domingo, janeiro 31

SWING ACTUALIZADO... perante a nova realidade no País !!!


sexta-feira, janeiro 29

Vale tudo?

Em 20 de Agosto de 2008, cerca das 12h, um Fiat Uno abasteceu-se com 50€ de gasolina no Posto de Combustíveis de Portela de Messines e foi-se embora sem pagar. No interior da viatura seguiam dois casais, mais tarde identificados e constituídos arguidos.

No dia 02/12/2009 um procurador-ajunto do MP de Silves emitiu um despacho de arquivamento do caso, por considerar que os factos não constituem crime de abuso de confiança pois “o pagamento é posterior à compra” e também não há crime de furto, ou de burla pois “o combustível encontra-se à disposição de quem chega”.
Admite que existe um ilícito, mas que merece a tutela dos tribunais civis e não dos criminais ou do MP.
(da imprensa)

Então nos países onde existem locais em que as pessoas levam o jornal e deixam lá a respectiva quantia, podem ir-se embora e não a deixar? É só um caso de má consciência? Ou o processo foi mal encaminhado pois deveria ser presente a um tribunal civil?

Também, ao preço a que a Justiça está, ir abrir um processo por causa de 50€, fica mais barato colocar um aviso dizendo:
“Neste posto o abastecimento de combustível até 50€ é gratuito”

Por favor expliquem-me como proceder, pois eu já não sei viver no meu País.

quinta-feira, janeiro 28

Esquerda pouco transparente

“Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa têm-se multiplicado em acusações ao PS por se entender com o PSD e o CDS para a viabilização do Orçamento. Mas nunca ninguém esperou que o Governo e o PS chegassem a acordo com os partidos à sua esquerda nesta matéria vital.
O Bloco de Esquerda e o Partido Comunista estão fora destas negociações.
Porquê? Porque são partidos cujo objectivo é destruir a economia de mercado – o capitalismo, se quisermos – para instaurar a colectivização da sociedade. Mas nem o PCP (nostálgico da União Soviética) nem, sobretudo, o BE (uma caldeirada de marxistas mais ou menos heterodoxos) gostam de se referir abertamente à sua ideologia e ao que, afinal, pretendem. Não são transparentes, porque o marxismo foi estrondosamente derrotado pela história. Não dá votos.
Em matéria económica e social o PS de Sócrates não pode fazer acordos significativos com os partidos à sua esquerda. O que lhe cria um problema: para se mostrar “de esquerda”, o PS tem de apostar nas questões fracturantes, do aborto à eutanásia, passando pelo “casamento” homossexual.”

(Francisco Sarsfield Cabral, Jornalista, in “Página 1” de 27/01/2010)

quarta-feira, janeiro 27

Gripe A H1N1

A ministra da Saúde, Ana Jorge, disse ontem (26) em Bruxelas que a gripe A não foi uma falsa pandemia e defendeu todas as medidas tomadas contra a doença em Portugal, nomeadamente a vacinação. "Os números apontam para que não seja uma falsa pandemia", disse , reiterando que, em Portugal, o vírus H1N1 provocou "mais de 80 mortes" e salientou que se justificou o investimento, "quer nas vacinas, quer no contexto geral da prevenção primária".

Ora, ora, senhora ministra, mais que esse número de mortos verifica-se anualmente com qualquer gripezeca vulgar.

Sublinhou também a "grande confiança" que tem na Organização Mundial de Saúde (OMS). Em princípio todos temos, até ver. Há que acreditar em alguém, né?

As declarações da ministra surgem na sequência das declarações do presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, que afirmou que a gripe A foi uma falsa pandemia, "um dos maiores escândalos médicos do século" e que "custou muito dinheiro". O responsável acusou ainda a OMS de ter relações impróprias com as grandes empresas farmacêuticas, tendo esta negado ter sido influenciada pelos fabricantes de vacinas para declarar o estado de pandemia da gripe A.

Em Portugal, o Bloco de Esquerda (BE) questionou segunda-feira a forma como o Governo geriu a aquisição do stock nacional de vacinas contra a gripe A, pedindo também explicações sobre a adjudicação do fornecimento de vacinas a uma única empresa farmacêutica.

