da psicanálise.
Vejamos: se o modelo escolhido é um debate, temos de colocar algumas questões, sendo a mais premente esta: se querem entreter o pessoal porque não recorrer a uma série de meninas bonitas que pululam pela televisão, sendo verdade, é certo, que quando abrem a boca sai asneira. Porém, porque não proibi-las de falar aquando da assinatura do contrato? – Esta cláusula parece-me importante, porque nem os seios bem desenhados da Isabel Angelino resistiriam a uma frase completa –

Ora se cinco figuras públicas com ligações ao mundo duvidoso da política aceitaram fazer de figurões, de duas uma: ou não sabem o que disputam, ou se sabem, preferem alimentar-nos a alma com humor igualmente duvidoso.

As parcerias estabelecidas e a que já pudemos assistir resumem-se a um verdadeiro fracasso humorístico, sendo de aconselhar que se dediquem a outras actividades. É certo, que esta tentativa de fazer humor até tem um lado positivo: enquanto estão ali não estão nalgum lugar de decisão a fazerem asneiras.

Soares resolveu adoptar Alegre para fazer deste cana de pesca. Quanto a mim a escolha deveria recair num candidato mais magro e de mais fácil manuseamento. Por exemplo Cavaco.
Já imaginaram Cavaco com um anzol na boca tentando apanhar peixe miúdo? Qual seria a reacção dos peixes quando vissem aquela pose plástica? Engoliriam o anzol? – Eis algo verdadeiramente importante para nos debruçarmos e debatermos, sem esquecer uma representação dos peixinhos – salmões ou arenques? Se forem arenques, onde devemos pescá-los? –
Se a opção fosse Jerónimo, como usar a ditadura do proletariado num rio, ou até mesmo no mar? Se fosse no mar, seria que as sardinhas estariam de acordo? E se sim, quem comeria as sardinhas?

A outra alternativa parece-me despropositada: Louçã debaixo de água tentando apanhar peixe graúdo. Desde logo pela boca aberta e sempre disposta a disparar. Mas será que um arpão seria compatível com uma nova esquerda? E se sim, o que pensarão as percas, manifestamente bichos de direita? Morder-lhe-iam a boca e engoliriam o anzol? Se engolissem, não seria previsível que morreriam intoxicadas?

Na dúvida, Freud – apenas há alguns dias estes apontamentos do pai da psicanálise foram encontrados entre os pertences de Salazar – resolveria a situação facilmente. Cada um deles pescará um dos outros até que não sobre nenhum.
O País agradeceria.

A boleia

Um camionista pára a sua viatura à beira da estrada e dá boleia a uma bela jovem.
Depois de conversarem um pouco, decidiram parar para comer qualquer coisa e acabam por ir para o quarto de um motel.
Enquanto a jovem se despe, o homem pergunta-lhe:
- Diz-me lá: que idade é que tens?
- Treze.
- Raios!! Veste-te imediatamente e vai-te embora daqui!
- Olha..., outro supersticioso!

O cego e o publicitário


Havia um cego sentado numa calçada em Paris, com um boné a seus pés e um pedaço de madeira escrito com giz branco:
"Por favor, ajude-me, sou cego".

Um publicitário, da área da criação, que passava em frente dele, parou e viu umas poucas de moedas no boné.
Sem pedir licença, pegou no cartaz, virou-o, pegou no giz e escreveu outra frase. Voltou a colocar o pedaço de madeira aos pés do cego e foi-se embora.

Ao cair da tarde, o publicitário voltou a passar em frente ao cego que pedia esmola.
O boné estava agora cheio de notas e moedas.

O cego reconheceu as pisadas do publicitário e perguntou-lhe se havia sido ele que reescrevera o cartaz, sobretudo querendo saber o que ele havia escrito.
O publicitário respondeu:
- "Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras."
E, sorrindo, continuou o seu caminho.

O cego nunca soube o que estava escrito; mas o seu novo cartaz dizia:

"Hoje é Primavera em Paris, e eu ... não posso vê-la".


