segunda-feira, outubro 31

BPN

A burla cometida no BPN não tem precedentes na história de Portugal ! O montante do desvio é algo de tão elevado, que só a sua comparação com coisas palpáveis nos pode dar uma ideia da sua grandeza. 

Com 9.710.539.940,09  (NOVE MIL SETECENTOS E DEZ MILHÕES DE EUROS.....) poderíamos:

Comprar 48 aviões Airbus A380 (o maior avião comercial do mundo).

Comprar 16 plantéis de futebol iguais ao do Real Madrid.

Construir 7 TGV de Lisboa a Gaia.

Construir 5 pontes para travessia do Tejo.

Construir 3 aeroportos como o de Alcochete.

Para transportar os 9,7 MIL MILHÕES DE EUROS seriam necessárias 4.850 carrinhas de transporte de valores! 

Assim, talvez já se perceba melhor o que está em causa.


domingo, outubro 30

A vida

“A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é Natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.”


(Mário Quintana).

sexta-feira, outubro 28

Aeroporto de Faro


Um tufão destruiu o aeroporto de Faro. Como o temporal persistia fez-se o que se podia, com turistas enfiados em autocarros cerca de 2h à espera que a chuva parasse e depois levados para o outro lado do aeroporto, onde protegidos da chuva, mas ao frio e ao vento, passageiros com crianças e velhos puderam fazer o “check in” e depois foram submetidos a testes de segurança, se tal se podia chamar. Julgo existir uma “coisa” chamada ANA, mas não ouvi falar nela. O Governo já mandou fazer um inquérito, é o costume, assim como é o costume nunca ficarmos a saber nada. Num país do 3º mundo não seria pior.

Parece que as obras vão levar 3 a 4 meses, é melhor contarem com 5, também é o costume. E o aeroporto continua a ser utilizado nestas condições precárias? Porque não o fecham e passam a utilizar o de Beja? Como não há linha férrea, utilizavam autocarros para o transporte de passageiros, sempre eram menos quilómetros do que a ida para Lisboa ou para Sevilha. O aeroporto de Beja, que era militar, foi posto em óptimas condições e entregue aos civis com pompa e circunstância, e o gasto de milhões de €, no tempo de Sócrates. Está às moscas, parece que uma companhia “Low Cost” o utiliza e há a promessa de mais duas o virem a fazer.
Que S.Pedro tenha piedade de nós e não mande mais chuva…

quinta-feira, outubro 27

PRIVILÉGIOS NAS EMPRESAS PÚBLICAS DE TRANSPORTES

VEJAM SÓ ESTA ESCANDALEIRA É O CÚMULO E NINGUÉM, A NÃO SER OS INTERESSADOS, SABIA...

Durante muito tempo todos censuravam os "pseudo-privilégios" da Função Pública


e a “gasolina barata” dos militares.

Vejam aqui o que são, na realidade, os privilégios de classe e quem  deles usufruía.

Trata-se  de empresas públicas com muitos milhões de prejuízos acumulados, e / ou insolventes.

Aceda ao vídeo em:

http://www.tvi24.iol.pt/videos/video/13496446/1

terça-feira, outubro 25

Destino de Portugal não está decidido

“O Primiro-ministro disse hoje que o esforço de ajustamento que terá de ser feito para o ano é “mais elevado do que estava previsto”, mas sustentou que o destino de Portugal “ainda não está decidido”.
No encerramento da conferência sobre o Orçamento de 2012, Passos Coelho referiu que não há alternativa e que Portugal tem de cumprir o “caminho” que escolheu quando pediu ajuda externa, de forma a não cair no “abismo”. “Se alguém souber uma forma de diminuir a dívida e o défice, enriquecer, gastando mais, diga, por favor”, disse. “[Nós] não conhecemos essa maneira de produzir resultados”, acrescentou.
Dando como exemplo a Grécia, o chefe de Governo sublinhou que “todos sabemos o que acontece aos países indisciplinados”.
(in “página!1” de 25/10/2011)

 E o que aconteceu à Grécia?