Entretanto, para não perder a face, continua a vacinação. Já quase que estou arrependido de ter pedido à “bluegift” para retirar do blogue os vídeos que aí temos tido sobre o assunto.

terça-feira, janeiro 26

Na Pré-História


segunda-feira, janeiro 25

Reformar a justiça

Alberto Martins, ministro da Justiça, avançou com várias propostas de alteração na área penal e sobretudo quanto ao processo penal. As mudanças parecem necessárias, embora sejam sempre de evitar alterações “a quente”. Muito do que, hoje, se concluiu estar mal foi introduzido por causa do processo Casa Pia e de alegadas ameaças a dirigentes do PS nesse quadro. Esperemos, por isso, que as reformas a fazer agora sejam pensadas com cabeça fria e sentido de Estado.
Mas não é só no domínio penal que a justiça portuguesa carece de profundas mudanças. A aflitiva lentidão dos processos torna inúteis muitos julgamentos: quando a sentença transita em julgado já a empresa faliu ou a pessoa morreu. E o arrendamento de casas é travado pelo receio do potencial senhorio: se o inquilino não paga, fica na casa anos e anos, continuando a não pagar. E há quem jogue nisso.
Uma justiça tão lenta não é justiça. Estão em causa os direitos básicos das pessoas e até o crescimento económico. Importa reorganizar o sistema judicial e limpar o processo de oportunidades de o entravar sucessivamente.

( Francisco Sarsfield Cabral, in “Página 1” de 13/01/10)

sábado, janeiro 23

A força da realidade

Assustado com a rápida subida, nas últimas semanas, do prémio de risco cobrado nos empréstimos a Portugal, o Governo mandou na passada sexta-feira emitir um comunicado para tranquilizar as agências de avaliação de risco (rating) e os investidores internacionais.
Esse comunicado do Instituto que gere a dívida pública portuguesa garantia que os salários da função pública não iriam subir este ano. E dizia confiar num acordo com o PSD sobre o Orçamento.
São anúncios curiosos, até porque não é certo que o PSD chegue a acordo com o Governo. Mas o mais significativo é o reconhecimento implícito que o comunicado faz de que as contas públicas, longe de estarem em ordem, precisam de urgentes medidas de correcção, diminuindo o défice já em 2010.
Até aqui o Governo dizia que a prioridade neste ano seria o incentivo à economia e não a redução do défice orçamental. Num ápice desfizeram-se as ilusões de quem acreditou na versão cor-de-rosa que o Governo andou a transmitir. A realidade tem muita força, mesmo quando não gostamos dela.

(Francisco Sarsfield Cabral, in “Página 1” de 20/01/10)

sexta-feira, janeiro 22

O futebol português

O caudal informativo desta semana aumentou significativamente, mercê do surgimento de dois factos relevantes que a discussão pública vai manter pelos tempos mais chegados e que vêm demonstrar, mais uma vez, as fragilidades em que assenta o nosso futebol, e que tanto o desacreditam junto da opinião pública, e não apenas a nacional:
- a agressão de Sá Pinto a Liedson e as convulsões que daí resultaram no seio da família leonina;
- a divulgação de escutas feitas no âmbito do processo Apito Dourado.
Perante isto, o jogo em si, mais uma vez, passa para segundo plano.

O julgamento de Sá Pinto está feito. Aliás, o próprio ex-director técnico do Sporting se encarregou de tentar colocar um ponto final no assunto, e dispensar os seus superiores hierárquicos de exercer a autoridade que lhes compete, renunciando ao cargo que exercia há pouco mais de dois meses.
Por outro lado, Liedson também terá de aprender a lição e, sobretudo, capacitar-se que não lhe basta marcar muitos e bonitos golos. Antes disso, é preciso ser Homem em toda a sua dimensão, e respeitar quem o acolheu e trata de forma tão especial.

Quanto às escutas, estamos perante uma questão que envolve outros melindres. O país está a tomar rapidamente conhecimento de conversas que pareciam fechadas nos cofres de um núcleo muito restrito, e fica pasmado quando confrontado com conteúdos que parecem do domínio do surreal.
As suas consequências são conhecidas há muito tempo, sabendo-se que não foram uniformes as sentenças proferidas no foro civil e no desportivo. O que faz espantar, sobretudo quantos não têm da justiça conhecimentos muito profundos.

Seja como for, uma primeira conclusão permite pensar que o futebol português tem vivido envolto um pouco no reino do vale tudo. Com escassas regras e ainda menor disponibilidade para as cumprir, dando assim razão a quantos sustentam a ideia de que há muito está ferido por três males aparentemente incuráveis: é mau, é caro, e é pouco sério.

