segunda-feira, janeiro 4

2010

Alguns países europeus vivem dias muito complicados. A Grécia e a Irlanda, por exemplo, estão a fazer tudo por tudo para evitar a bancarrota. Incluindo cortes nos salários.
Gregos e irlandeses concluíram que estavam a viver, muito acima das suas posses. Em Portugal, a situação apresenta algumas semelhanças, a começar pela dívida do Estado que tem crescido de modo avassalador. E já há organismos internacionais a alertar para a gravidade das finanças públicas portuguesas.
Para evitar o pior, a classe política terá que fazer consensos corajosos e abandonar guerrilhas e provocações, entre partidos e entre órgãos de soberania.
Se não quisermos chegar à situação da Grécia ou da Irlanda, Governo e Parlamento terão que tomar medidas impopulares, mas indispensáveis. Repensar prioridades. Investir nas exportações.
Reduzir a despesa do Estado. Combater o desperdício. Atacar a corrupção.

Estes são problemas sérios que põem em causa o futuro de todos os portugueses. E é confrangedor ver que em Portugal o debate destas questões é ultrapassado por assuntos como o casamento homossexual, a legislação sobre a eutanásia ou o diploma de que já se fala sobre a transexualidade.
A História mostra que a opinião pública não pode ser anestesiada indefinidamente. Mas seria bom que, quando a opinião pública acordasse, não fosse tarde demais.

(“Nota de abertura” do “Página 1” de 30/12/2009)

6 Comentários:

Às 04 janeiro, 2010 19:57 , Blogger antonio ganhão disse...

Curioso este caso da Irlanda que fez tudo certo, ao contrário de nós e agora está na falência... o que aconteceu aos "especialistas" que nos explicavam o milagre Irlandês?

 
Às 04 janeiro, 2010 20:01 , Blogger Peter disse...

Boa pergunta, até porque Portugal é um país de doutores.

 
Às 05 janeiro, 2010 11:23 , Blogger Quint disse...

É pertinente a dúvida deixada pelo IMPLUME; a Irlanda era apontada como o aluno exemplar da União Europeia e quando veio a crise, sofreu rombo tão grande ou ainda maior que Portugal.
Não vi nenhuma explicação para o mesmo resultado ante duas situações diametralmente opostas.

Quanto ao que nos reserva o futuro, com ou sem crise já o anunciam por aí: privatizar tudo, desde hospitais a escolas (Daniel Bessa "dixit", por exemplo) e se calhar a água e o ar que respiramos; congelar progressões na Função Pública (curioso, não é?); congelar salários na Função Pública; dar mais dinheiro às sacrossantas PME's (esse mito que se erigiu a motor da economia) para que nalguns casos se reconvertam as notas em Aston Martin's, Porsches e afins; de passo, aumentar os impostos. Et voilá!

 
Às 05 janeiro, 2010 16:06 , Blogger Peter disse...

Ferreira-Pinto

Então o nosso 1º Ministro vai privatizar tudo? Mas depois de "abençoar" os casamentos gays, como é óbvio.

Entretanto e para não perder tempo, o novo Min Justiça convocou a imprensa e rumou ao Estab.Pris. de Sª Cruz do Bispo para mostrar a solidsariedade natalícia aos presos e detidos e "admoestar" a polícia que supostamente teria usado de "força desproporcionada" nas acções de combate ao tráfico de droga.

Mas ainda há gente que vá para a Polícia?

Necessidade a quanto obriga...

 
Às 05 janeiro, 2010 21:39 , Blogger Ashera disse...

A Irlanda está a passar mal por causa do Tratado de Lisboa, já os estão a fazer pagar!
A União Europeia é um farsa, só serve para uns ficarem mais ricos que outros.
Uns serem escravos de outros.
Mundinho cão!
Boa noite para ti amigo
Beijos

 
Às 05 janeiro, 2010 21:59 , Blogger Peter disse...

Ashera

Tudo tem um preço. Se calhar até o "sim" do inglês...

Dois novos "links": "espaço solto" e "o puma". Espero que gostem.

Vou até à Quinta, divirto-me mais por lá. Aqui dá-me mais trabalho e estou sempre à espera dos que apareçam.

 

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