Perdoou-se-lhe 60 ou 70% da dívida pois os bancos alemães e franceses, especialmente estes, eram os maiores credores. E os portugueses? “Paguem e não bufem”. BCP, CGD e BPI foram os maiores perdedores. Quanto ao anterior Governador do Banco de Portugal que, julgo eu, também tem culpas na matéria, está comodamente sentado num bom lugar na EU.
 É por isso que eu no dia 12 lá estarei na rua a mostrar o meu desagrado juntando-me aos meus camaradas.

sábado, outubro 22

TODA A VERDADE SOBRE A CRISE ECONOMICA ACTUAL - Adaptação

Responsabilidade política

Em Democracia a responsabilidade política é a que é dada pelo povo através do voto. Perdendo as eleições, o único prejuízo que os políticos sofrem é poderem gozar a sua vida com uma boa reforma e/ou um bom lugar bem remunerado. Ninguém está interessado em apurar com transparência e rigor o que nos levou até aqui nos últimos 15 anos, ou talvez nos últimos 10 e em especial nos últimos 3 e nos deixou nesta situação miserável. O que foi feito, como foi feito e porque foi feito? Se existisse esse rigor, por exemplo as PPP, que custaram milhões de € a mais, mandariam para as cadeias uma porção de responsáveis pela criação das mesmas.

A boa Democracia não pactua com a actual forma de gerir os dinheiros públicos, nem com os sacrifícios que nos estão a ser pedidos e ainda mais em 2012, violando a Constituição e o princípio da equidade.
Por isso, deve equacionar-se a responsabilidade civil e criminal dos políticos, mas não ao estilo da lei que temos, branda e inócua, para  os detentores do Poder e feita apenas para dar a aparência que não há impunidade.

quinta-feira, outubro 20

A minha terra

Hoje fui à terra onde nasci. Será que posso dizer “a minha terra” quando passei nela só uma pequena parte da minha vida? Encontrei apenas uma pessoa conhecida, os outros estão a fazer companhia aos meus familiares, no cemitério da vila, ou dispersaram-se por esse mundo. A sensação que tive, não foi de saudade ou de recordação da infância ali passada, foi de estranheza, nada havia a recordar. Talvez o meu mundo seja agora o irreal, nomes verdadeiros, ou falsos, que desfilam por este ecrã.
Uma vez por mês, almoço com uns quantos camaradas do meu curso, dos poucos que restam, lá vão aparecendo 6 ou 7. Mas as conversas giram sempre em volta dos mesmos temas: as doenças e a política. Por isso eu limito-me a escutar, porque nada tenho a dizer. Felizmente nada de grave me aflige e, quando aparece, tenho uma grande capacidade de “encaixe”. Quanto à política, sou um “tolerado”, porque todos continuam no passado.
É por isso que “a minha terra” é o bairro onde moro, onde tenho o café onde vou e sou servido por brasileiras já conhecidas e com quem converso, bem como o senhor António da drogaria, a menina onde compro o jornal, a farmácia que é um local de ida frequente, especialmente da minha mulher e onde trabalha um rapaz que por estranha coincidência trabalhava numa das duas farmácias existentes na terra onde nasci e a personagem mais importante: o sr Ulpiano, que com os seus 94 anos parece um jovem e continua como sempre a dirigir a sua “Seara Nova”.