(adaptado da crónica de Ribeiro Cristóvão às 22h30, em Bola Branca)

quinta-feira, janeiro 21

Estádios de futebol


Entre 1999 e 2003, com vista ao Euro 2004, os visionários da pátria decidiram construir dez novos estádios de futebol: seis públicos (Braga, Guimarães, Aveiro, Coimbra, Leiria e Faro-Loulé), e quatro privados (Porto, Boavista, Benfica e Sporting). Segundo o Tribunal de Contas, os seis projectos públicos custaram pelo menos 445 milhões de euros, 323 dos quais para os estádios e o restante para estacionamentos e acessibilidades.
Mas também os privados receberam ajudas do Estado (ao abrigo de contratos-programa) e das Câmaras (que nunca resistem ao charme do betão) num total estimável em 210 milhões de euros. Passada a euforia do Euro, ficou a factura. Com a excepção dos “grandes” do futebol português, descobriu-se então que os estádios eram sobredimensionados para a potencial procura, e que jamais seriam rentáveis. Descobriu-se também que, em média, as empreitadas públicas para a sua construção tinham derrapado 230%, que a sua manutenção custa 13 milhões de euros anuais às respectivas Câmaras (35 mil euros/dia!) e que, quando lá jogam as equipas locais, há muito mais bancadas à vista do que multidões de adeptos pagantes. É assim que, desde há umas semanas, as Câmaras de Aveiro e Leiria (porventura seguidas por outras), começaram a falar em vender, arrendar ou, pura e simplesmente, implodir (sic!) os garbosos e quase-novos equipamentos “multifuncionais”, pelo peso asfixiante que a sua simples existência tem nos cofres públicos.

É aqui que o cidadão contribuinte aparece para perguntar: não pensaram? Não fizeram contas e estudos de viabilização financeira? Não olharam para o exíguo mercado português do futebol e do desporto em geral e para os orçamentos do Estado e dos municípios?

José Miguel Sardica
Professor da Universidade Católica Portuguesa

quarta-feira, janeiro 20

Mau serviço

O Banco de Portugal veio, ontem, dizer-nos algumas verdades inconvenientes sobre o futuro da economia portuguesa, a primeira das quais é a previsão de um agravamento do défice externo em três pontos percentuais nos próximos dois anos. Uma deterioração que é o triplo do previsto, ainda há poucos meses, no boletim de Outono.
Pior ainda: o agravamento agora enunciado colocará o desequilíbrio das nossas contas externas acima dos 11% da riqueza anual criada, quando antes se ficava ainda abaixo do limite psicológico dos dez.

Resumindo: fica, mais uma vez, clara a insustentabilidade do actual modelo de empobrecimento
Continuado.

À anemia económica e aos endividamentos interno e externo galopantes soma-se a segunda verdade: a previsão de aumento do chamado desemprego estrutural da economia e a constatação de que a taxa de desemprego vai continuar a crescer, até 2011, o que fará que esta seja, das últimas crises, a que apresenta a factura social mais alta. Com contas públicas desequilibradas e endividamento a subir, o crédito, cada vez mais escasso e necessário, só pode ser mais caro. Ora, Portugal já está a endividar-se para pagar juros que, por ano, são já superiores ao investimento público.
Transformar este diagnóstico numa boa notícia sobre a inesperada retoma não é apenas excesso de optimismo. É um mau serviço prestado à verdade e ao país.

(Graça Franco, in “Página 1” de 13/01/10)

segunda-feira, janeiro 18

Injustiça Fiscal

De Janeiro a Outubro do ano passado os portugueses terão colocado em paraísos fiscais (off-shores) doze vezes mais dinheiro do que em igual período de 2008. É que, com a crise que rebentou na segunda metade desse ano, muitos investidores fizeram então regressar o dinheiro a Portugal, com receio de um descalabro total.
Agora, passado o pico da crise financeira, voltam a investir nesses off-shores, onde pagam menos impostos. E o que fizeram alguns portugueses, terão feito muitos outros.
Mas é lamentável que os paraísos fiscais continuem a funcionar. Não só porque são abrigo para muito dinheiro “sujo”, proveniente do crime, são usados para financiar o terrorismo e ainda porque os benefícios fiscais dos off-shores configuram algo de injusto.
É que, através dos paraísos fiscais, quem foge aos impostos não é gente pobre. E o dinheiro que os Estados deixam assim de arrecadar tem de ser compensado com receita de impostos, onerando os menos ricos. Este é mais um factor de agravamento das desigualdades económicas e sociais que ameaçam a coesão social das nossas sociedades.