Conclusão:

Sempre é bom mudarmos de estratégia, quando nada nos acontece.

(enviado por MM, com os meus agradecimentos e desejos de um bom Domingo).

Foto de Peter

Duas leituras do mesmo discurso político

Se tiver paciência, leia este discurso de um nosso político:

No nosso partido político cumprimos o que prometemos.
Só os tolos podem acreditar que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque se há algo certo para nós é que
a honestidade e a transparência são fundamentais para alcançar nossos ideais.
Demonstraremos que é uma grande estupidez achar que
as máfias continuarão a fazer parte do governo, como noutros tempos.
Asseguramos, sem sombra de dúvida, que
a justiça social será o principal objectivo das nossas acções.
Apesar disso, ainda existem idiotas que fantasiam que
se possa continuar a governar com as artimanhas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos o impossível para que
se acabem os privilégios e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
as nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos nossos propósitos mesmo que
os recursos económicos se esgotem.
Exerceremos o poder até que
compreendam que
somos a “nova política”.

Já leu?
Agora leia-o do fim para o princípio.

Então?

(recebido por e-mail)

sábado, dezembro 10

Campanhas eleitorais

A anedota já é conhecida noutras modalidades, está escrita em Português do Brasil, mas como estamos em período pré-eleitoral, achei oportuno publicá-la tal como a recebi.

“Um presidente de Câmara está andando tranquilamente quando é atropelado e morre. A alma dele chega ao Paraíso e dá de cara com São Pedro na entrada.

- Bem-vindo ao Paraíso! (diz São Pedro). Antes que você entre, há um
probleminha. Raramente vemos políticos por aqui, sabe, então não sabemos bem o que fazer com você.

- Não vejo problema, é só me deixar entrar, diz o antigo presidente.

- Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte:
Você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Aí, pode escolher onde
quer passar a eternidade.

- Não precisa, já resolvi. Quero ficar no Paraíso diz o ex-presidente.

- Desculpe, mas temos as nossas regras.

Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce, desce, desce até ao Inferno. A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe. Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado. Todos muito felizes em traje social. Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo. Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar.

Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável que passa o
tempo todo dançando e contando piadas. Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora. Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe.

Ele sobe, sobe, sobe e a porta se abre outra vez. São Pedro está esperando por ele.

Agora é a vez de visitar o Paraíso.

Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpa e cantando. Tudo vai muito bem e, antes que ele
perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna.

- E aí? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Agora escolha a sua casa eterna.

Ele pensa um minuto e responde:

- Olha, eu nunca pensei... O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno.

Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até ao Inferno.
A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo.
Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas, catando o entulho e colocando em sacos pretos.
O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do ex-presidente.

- Não estou entendendo... (gagueja o presidente) Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo de lixo e meus amigos arrasados!!!

O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz:

- Ontem estávamos em campanha. Agora, já conseguimos o seu voto..."

Montefranco - estrada de acesso



Foto de Peter

sexta-feira, dezembro 9

A verdade sobre a crise portuguesa

Portugal está a braços com o real problema que tem impedido o nosso desenvolvimento: o cabide ou o cabido.

Podendo parecer uma questão menor, trata-se de facto de uma verdadeira questão existencial.
O cabido é por definição um gajo que usa uma coleira ao pescoço e que regra geral é padre.
O cabide é um objecto onde costumamos pendurar os casacos.
Mas se não temos um casaco, o que fazer com o cabide?
E se o gajo que normalmente é padre não usa coleira? E se usar a dita, esta for apenas uma vulgar coleira anti-pulga? Como se sentirão os bichinhos sabendo que aquela coleira provoca alergias?

Não fica bem dizer que se visitou o cabide da Sé. Muito menos fica bem dizer que se usou o mesmo para pendurar a roupa. Sobretudo se estas forem as cuecas, pese embora a forte possibilidade do cabido poder dar um óptimo cabide. Basta imaginar uma vulgar reunião social onde o cabido desempenha o papel de cabide. “Não se importa que coloque os sapatos na prateleira de baixo?”, ou “posso usar os seus bolsos para deixar ficar o lenço que vomitei após ter ingerido uma enorme quantidade de álcool?”