quarta-feira, outubro 19

Justiça chega aos árbitros

“Finalmente, a justiça desportiva chega também aos árbitros de futebol. Estes agentes, que se têm passeado pelos estádios cometendo os mais variados erros e causando inúmeros prejuízos a clubes e a jogadores, sempre por entre a maior impunidade, viram agora a justiça bater-lhes à porta.
Tardio, mas é um bom princípio.
Tem sido, de facto, intolerável a arrogância de muitos juízes de campo, que tudo decidem a seu bel-prazer, enquanto se banqueteiam com o deficitário orçamento do futebol, sem que ninguém os tenha importunado até agora.A decisão tomada de abrir processos a dois árbitros, que se recusaram dirigir um desafio disputado pelo Sporting, uma atitude inaceitável, tomada na sequência de prejuízos que outros companheiros seus haviam já causado ao mesmo clube, poderá ser o começo de um tempo novo, destinado a haver mais equidade no futebol.
João Ferreira e Paulo Baptista estão assim no banco dos réus, esperando-se que a justiça desportiva não tenha contemplações relativamente ao comportamento que protagonizaram, todo ele de matriz corporativa.
Cá estaremos para aplaudir a que se espera seja mão pesada dos julgadores, que sirva especialmente para evitar a repetição de casos semelhantes no futuro.
Do mesmo modo que se aplaude a decisão agora tomada em relação ao árbitro assistente José Cardinal, baixando a sua classificação num jogo da ronda inaugural do campeonato para mínimos que o relegam para últimos lugares da classificação dos juízes e seus auxiliares.
Trata-se de uma grande contrariedade para quem chegou a classificá-lo como o melhor árbitro assistente dos quadros nacionais, com direito a galões de internacional, um título por muitos observado como inaceitável.”

(Ribeiro Cristóvão)

terça-feira, outubro 18

Pensões vitalícias de antigos políticos

Os antigos titulares de cargos políticos vão escapar ao esforço adicional de austeridade que será exigido aos funcionários públicos e pensionistas que ganhem mais de mil euros. Segundo o Orçamento do Estado para 2012, estas pensões serão apenas tributadas em sede de IRS.

Vejam as grandes medidas do Orçamento:

- Redução de despesas de pessoal, actualmente 24% do total da despesa do Estado, para 1,6% do PIB. Uma das medidas reside na suspensão dos 13º e 14º mês. O congelamento/redução salarial de 5% mantém-se.

- As políticas activas de emprego e formação profissional receberão em 2012 cerca de 490 milhões de euros, menos 14,3% que em 2011.

- Eliminação da taxa de 12,5% aplicável a PME com lucros tributáveis até 12.500 euros, que passam agora a ser tributadas a uma taxa de 25%.
- Empresas com lucros tributáveis superiores a 10 milhões de euros serão sujeitas a uma taxa adicional de 2,5%. Quanto ao valor dos pagamentos por conta, passa a ser igual a 2,5% do lucro tributável que exceda 1,5 milhões de euros e seja inferior a 10 milhões de euros e a 4,5% na parte que exceda os 10 milhões de euros.

- O imposto sobre o tabaco aumenta. No caso dos cigarros sobe para 50%, contra os actuais 45%.
- As off-shore vão passar a ser tributadas a 30%.

- Manutenção dos escalões de IRS, não os indexando à taxa de inflação prevista para 2012. Na prática, o custo do IRS sobe na proporção da inflação esperada.

- Tecto muito baixo de deduções globais, que não poderão ir além dos 1250 euros, excepto nos dois primeiros escalões de IRS.

- O abate das despesas de saúde caiu para o equivalente a 10% da matéria colectável, contra os anteriores 30%.

- O montante a deduzir a título de pensão de alimentos cairá para 419,22 euros, contra os actuais 1048,22 euros de tecto.

- A globalidade dos contribuintes, mesmo não estando inscritos no regime de IVA, poderá deduzir até 5% do IVA que liquidaram ao longo do ano, sendo aplicada essa dedução ao IRS, IMI e IUC. A dedução do IVA será feita após a aquisição de bens e/ou serviços, que inclui a restauração supermercados, roupa, obras, etc. Não foi ainda definido o tecto do valor global dedutível.

- A dedução à colecta dos juros pagos pela habitação própria terá um tecto correspondente a 15% dos encargos com o imóvel, contra os actuais 30%. É ainda alterada a dedução que deixará de incluir a amortização, ficando-se apenas pelos juros. As rendas também só poderão ser deduzidas até 15%.

- Depósitos a prazo e certificados de aforro com liquidação acima dos 5 anos perdem os benefícios fiscais.

