Os gumes da Palavra
A fala
dá a conhecer
o ardor da palavra
o frio fio de seus gumes
A palavra percorre o ar
entra em nosso peito docemente
ou então agudamente
ferindo
agredindo
destruindo tudo
A palavra é
uma vertigem de espuma
mas quando quer
penetra a fractura íntima do sentir
desvenda o imenso mal
o puro escândalo de existir.
(Ana Hatherly in “O Pavão Negro” - Assírio & Alvim)
2 Comentários:
Lúcia, o blog está a ficar demasiado politizado e com problemas chatos, que não são mais que a "chateza", das nossas vidas.
Vamos ver se o conseguimos "arejar".
A palavra é uma lámina de dois gumes que penetra no coração, umas vezes reconforta, outras fere mortalmente.
É o dom que a palavra tem, na mesma mas com outra entoação podemos demonstrar;
AMOR...
ÓDIO...
LOUCURA...
PAIXÃO... E TUDO MAIS
Através dela somos prisioneiros, ou libertadores de nós próprios.
Muito belo este poema.
Um abraço
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