A inteligência
humana
“ A inteligência
humana, de que tanto nos orgulhamos, não constitui o [i]nec plus ultra[/i] dos
produtos da evolução. Eis uma constatação que fere, sem dúvida, o nosso
narcisismo de seres humanos, imbuídos de um sentido de superioridade, mas que é
também perfeitamente razoável quando sobre ela reflectimos sem preconceitos.
Como será possível não conceber que, durante todos estes milhares de milhões de
anos, em todos estes milhares de milhões de galáxias e milhões de biliões de
estrelas, os processos evolutivos não tenham conduzido a resultados mais
avançados do que aqueles que se registaram na Terra? Ou, para pôr as coisas
noutros termos: quando consideramos a turbulenta evolução que teve lugar à
superfície da Terra em menos de 5 mil milhões de anos, quando pensamos nos
últimos passos da maratona cósmica que “nos” trouxe dos australopitecos aos
astronautas da Apollo, como poderemos acreditar que o século XX no planeta
Terra possa representar o apogeu da longa história do imenso cosmos?”
(Jean Heidmann, “A Vida no Universo”)
Jean Heidmann, é
astrónomo titular do Observatório de Paris. Especialista de reputação mundial
no estudo das galáxias, membro da SETI.
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