(Francisco Sarsfield Cabral, in “Página 1” de 07/01/10)

domingo, janeiro 17

Fundação AMI – Assistência Médica Internacional


A AMI está neste momento a desenvolver a “Campanha de Emergência Haiti”.

Pedimos a colaboração de todos, para que façam circular esta mensagem pelo maior número de pessoas possível.
Obrigada!
Fundação AMI – Assistência Médica Internacional
Rua José do Patrocínio, 49 1959-003 Lisboa
Tel. 218 362 100 Fax 218 362 199E-Mail: https://mail.google.com/mail/h/icwtcghq1p5r/?v=b&cs=wh&to=fundacao-ami@mail.telepac.pt Internet: http://www.ami.org.pt/ Blog: http://ami.blogs.sapo.pt/


As imagens que chegam até nós, via TV, são indescritíveis. É a destruição total de um país. Nunca vi nada assim.


Como se pode ficar indiferente?

sexta-feira, janeiro 15

Controlo total...


É incrível como nos esquecemos tão facilmente da nossa condição. É incrível como nos arrogamos donos da vida, quase sempre cheios de segurança, como se fôssemos o centro do mundo.
Achamos que está tudo sob controlo, que as coisas correm bem e que, se houver contrariedades, elas se hão-de resolver: há seguros de vida, dinheiro no banco, operações plásticas, psicólogos, pastilhas anti-depressivas e paliativos de vária ordem.
Achamos que controlamos tudo, até mesmo as adversidades!
Mas o terrível terramoto de há três dias no Haiti, ou o do ano passado em Itália – só para citar os mais recentes –, repõem-nos na ordem. Isto é: são a prova de que a nossa vida é contingente e que nos confrontamos diariamente com um Mistério que nos ultrapassa, ao ponto de não sabermos se na próxima hora continuamos a respirar.
Se vivêssemos com esta consciência, quantas arrogâncias e presunções cairiam pela base!

(Aura Miguel, in “Página 1” de 15/01/10)

Avião C-130 para o Haiti By Portugal Save Haiti

Clube Csi Miguel Figueiredo enviou uma mensagem aos membros do grupo PORTUGAL SAVE HAITI.

"Amigos, está praticamente confirmado a disponibilização de um avião C-130 para levar a ajuda conseguida para o Haiti. Por favor se alguém conhecer alguém responsável por uma rede de supermercados ou uma rede do género a nível nacional por favor entre em contacto comigo, temos de ser rápidos, os donativos monetários por si só não resolvem a fome, ninguém come notas e nem lá existe comida à venda! Tudo mas tudo segundo pessoas minhas que já lá estão tem de vir de fora, nunca viram tamanho caos! Por Favor necessito de uma rede a nível nacional para recolha de TENDAS - SACOS CAMA - ALIMENTOS ENLATADOS - ARROZ - MASSAS - LEITE - ANALGESICOS"

Para responder a esta mensagem, segue este link:http://www.facebook.com/n/?inbox%2Freadmessage.php&t=1298853322176&mid=1ba2cafG5af32d88535bG1baa7aG0

quinta-feira, janeiro 14

Várias contas de ajuda em Portugal

Num momento em que a opinião pública mundial se mostra sensibilizada para a ajuda ao Haiti, há já várias contas abertas por instituições, para as quais os portugueses poderão canalizar contribuições.
O NIB da conta “Cáritas Ajuda Haiti” é: 0035 0697 0063 0007 5305 3.
Através da Cruz Vermelha Portuguesa, pode fazer donativos para o Fundo de Emergência da organização em vários bancos, indicados no site http://www.cruzvermelha.pt ou por telefone, para o número 760 20 22 22 de atendimento automático (o custo da chamada é de 0,60€ IVA).
Por seu lado, a Assistência Médica Internacional abriu a conta “Ajude a Missão de emergência da AMI no Haiti”, com o NIB 0007 001 500 400 000 00672. No Multibanco, a entidade é 20909 e a referência é 909 909 909.

