sexta-feira, setembro 29

O carro do Povo

Se todos fossemos assim, alguma coisa havia de mudar!

”Requerimento

Exmo Senhor Presidente da Câmara Municipal de M C, JMCR, eleitor nº ... da freguesia de S, vem expor e requerer a V. Excia o seguinte:
1. Na reunião da Assembleia Municipal do passado dia 29, ouvi V. afirmar que, a partir desta semana, iria passar a dispor de um Audi a6.
2. E percebi, das suas palavras, que não se tratava de um acto de vaidade pessoal, mas uma forma de melhorar a imagem do município, pois que a viatura estaria ao serviço do município e não do seu presidente.
3. Reflectindo sobre o assunto, lembrei-me de que o Audi do município poderá resolver-me um problema logístico que tenho em mãos.
4. No próximo dia 13, é o casamento da minha prima E (jovem médica) com o D (jovem médico).
5. Pediu-me a minha prima que a transportasse à Igreja, ao que eu anuí.
6. Lembrei-me, depois, que o meu carro só tem duas portas o que, convenhamos, não é muito operacional para o efeito, sobretudo para entradas e saídas, já que o vestido poderá ficar agarrado e eventualmente rasgar-se.
7. Foi desta forma que me lembrei que, sendo eu munícipe do M, e estando o Audi ao serviço do município, seria um acto da maior justiça que eu pudesse transportar a minha prima ao casamento no A6.
8. Ainda pensei que talvez pudesse requerer a utilização do jeep Toyota, mas temo que os convidados possam gozar a noiva por se deslocar em tal veículo.
9. Opto, pois, pelo Audi, com a promessa de que o entregarei lavado e com o combustível reposto.
10. Dispenso o motorista.Face ao exposto, requeiro a V. Excia se digne emprestar o A6 para utilização deste modesto munícipe no próximo dia 13, durante todo o dia.

Pede deferimento
J.M.C.R.”

Acabada de receber. Vendo-a pelo mesmo preço por que a comprei.

quinta-feira, setembro 28

Negócios





Vender uma coisa que se tem
a alguém que a quer comprar,
não é um negócio.
Mas vender uma coisa que não se tem
a alguém que a não quer,
isso sim, é um negócio.

(In A Bíblia do Humor Judaico)



(Foto: Ant)

São Petersburgo - Templo Salvador Sobre Sangue


"Templo em memória da Ressurreição de Cristo, no lugar do ferimento mortal do Imperador Alexandre II, que na Glória de Deus está" - eis a denominação canónica da catedral, erigida onde, em resultado da explosão de uma bomba lançada a 01 de Março de 1881 por Ignati Grinevitski, foi interrompida tragicamente a vida do czar.
Daí provem o nome mais generalizado e conhecido do templo: SALVADOR SOBRE SANGUE.

(Foto Peter)

quarta-feira, setembro 27

A avaliação dos alunos (novas tendências )

Eu hoje até nem era para postar pois não pretendo de modo algum monopolizar o espaço do blog que também pertence ao ANT e à Bluegift. Mas atendendo ao artigo anterior, achei oportuno publicar esta sátira. recebida há meses e que possivelmente muitos conhecem, mas outros não. Claro que é exagerada e leva ao ridículo, mas não foge muito à realidade dos nossos dias.

Quanto aos companheiros de blog também não vão ficar a perder, pois vou ter de me ausentar de Lisboa e poderão assim dar vazão à sua criatividade.

Eis o texto:

“As coisas têm de mudar, dizem as novas correntes da Educação. A avaliação de uma questão matemática, altamente complexa, proposta ao aluno indefeso, deverá passar a ser feita em Portugal nos tempos que correm, do seguinte modo:

QUESTÃO PROPOSTA

6 + 7 = ?

A . EXERCÍCIO FEITO PELO ALUNO:

6 + 7 = 18

B . ANÁLISE:

A grafia do número seis está absolutamente correcta;
o mesmo se pode concluir quanto ao número sete ;
o sinal operacional + indica-nos, correctamente, que se trata de uma adição;
quanto ao resultado, verifica-se que o primeiro algarismo (1) está correctamente escrito - corresponde ao primeiro algarismo da soma pedida. O segundo algarismo pode muito bem ser entendido como um três escrito simetricamente - repare-se na simetria, considerando-se um eixo vertical! Assim, o aluno enriqueceu o exercício recorrendo a outros conhecimentos... a sua intenção era, portanto, boa.

C . AVALIAÇÃO:

Do conjunto de considerações tecidas nesta análise, podemos concluir que: a atitude do aluno foi positiva: ele tentou!
Os procedimentos estão correctamente encadeados: os elementos estão dispostos pela ordem precisa.
Nos conceitos, só se enganou (?) num dos seis elementos que formam o exercício, o que é perfeitamente negligenciável.
Na verdade, o aluno acrescentou uma mais-valia ao exercício ao trazer para a proposta de resolução outros conceitos estudados - as simetrias... - realçando as conexões matemáticas que sempre coexistem em qualquer exercício...

Em consequência, podemos atribuir-lhe um...

..."EXCELENTE"...

...e afirmar que o aluno...

... "PROGRIDE ADEQUADAMENTE" (!!!)