Pergunta de retórica, já que o cabido, no papel de cabide não pode falar. Já imaginaram um cabide a falar?
Seria lindo observarmos um cabide amarelo a recusar-se a suportar o peso de um casaco!
“Não quero esse casaco em cima de mim. Cheira mal”.

O ministério da educação criou uma comissão com o intuito de esclarecer esta enorme crise existencial portuguesa. Na verdade, todos nós sofremos imenso com este verdadeiro drama nacional. Pensa-se mesmo ser o culpado do défice.

O cabido enquanto cabide promove a igualdade entre o objecto e o ser humano. É desse afecto que de facto precisamos. O amor de um cabide. De preferência amarelo!

A Igreja igualmente preocupada com o Cabido da Sé da Guarda, resolveu promovê-lo a cabide-mor.
“Uma solução sensata a pensar nos devotos de Fátima”, esclareceu D. José Policarpo já confundido com um salmão e que apenas por uma questão de sorte não acabou num tacho enorme do restaurante “O gato”.

A discussão mantém-se acesa, o debate continua em aberto e está tão vivo que os congressistas estão a atirar cadeiras à cabeça uns dos outros numa tentativa de clarificar a situação.

“Normal”, disse-nos o Cardeal Patriarca de Lisboa. “Umas boas cacetadas, ajudam. Lembrem-se de quando Jesus partiu a loiça à mãe por esta se recusar a deixá-lo ir brincar com Judas”.

Esta última parte carece de confirmação, mas o historiador José Matoso encontra-se ao largo do Mar Morto onde pretende mergulhar até encontrar a cassete vídeo que dissipará todas as dúvidas.

Um problema de software

Upgrade do NAMORADO 5.0 para o MARIDO 1.0

Caro Apoio Técnico,

No ano passado fiz um “upgrade”,ou seja:
casei!!!
De imediato notei uma redução significativa de performance, principalmente nas aplicações FLORES e JÓIAS, que operavam sem falhas no NAMORADO 5.0.

Além disso, o MARIDO 1.0 desinstalou outros programas importantes como ROMANCE 9.5 e ATENÇÃO AO QUE EU DIGO 6.5 e instalou aplicações indesejáveis como JOGO DE FUTEBOL 5.0.

Também não tenho conseguido rodar o programa CONVERSAÇÃO 8.0 e o AJUDAR EM CASA 2.5: o sistema simplesmente entra em crash.

Tentei fazer correr o RECLAMAÇÕES 5.3 para corrigir esses bugs e não consegui nada. O que faço?

Ass) Utilizadora desesperada.

(autora desconhecida)

Conversa entre dois candidatos à PR

Desta vez não me deixei dormir, como na conversa anterior entre Cavaco e Manuel Alegre.
E que conclusão tirei?

- Que é pena que Jerónimo de Sousa não seja o candidato do PS.

Inédito de Fernando Pessoa


(Publicado no “Jornal de Letras”)

A luz que vem das estrelas,
Diz ---- pertence-lhes a elas?
O aroma que vem da flor,
É seu? Dize, meu amor.

Problemas vastos, meu bem,
Cada cousa em si contém.
Pensando claro se vê
Que é pouco o que a mente lê
Em cada cousa da vida,
Pois que cada cousa, enfim,
É o ponto de partida
Da estrada que não tem fim.

Perante este sonho eterno
Falar em Deus, céu, inferno...

Ah! dá nojo ver o mundo
Pensar tão pouco profundo.

(15/11/1908)

quinta-feira, dezembro 8

Montefranco (Itália) - arredores


Uma vez que parece terem gostado da paisagem, repeti a dose. Fiquei com saudades daquela gente, extremamente simples e hospitaleira. Foram bons os serões passados no café. "Prima di pranzo", tomava sempre um cálice de "amaro al tartufo" e depois o habitual prato de "pastasciutta", com um cafézinho, que até nem era mau, normalmente oferecido, por um dos frequentadores (faziam questão nisso) acompanhado do "grappino", oferecido pelo dono.