- As transferências para a Região Autónoma da Madeira vão ser suspensas, como consequência de a Região ter excedido os limites de endividamento.

- Em média, o Imposto de Circulação (IUC) aumenta 3,83%. O ISV também vai ser agravado

“Belo” 2012!

segunda-feira, outubro 17

Indignados

Milhares de pessoas desfilaram sábado pela Av Liberdade. Os organizadores falam em 100 mil, esperavam mais e, possivelmente até talvez tivessem sido menos. Jovens, precários, reformados, empregados, pessoas de meia-idade, idoso e até famílias inteiras. Não será o desfile que lhes vai resolver os problemas. Transcrevo a declaração de uma jovem, devidamente identificada:
“Esta dívida que estamos a pagar não fomos nós que a criámos. Foi a classe dirigente. Se os políticos dessem o exemplo e depois cortassem no povo, ainda se aceitava. Mas não os vemos a perder regalias, pelo contrário.”

domingo, outubro 16

O fim do caminho

Acabou-se o sonho de uma vida de consumo imparável, protecção social do berço à cova e, com jeitinho e a palavra certa, um emprego vitalício a fazer coisa nenhuma.


Não procurem culpados. Os culpado somos todos nós.

sexta-feira, outubro 14

Eça de Queirós escreveu em 1872


"Nós estamos num estado comparável apenas à Grécia: a mesma pobreza, a mesma indignidade política, a mesma trapalhada económica, a mesmo baixeza de carácter, a mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se em paralelo, a Grécia e Portugal"

(in As Farpas)

1872 … !!! Verdadeiramente impressionante !!! …2011

terça-feira, outubro 4

Não há dinheiro, não há palhaços


“De hoje a uma semana, saberemos já os resultados eleitorais das eleições regionais da Madeira. Provavelmente, nada de substancial irá mudar, politicamente, na região, porque o eleitorado em Portugal nunca penaliza quem apresenta obra,independentemente dos métodos utilizados para o conseguir.
Sobre isto não vale a pena ninguém admirar-se ou escandalizar-se, porque os exemplos proliferam pelo país, com situações bastante mais graves do que a da Madeira. Basta pensarmos em Oeiras ou em Felgueiras.
O que a História demonstra é que o português é muito egoísta na hora do voto. Pensa, sobretudo, em si e nos seus benefícios pessoais e não valoriza mais nada.
Acontece que o tempo dos egoísmos acabou e, votem como votarem, os madeirenses podem começar a preparar-se, porque a festa acabou e ainda bem.Nenhum português compreende porque hão-de os madeirenses pagar cigarros mais baratos do que os continentais.
Agora, a realidade impõe-se, com Alberto João ou sem ele: não há dinheiro, não há palhaços.”

(Raquel Abecassis. In “página1”, jornal on-line de 03/10/2011)

sábado, outubro 1

Esta é uma homenagem à malta de cabelos brancos.

Um jovem muito arrogante, que estava assistindo a um jogo de futebol, tomou para si a responsabilidade de explicar a um senhor já maduro, próximo dele, porque era impossível a alguém da velha geração entender esta geração.

"Vocês cresceram num mundo diferente, um mundo quase primitivo!", disse o estudante alto e claro de modo que todos em volta pudessem ouvi-lo.

"Nós, os jovens de hoje, crescemos com Internet, telemóvel, televisão, aviões a jacto, viagens espaciais, homens caminhando na Lua, nossas naves espaciais visitaram Marte.
Temos energia nuclear, carros eléctricos e a hidrogénio, computadores com grande capacidade de processamento e ....,"
- fez uma pausa para tomar outro golo de cerveja.

O senhor aproveitou o intervalo do golo para interromper a liturgia do estudante em sua ladainha e disse:

- Você está certo, filho.
Nós não tivemos essas coisas quando éramos jovens porque estávamos ocupados em inventá-las.
E você, um pelintra de merda arrogante dos dias de hoje, o que está fazendo para a próxima geração?

Foi aplaudido de pé !