The Haiti tragedy: how you can help




Numerous members of the TED community have sought to find a way to help victims of the Haiti quake. We believe one of the organizations best placed to make an immediate difference is Partners in Health. They have operated medical facilities in Haiti for more than two decades and have numerous people on the ground. (We had the honor of working with them as part of President Clinton's TED Prize wish. They're trustable and effective.)
We asked how best the TED community could help and this was their response. Do join us in making a donation here.
· Help us track down helicopters! That's our #1 need right now is transport. There are thousands of badly injured ppl in Port-au-Prince, and there are PIH hospitals, supplies and teams standing ready to treat them in the central plateau. It's a long, difficult drive over uncertain roads -- OR a 10-min helo ride.
· Satellite phones! Cell communications are mostly down and we can't send docs out into PAP with no way to be in touch
· Donate medicine, food, blankets, supplies ... anyone with in-kind products to donate can write to procurement@pih.org
· Lend your time and skills -- we need experienced trauma surgeons, pediatric trauma surgeons, burn specialists, nurse anesthetists, trauma nurses
· We need solar chargers, generators, fuel for generators
· Water purification that does not require electricity -- so massive quanitities of water purification tablets or a system that is standalone
· Transport -- we have had a few offers of private planes plus a big Air Canada jet -- we are filling them with doctors and supplies and mobilizing
· Donate at http://www.pih.org/home.html.

-- Chris Anderson, TED Curator
Photo: REUTERS/Eduardo Munoz

Nós cá somos assim...!!!!


Numa ilha maravilhosa e deserta no meio oceano, após um terrível naufrágio, encontram-se as seguintes pessoas:
- dois italianos e uma italiana;
- dois franceses e uma francesa;
- dois alemães e uma alemã;
- dois ingleses e uma inglesa;
- dois chineses e uma chinesa;
- dois portugueses e uma portuguesa.
Passado um mês, nesta ilha no meio do nada, a situação era a seguinte:
- Um dos italianos matou o outro por causa da italiana;
- Os dois franceses e a francesa vivem felizes juntos num ménage-a-trois;
- Os dois alemães marcaram um horário rigoroso de visitas alternadas à alemã;
- Os dois ingleses aguardam que alguém os apresente à inglesa;
- Os dois chineses abriram uma farmácia/ bar/ restaurante/ lavandaria e engravidaram a chinesa para lhes fornecer empregados para a loja.
- Quanto aos dois portugueses e a portuguesa que também se encontram na ilha, até agora não se passou nada porque resolveram constituir uma comissão encarregada de decidir qual dos dois homens seria autorizado a requerer por escrito o estabelecimento de contactos íntimos com a mulher.
Acontece que a comissão já vai na 17ª reunião e até agora ainda nada se decidiu, até porque falta ainda aprovar as actas das 5 últimas reuniões, sem o que o processo não poderá andar para a frente.
Vale ainda a pena referir que, de todas as reuniões, 3 foram dedicadas a eleger o presidente da comissão e respectivo assessor, 4 ficaram sem efeito dado ter-se chegado à conclusão que tinham sido violados alguns princípios do código de procedimento administrativo, 8 foram dedicadas a discutir e elaborar o regulamento de funcionamento da comissão e 2 foram dedicadas a aprovar esse mesmo regulamento.
É ainda notável que muitas das reuniões não puderam ser realizadas ou concluídas, já que duas não continuaram por falta de quórum, uma ficou a meio em sinal de protesto pelo agravamento das condições de vida e 5 coincidiram com feriados ou dias de ponte...

(recebida por e-mail, mas é a nossa triste realidade)

quarta-feira, janeiro 13

Elefantes brancos

Depois de Aveiro, Leiria. As autoridades locais não aguentam a despesa de manter estádios construídos para o campeonato europeu de futebol de 2004. Estádios que estão quase sempre vazios, gerando pouquíssima receita. Há quem diga que a única solução será deitar abaixo os estádios.
No entanto, quando se decidiu construir dez estádios novos para o Euro 2004, os responsáveis só viam um futuro brilhante para tais investimentos. Entre esses responsáveis estava o actual primeiro ministro.

Entretanto, as chuvas que têm caído já quase encheram a barragem do Alqueva. Parece uma boa notícia. Mas logo surgiram pessoas e entidades a pôr em dúvida que a água armazenada na albufeira do Alqueva possa ser utilizada na agricultura alentejana em escala significativa.
O regadio é caro, muitos agricultores não estão preparados para usar a água e por aí fora.
O enorme investimento feito no Alqueva arrisca-se, assim, a servir para produzir electricidade, para alguns empreendimentos turísticos e pouco mais. Somos o país dos elefantes brancos, ou seja, do desperdício dos poucos recursos que temos.