Bons tempos ...

(foto de Peter)

Definição de falhanço

Vai a www.google.pt

1º Escreve "Failure",sem as aspas.

2º Em vez de clicar em "Pesquisa Google" clica em "Sinto-me com sorte"

3º Tira conclusões.

Coisas de mulher

Uma mulher foi levada às pressas para o CTI de um Hospital. Lá chegando teve aquela quase morte, que é uma situação pré-coma. E, neste estado, encontrou-se com Deus:

- Que é isso? - perguntou ao Criador - eu morri?
- Não, pelos meus cálculos, você morrerá daqui a 43 anos, 8 meses, 9 dias e 16 horas - respondeu o Eterno.

Ao voltar a si, sabendo quanto tempo ainda tinha de vida, resolveu, ali mesmo naquela clínica, fazer uma lipoaspiração, uma plástica de restauração dos seios, plástica no rosto, no nariz, na barriga, tirou todos os excessos, ficando linda, jovial e teve alta uma semana depois.

No dia seguinte, ao atravessar a rua, veio um veículo em alta velocidade e a atropelou, matando-a na hora. Ao encontrar-se de novo com Deus, ela perguntou:
- Puxa, Senhor Deus, eu achei que tinha mais 43 anos de vida. Por que morri? Logo depois de toda aquela despesa com cirurgias plásticas!

E Deus, aproximou-se dela e olhando-a directamente nos olhos, respondeu:
- JURO QUE NÃO TE RECONHECI!

( recebida por e-mail)

quarta-feira, dezembro 7

Montefranco


Uma pequena aldeia montanhosa na Umbria e onde o Síndico me conseguiu arranjar um quarto, cedido por uma senhora farmaceutica em Perugia. Isto foi depois da tentativa falhada de viver na casa da montanha.

(Foto de Peter)

Europe at Night


Illustration Credit & Copyright: Planetary Visions Ltd.; Courtesy: Kevin M. Tildsley

O elixir do amor


O elixir do amor é a "dopamina". Investigadores da Universidade da Florida estudaram o comportamento dos cães da pradaria, cujo comportamento sexual monogâmico, se assemelha muito ao dos humanos.
Verificaram que depois de um primeiro encontro, os animais, macho e fêmea, se juntavam, desinteressando-se dos restantes e manifestando o macho uma certa agressividade para com possíveis rivais.
Segundo os cientistas, tal comportamento seria devido ao facto do cérebro dos machos libertar "dopamina", tornando-os "dependentes" das companheiras.
Procederam então à injecção de "dopamina" no cérebro de machos que ainda não tinham companheira, o que fez com que depois disso, os mesmos perdessem o interesse por outras fêmeas e passassem todo o tempo com a escolhida.
O estudo veio publicado na revista científica "Nature Neuroscience".

Esta descoberta, a confirmar-se, será a ruína de todas as bruxas, videntes, cartomantes e pessoal afim. Em vez de se arruinarem com essas consultas, sempre caras e de efeito duvidoso, com entregas de ouro e jóias à mistura, para serem benzidas e levarem assim o marido transviado a regressar ao lar conjugal, a esposa traída, ou apenas desconfiada, não terá mais que arranjar processo de conseguir injectar "dopamina" no respectivo cônjuge.

terça-feira, dezembro 6

Carta de separação

Querida Susana:

