quinta-feira, dezembro 15

Fair-play

Apresentação:

O tom quase britânico do debate entre Mário Soares e Manuel Alegre deixa antever que ambos sabem perder com fair-play.



Gostei:

Adorei sobretudo o momento em que ambos beberam chá pelo sapato de um dos seguranças do Monarca.
É certo que o sapato continha estranhos e exóticos odores ainda não identificados. O LNETI recolheu amostras para apurar se não se tratou de uma tentativa de ataque terrorista bem ao jeito de Bin Laden.

Declaração de guerra:

A guerra química começa a ter seguidores entre nós. Porém, não é lícito alguém desencadear um ataque desta natureza sem se tornar um verdadeiro criminoso, procurado por crimes contra a humanidade.
Toda a gente consegue resistir a uma bomba termonuclear; agora a um ataque de alguém que não lava os pés?

Direitos humanos e sucessões Reais:

Ficámos a saber que a privatização da água configura um atentado contra os direitos humanos, ficámos ainda a saber que Soares odeia Alegre e que este lhe paga da mesma moeda. Apenas não ficámos a conhecer as verdadeiras intenções de ambos sobre a sua visão do que deve ser um Presidente, apesar de sabermos que Soares defende a permanência do cargo até à morte do ocupante de Belém, no caso de ser ele o eleito e que este deve ser transmissível ao filho varão mais velho.

Breve posfácio:

Ora se ter de levar com um tipo arrogante e que se presume dono da verdade já é mau, ter de levar com o filho seria um verdadeiro atentado não apenas à inteligência colectiva de um povo, mas seria certamente um atentado contra os verdadeiros direitos humanos.

O génio:
Espantou-me o ar tresloucado de Alegre. Gostei, devo dizer. As barbas espetadas e os cabelos despenteados dão-lhe um ar marginal, obscenamente genial.

Considerações finais:

Definitivamente Soares opta por uma postura terrorista. Ostensivamente, Alegre toma uma posição claramente de débil mental ou génio. Esta conclusão só será possível após aturados estudos levados a cabo no Departamento de Psicologia Aplicada da Universidade Nova de Lisboa.
Grave é Soares julgar-se um hot-dog salpicado por ketchup e mostarda, enquanto Alegre aposta mais em parecer-se com um ramo de salsa.

Devo confessar que o grandioso final do debate terá forçosamente de ficar para a História. Nunca antes dois candidatos ao mesmo tacho tinham dançado juntos uma valsa de Strauss; muito menos alguém que se candidata a presidente tinha usado umas ligas nas coxas roliças e colocado uma obscena mini-saia a deixar antever um traseiro pouco convidativo: será uma variante de uma nova arma?

Na dúvida um e outro dançaram divinamente pese embora o facto de cada um ter ficado sem pés por causa do peso do oponente – leia-se dançarino – embora o papel feminino não fique bem a Soares. É gordo, muito gordo.

Foi indecente terem acabado ambos no tapete – que por acaso era de pedra, o que deve ter doido imenso – bebendo chávenas de chá que nem dois cossacos sempre pelo sapato de segurança.

1 Comentários:

Às 16 dezembro, 2005 10:39 , Blogger Peter disse...

tribunal_beatas, MSoares está a proceder com MAlegre, tal como procedeu com SZenha.
Na luta política vale tudo e as amizades são letra morta.

Como é que eles querem que eu acredite e confie neles?

 

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