(Francisco Sarsfi eld Cabral, in “Página 1” de 12/01/10)

terça-feira, janeiro 12

Uma foto espectacular



Em 1984 o astronauta Dale A. Gardner, orientado a partir do Space Shuttle Discovery, apanhou o satélite de comunicações Westar 6 que se encontrava avariado, para ser reparado em terra.

Credit: STS-51A, NASA

segunda-feira, janeiro 11

Loucos

Julgo ser a anedota adequada:

Um louco cai na piscina e começa a afogar-se. Um outro interno atira-se e salva-o da morte.
No dia seguinte, o director vai ao quarto do louco salva-vidas e diz-lhe:
- Parabéns! Vim pessoalmente para lhe dar duas notícias. A primeira é óptima: Você está de alta! Depois do seu gesto heróico de salvar um interno, a nossa equipa concluiu que você está curado e provou isso ao ter essa atitude digna de um verdadeiro herói.

A segunda notícia não é boa: aquele interno que você salvou ontem, acho que queria mesmo suicidar-se. Morreu hoje enforcando-se num cinto.

O doido respondeu:
- Não, senhor director, ele não se enforcou. Fui eu que o pendurei para secar.

Uma boa semana, também está o tempo adequado...

domingo, janeiro 10

Mania das grandezas

“Entre os europeus, os portugueses eram até há pouco (talvez ainda sejam) um dos povos com mais carros por cem habitantes. À nossa frente só a Itália e o Luxemburgo.
Ora uma tal densidade automóvel não é adequada ao nosso nível de riqueza, que está muito abaixo do que se regista na maioria dos países europeus.”

AUTOMÓVEIS DE LUXO
Porsche 911 - Preço 110.000€ - Vendidos em 2009 - 248 (+15,9%)
Ferrari 458 - Preço 200.000€ - Vendidos em 2009 - 31 (+93,8%)
Bentley Continental GT - Preço 225.000€€ - Vendidos em 2009 - 11 (+10%)
Aston Martin DB9 - Preço 229.000€ - Vendidos em 2009 - 26 (-7,1%)
Lamborghini Gallardo - Preço 245.000€ - Vendidos em 2009 - 4 (+100%)

De onde vem o dinheiro?

Não se venham queixar dos transportes colectivos. Fiz toda a minha vida de trabalho aqui em Lisboa andando neles e não morri e agora compro mensalmente o meu “passe social”.

sexta-feira, janeiro 8

Havia necessidade disso?

Depois de quatros anos de conflito aberto com os docentes, que contribuiu para a perda da maioria absoluta do PS nas últimas legislativas, a anunciada trégua na Educação abre caminho para o regresso da paz às escolas. Oito associações sindicais, incluindo a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), que representa quase 70 por cento da classe, e a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), chegaram a acordo com o ministério de Isabel Alçada, em termos que não são ainda totalmente conhecidos.

A contingentação de vagas para a progressão na carreira e a existência de quotas para as classificações de mérito são normas que já se encontram em vigor para a função pública. Os professores classificados com “Bom” poderão ascender ao topo da carreira ao fim de 40 anos de docência. O ME acedeu também em prescindir da realização de uma prova de ingresso na profissão para os “candidatos” que já tenham leccionado e sido avaliados. Por outro lado, os lugares ocupados pelos professores com “Muito Bom” e “Excelente” não serão contabilizados para efeito do preenchimento de vagas. Ou seja, a progressão destes professores, que está garantida independentemente da existência ou não de vagas, não retirará lugares aos docentes classificados apenas com “Bom”. No ano passado, segundo indicou Isabel Alçada, foi dada esta nota a 83 por cento dos professores.

As negociações para a revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD) de 2007 e do modelo de avaliação dos docentes aprovado um ano depois foram iniciadas em Novembro. Logo no início, o Ministério da Educação anunciou o fim da divisão da carreira em duas categorias hierárquicas, professores e titulares, uma das medidas do ECD aprovadas por Maria de Lurdes Rodrigues e que foi a mais contestada pelos docentes.