Eu sei que o conselheiro matrimonial disse que não deveria haver contacto entre nós, durante o nosso período de "acalmia", mas eu não consigo aguentar mais.
No dia em que me deixaste, eu jurei que nunca mais te dirigia a palavra. Mas isso era só o rapazinho magoado dentro de mim a falar.
Ainda assim, eu nunca quis ser o primeiro a avançar.
Na minha fantasia, eras sempre tu que voltavas a rastejar para mim.
Acho que o meu orgulho precisava disso. Mas agora vejo que o meu orgulho me custou uma série de coisas. Estou farto de fingir que não preciso de ti. E já não me importo de fazer má figura. Não me interessa qual de nós dará o primeiro passo, desde que um de nós o dê.
Talvez seja altura de deixarmos os nossos corações falarem mais alto do que a nossa dor.
E isto é o que o meu coração diz...
Não há ninguém como tu, Susana.
Eu procuro-te nos olhos e seios de cada mulher que vejo, mas elas não são como tu. Não chegam sequer aos teus pés.
Há duas semanas encontrei uma mulher no bairro alto e levei-a comigo para casa. Não digo isto para te magoar, mas apenas para ilustrar a profundidade do meu desespero.
Ela era nova, talvez 17, com um daqueles corpos perfeitos que só a juventude e talvez a infância passada em patinagem podem dar. Quer dizer, um corpo perfeito. Mamas que não dá para acreditar e um rabo tipo carapaça de tartaruga, redondo e rijo. O sonho de qualquer homem, não é? Mas enquanto estava sentado no sofá a ser chupado por esta jovem deslumbrante, eu pensei, vejam só aquilo que consideramos importante nas nossas vidas...
É tão superficial. O que é que um corpo perfeito significa? Será que a torna melhor na cama? Bem, neste caso, sim. Mas estás a ver onde quero chegar? Será isso que a torna uma pessoa melhor? Será que ela tem um coração melhor do que a minha, moderadamente atraente, Susana? Duvido. E nunca tinha pensado nisso antes.
Não sei, talvez esteja a amadurecer um pouco.
Mais tarde, depois de lhe ter despejado uns decilitros de iogurte na garganta, dei por mim a pensar...porque é que me sinto tão vazio? Não era apenas a sua técnica perfeita e a sua fome de sexo e luxúria, mas algo diferente.
Um sentimento de perda.
Porque é que me sentia tão incompleto? E então apercebi-me.
Não senti a mesma coisa porque tu não estavas lá, Susana.
Percebes o que quero dizer? Nada significa nem tem o mesmo sentido sem ti. Por amor de Deus, Susana, estou a enlouquecer sem ti. E tudo o que faço me lembra de ti.
No sábado, a tua irmã passou cá com uma ordem do tribunal que me proíbe de me aproximar de ti.
Quer dizer, a Paula, tua irmã, tem-me dado excelentes conselhos acerca de ti e das mulheres.
Ela está mesmo empenhada em que fiquemos juntos.
Então, numa destas ocasiões, pusemo-nos a beber uns copos dentro de uma banheira de espuma e a falar de tempos mais felizes.
Aqui está uma adolescente que tem o mesmo adn que tu e eu só consigo pensar no quanto ela se parece contigo quando tu tinhas 18 anos.
E isso quase me faz chorar. E afinal descubro que a Paula gosta mesmo de toda aquela cena anal, o que me faz lembrar o número imenso de vezes que te pressionei para experimentares e que isso talvez pudesse ter alimentado o azedume entre nos.
Mas será que consegues ver que, mesmo quando estou a bombar dentro do anal castanho da tua irmã, tudo o que consigo fazer é pensar em ti? É verdade Susana.
E no fundo do teu coração, tu sabes disso. Não achas que podíamos começar de novo?
Acabar com as amarguras, com os ódios e começar tudo do zero?
Eu acho que podemos.
Se sentes o mesmo por favor, por favor diz-me....não consigo continuar assim.
Eu estou uma desgraça.
Procuro em todas as mulheres aquilo que só tu tens e que eu não sei dizer o que é....

Preciso de ti. Volta...

De: João
(recebido por e-mail)

Veneza - o Grande Canal


Gôndolas percorrendo o Grande Canal, tendo por fundo a Ponte de Rialto, um dos monumentos mais emblemáticos de Veneza.

(Foto de Peter)

segunda-feira, dezembro 5

Incongruências.

[Sei que algo se libertou do meu corpo e foi em busca não sei de quê]
Cinzeiro: Cheio de “beatas” queimadas em longos travos de solidão de onde se escapam espirais de fumo e pedaços de vida.
O chapéu:Que não tenho mas que tiraria de boa vontade para o pendurar na testa de alguns governantes.
A chávena:De café matizada de tons escuros escorrendo no branco imaculado conspurcando-o. Saboroso devoro-o em doses sucessivas.Marca cantos de boca contornando lábios cor de café.Do branco restam indícios.
O cigarro:Companheiro das longas noites de solidão, incandescente queima vontades.
O telefone:Toca e do outro lado chega uma voz que quebra o silêncio de noites longas e oceanos pacíficos.Ainda assim, companhia. O projectar corpo através de som. O corpo é som.
O isqueiro:Irrompe a chama que ilumina fugazmente estilhaços de negro.
Mirabolâncias:A insanidade percorre os corredores de São Bento e de Belém.Imagino-os todos numa missa celebrada por Cerejeira ansiando beatificações.Sampaio de “credo” na boca pede um milagre.Todos os outros acham que o milagre já aconteceu e rezam desalmadamente louvando o senhor.O Cardeal [Cerejeira] figura de ave de rapina vestido de negro [o corvo] paira sobre as cabeças dos cretinos submissos convertidos em beatos.Todos ganharam já o reino dos céus.O tricórnio do demo aparece aqui e ali atrás do [corvo] altar prometendo vida eterna.
São Bento é hoje lugar de peregrinação. Não a de Fernão Mendes. Todos os deputados irão ser beatificados em breve.Ministros [ai as hierarquias!] serão de imediato Santificados.O primeiro será mesmo elevado à categoria de Deus. Confrontado com a ideia afirma: “serei se me deixarem abraçar o islamismo. Preciso de trinta ou quarenta mulheres] ao que o corvo aquiesce.
A noite:Enluarada atravessada por uma ou outra nuvem de formato bizarro e desconexo vai-me tomando aos poucos. Possuir-me-á.
Posfácio:Falar deste escritor é algo de perturbante. Situado entre uma lucidez impressionante e uma loucura considerável, deixa uma obra vasta mas de leitura difícil. Vagueando entre a ironia subtil e um arrazoado intrincado, perde-se em cogitações quase ininteligíveis que não sei se ele próprio entendeu. Talvez seja esse o rasgo de génio que todos lhe reconhecemos.
Resposta do autor:Direito ao contraditório: o fulano sabe do que está a falar?Quem permitiu que escrevesse o posfácio? – Coisas de editoras certamente. – Se nem eu sei o que escrevi…Críticos! Acrescento com ar de desprezo.

Veneza - Ilha de San Giorgio

Situada diante do cais de San Marco, nela sobressai a fachada branca e solene da Igreja de San Giorgio Maggiore, uma das obras-primas da arte seisdentista.

(Foto de Peter)

A caixa dourada


Há algum tempo atrás, uma mãe zangou-se com o seu filho de 5 anos por estragar um rolo de fita dourada, que tinha por fim decorar uma caixa colocada sob a Árvore de Natal.

Na manhã seguinte à noite de Natal, o menino trouxe a caixa e entregou-a à mãe dizendo:
"Isto é para ti, mamã".

A mãe ficou embaraçada pela reacção precipitada, mas quando viu que a caixa estava vazia comentou rispidamente com o filho:
"Não sabes que quando se dá um presente a alguém é suposto que haja alguma coisa dentro do pacote?"

O menino olhou-a em lágrimas e disse:
"Oh, não está vazia, eu soprei lá para dentro, até ficar cheia de beijos".

A mãe ficou arrasada. Ajoelhou-se, pediu perdão pela rispidez irracional e abraçou-o com ternura.
Pouco tempo depois, um acidente tirou a vida do menino, e a mãe guardou a caixa dourada perto de sua cama. Sempre que estava deprimida ou tinha problemas, ela abria a caixa e imaginariamente tirava um beijo e lembrava o amor que a criança colocara lá.

Na verdade, cada um de nós já recebeu uma caixa dourada repleta de amor da nossa família e amigos... Não há maior tesouro do que consegui-lo...

(autor desconhecido)

O pesadelo do informático

domingo, dezembro 4

Discrepâncias

Tornou-se óbvio que o canal público de televisão trata de forma diferente os candidatos à corrida a Belém.