Havia necessidade de se perderem 4 anos com a intransigência de uma ministra e de um 1º Ministro, o que certamente muito contribuiu para a perda da maioria deste?

Segue-se a Justiça, remendar e corrigir o legado deixado por Alberto Costa: a prisão preventiva, o segredo de justiça e a detenção fora do flagrante delito, serão certamente algumas das matérias a corrigir, sobretudo com o objectivo de alcançar celeridade na Justiça.

Será desta?

Há dez anos, houve um plano de emergência – o Ecordep – para cortar a despesa pública e endireitar as finanças. Dez anos depois, estamos à beira da bancarrota. Teremos cura?
Entrámos em 2010 com um alerta vermelho do Presidente da República: vivemos à beira de uma situação explosiva e o cerne da questão chama-se dívida do Estado. Ou travamos a fundo ou desistimos. E desistir só não é correr o risco da indigência porque ainda estamos na Europa.
Mas será que conseguimos? A memória atraiçoa-nos. Há dez anos, era Guterres Primeiro-ministro e Pina Moura ministro das Finanças, quando, pela primeira vez no pós-25 de Abril, ouvimos falar de um plano de emergência para cortar a despesa pública.
O plano tinha um nome pomposo – Ecordep – e nunca saiu do papel. Pina Moura saiu, Guterres também e quando Durão Barroso lhe sucedeu e decretou que éramos um “país de tanga”, nada de estrutural mudou.
Passaram dez anos e somos um “país falido”.
Andamos nisto há décadas, mas, porque agora o risco é maior do que nunca, os dois maiores partidos perceberam que ninguém lhes perdoa se falharem o mínimo: sentarem-se à mesa e negociarem.
José Sócrates e Manuela Ferreira Leite não se podem ver, esgrimem há um ano trajectórias diferentes para a economia e finanças e têm pela frente um curto percurso em comum. Ela está de saída, ele vive a ressaca da perda da maioria absoluta. Se, apesar disso, se entenderem para traçar um plano de médio prazo de combate à dívida e ao défice públicos, ficarão para a história. Se apenas conseguirem garantir que o Orçamento para 2010 passa e o Governo não cai, serão medíocres. Infelizmente, teme-se o pior.

(Ângela Silva, in “Pagina 1” de 07/01/10)

quarta-feira, janeiro 6

Distracção

A TVI no noticiário das 20h de ontem, referiu a apresentação de uma petição, com mais de 90 mil assinaturas, para que o chamado “casamento gay” fosse discutido na AR.
Querendo auscultar a opinião dos portugueses sobre o assunto, forneceu dois números de telefone:
760102401 para os que acham que o assunto deve ser submetido a referendo;
760102402 para os que acham que o mesmo não deve ser submetido a referendo.

Continuando a ver o noticiário, verifiquei que no rodapé apenas continuavam a indicar o 2º número de telefone isto é, o dos que discordam do referendo.

Telefonei de imediato para a referida estação e foram repostos os dois números de telefone.

Distracção...

segunda-feira, janeiro 4

2010

Alguns países europeus vivem dias muito complicados. A Grécia e a Irlanda, por exemplo, estão a fazer tudo por tudo para evitar a bancarrota. Incluindo cortes nos salários.
Gregos e irlandeses concluíram que estavam a viver, muito acima das suas posses. Em Portugal, a situação apresenta algumas semelhanças, a começar pela dívida do Estado que tem crescido de modo avassalador. E já há organismos internacionais a alertar para a gravidade das finanças públicas portuguesas.
Para evitar o pior, a classe política terá que fazer consensos corajosos e abandonar guerrilhas e provocações, entre partidos e entre órgãos de soberania.
Se não quisermos chegar à situação da Grécia ou da Irlanda, Governo e Parlamento terão que tomar medidas impopulares, mas indispensáveis. Repensar prioridades. Investir nas exportações.
Reduzir a despesa do Estado. Combater o desperdício. Atacar a corrupção.

Estes são problemas sérios que põem em causa o futuro de todos os portugueses. E é confrangedor ver que em Portugal o debate destas questões é ultrapassado por assuntos como o casamento homossexual, a legislação sobre a eutanásia ou o diploma de que já se fala sobre a transexualidade.
A História mostra que a opinião pública não pode ser anestesiada indefinidamente. Mas seria bom que, quando a opinião pública acordasse, não fosse tarde demais.

(“Nota de abertura” do “Página 1” de 30/12/2009)