Enquanto Louçã era aguardado por uma vulgar funcionária e conduzido de imediato à caracterização, Cavaco foi recebido que nem Rei, pelo presidente da RTP e por um séquito enorme, onde pontuavam duques, condes e demais serviçais de Sua Majestade, D. Silva de Boli (Queime).

À luz da filosofia estas atitudes podem ser explicadas. À luz (de velas) do domínio de interesses privados infiltrados num serviço que é pago por cada um de nós, já não é tão fácil a explicação.

Claro que podemos sempre argumentar que o sobretudo de cavaco é pesadíssimo, o que explicaria alguém tê-lo ajudado a despir.
Aqui surgem-me algumas dúvidas: se Cavaco não pode com o sobretudo amarelo, como pode carregar o “fardo” de Belém?
Por outro lado, levanta a hipótese de o fulano que lhe despiu o imenso casaco poder ser apenas um homossexual que desejava a todo o custo aproveitar a situação. Será aceitável em televisão um homem ser violado? Se sim, não se deve escolher bem a tonalidade das calças? E se esta estiver adequada, de que cor devem ser os boxers? Se não usa boxers, o uso de fio dental não poderá parecer uma provocação a toda a esquerda que defende à luz do marxismo dialéctico o uso da velha cueca branca até ao joelho?

Por outro lado temos de entender o aparente desprezo relativamente a Francisco Louçã.
Será lícito usar camisas do crocodilo? Se sim, de que cor deve ser o crocodilo?
Salta aos olhos, que o verde não fica bem num bicho daquela envergadura. Se o pintarmos de vermelho, esta não será a cor adequada aos lábios sensuais de Louçã?

Ponderemos ainda o tapete vermelho que foi desenrolado a Soares, que se queixou de imediato á CNE, “Por se tratar de uma marca ostensivamente comunista, embora admita que a rainha Isabel II gosta desta cor arrepiante. Posso ainda aceitar que o trono seja castanho, com a decoração ao redor em tons rubros, mas só se estes forem o símbolo do sangue vertido pelos nossos antepassados, alguns dos quais com quem tive o privilégio de conviver”.

Jerónimo esteve igual a si próprio. Levou a fanfarra do PCP, usou algumas cassetes já de difícil audição, por terem sido introduzidas num gravador milhares de vezes. Foi mesmo possível ouvir nalguns excertos, a voz de Cunhal a dizer, “olhe que não, olhe que não”.

Alegre, declamou «Trova do Vento que Passa» e queixa-se de o vento nada lhe dizer. Esta ausência de vento pode ser explicada com as alterações climatéricas e o envio para a atmosfera de grandes quantidades de poluentes, nomeadamente os discursos dos candidatos.

O chamado “efeito de estufa”, queimou os poucos cabelos de Almerindo Marques, mas pior do que isso, levou-lhe o que restava dos neurónios. Resta saber se dos dois homens que reclamam o trono de Belém nenhum for eleito, o que será feito do Presidente da RTP?

Esta dúvida dissipa-se quando penso que será enviado para uma confortável reforma compulsiva, com uma choruda indemnização…

Apreciando os candidatos à PR


Perante a preocupação do candidato MSoares com a legalização dos casamentos dos homosexuais e a do candidato Francisco Louçã, com os crucifixos nas escolas, que é preciso retirar, como sendo os grandes problemas com que o País se debate, e excluindo o "voto em branco", parece que apenas resta o D.Quixote do MAlegre.
Mas, com tanta "beijaroquice" e tanto "faz que não faz" e "diz que não diz", do Cavaco, ainda vamos ver a "velha raposa" do Soares a "comer as papas na cabeça" deste último.Também entre dois males, que seja o menor. Com o tempo que vai passar a viajar e, enquanto estiver no País, a dormir a sesta, pouco tempo lhe vai sobrar ...
Faltou-me falar do Jerónimo de Sousa. Ainda não o ouvi, mas como tenho ali umas cassetes audio do falecido Álvaro Cunhal, vou ouvir uma para poder apreciar o candidato.