(recebido por E-mail)

terça-feira, setembro 26

O professor

A propósito de um comentário, lembrei-me de publicar um texto de Vergílio Ferreira, o melhor professor que tive e um dos melhores escritores portugueses, mas que, como não "enfeudado" politicamente, foi na época perseguido e vilipendiado:

Obra - "conta corrente 1" - pág 187
- como sabem é um diário e o texto transcrito reporta-se a 10 de Maio de 1974:

"Hoje no liceu correu um manifesto dos meninos. Curioso: o professor foi um/a grande vítima do fascismo. Mas é sobre ele que incide a exacerbação dos moços. No fundo, o seu programa inconfessável é simples: não estudar, passar o ano e ter o professor às ordens como têm em casa as sopeiras. Exigir dos professores boas notas, muito saber, como à criada exigem lhes traga o café ou o penico. Com fascismo ou sem ele, o professor continua a ser o escravo que sempre foi."

A primeira turista espacial em órbita

Graças à Bluegift, nossa enviada espacial, apresentamos a foto da primeira turista espacial em órbita, uma muitimilionária americana, Anousheh Ansari, de origem ... Iraquiana.

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Leituras

“Nas vastas extensões do espaço, o tempo parece estender-se, para a frente ou para trás, infindavelmente, engolindo-nos a nós, aos nossos avós, a todos os seres humanos, à Terra inteira. Ou talvez exista algum limite, uma enorme fronteira a refrear o tempo e o espaço.
(...)
O espaço é esquisito, diz a minha filha. Não se consegue imaginar uma coisa que não tem fim. E se tem fim, o que existe fora dela? Concordo com um aceno de cabeça e descemos pé ante pé ao andar de baixo, para tomar o pequeno-almoço e prepararmo-nos para o dia.”

Deixo o Alan Lightman e volto a pegar no António Ramos Rosa ...

”Não desisti de habitar a arca azul
do antiquíssimo sossego do universo.
A minha ascendência é o sol e uma montanha verde
e a lisa ondulação do mar unânime.
Há novecentas mil nebulosas espirais
mas só o teu corpo é um arbusto que sangra
e tem lábios eléctricos e perfuma as paredes”
(...)

domingo, setembro 24

Potugal, país de cagões?

Como gosto de partilhar informação...
Esta recebi por mail e é uma reflexão de Moura Belo.


"De acordo com o conceituado semanário jornal Expresso, o "patrão" da IKEA, o sr. Ingvar Kamprad, "apenas" um dos homens mais ricos do mundo, de 80 anos, veio fazer uma visita surpresa ao seu armazém de Alfragide.
Hospedou-se na Pensão Alegria, na Praça com mesmo nome, foi de táxi até à loja e regressou na carreira 14 da Carris, que o largou na Praça da Figueira.
Esta peripécia devia fazer pensar os parvenus domésticos.Qualquer mísero cargo dá direito, na nossa provinciana sociedade, a um carro, a um motorista, a um telemóvel, a cartões e a umas secretárias. Ninguém dá um passo sem andar de carro, mesmo que se alimente a cafés ou a "sandes de fiambre", viva numa barraca ou num condomínio de luxo. Para além de analfabetos, os portugueses são cagões.
Preferem o perfume ao duche. O automóvel brilhante a uma casa decente. Umas férias no Caribe a uma boa escola para os filhos.Montar falsas empresas a pagar impostos. Por isso, jamais iremos a lado algum.
Nem sequer de autocarro."

sábado, setembro 23

Estocolmo - Konserthuset


O Palacio dos Concertos (Konserthuset) foi, desde a sua inauguração, sede da Orquestra Filarmónica de Estcolmo.
Posteriormente é o cenário da cerimónia da entrega dos premios Nobel e não no Município, como por erro referi na foto anterior. Aí, no Salão Azul, realiza-se apenas o banquete da Festa Nobel.

Peço desculpa pelo engano.

Repare-se no mercado ao ar livre frente ao mesmo.

Estocolmo - o Município


O imponente Município (Stadhuset) com a sua imponente torre de 106 metros de altura, centro político da cidade e lugar onde se celebra todos os anos, a 10 de Dezembro, a entrega dos Premios Nobel.
O edifício é um dos mais visíveis e apreciados na paisagem arquitectónica da cidade.

(Foto de Peter)

sexta-feira, setembro 22

Não, obrigado

O Conselho da Shura Mujahedine, organização que reúne vários grupos iraquianos, incluindo o ramo local da al-Qaeda, num comunicado colocado na Internet, ameaça:

"O adorador da cruz (Bento XVI) e o Ocidente serão derrotados como acontece no Iraque, Afeganistão e Tchechénia. Vamos quebrar a cruz e derramar o vinho ... Alá permita que os degolemos e faça dos seus descendentes e do seu dinheiro a recompensa dos mujahedines"

Sinto-me directamente ameaçado porque pertenço à Civilização Ocidental, com todos os seus defeitos e virtudes e quero continuar a pertencer a ela e a viver à minha maneira:

- quero continuar a comer umas febras de porco com batatas fritas, acompanhadas duma, várias, imperiais no Verão, ou de um bom tinto alentejano no Inverno, assim como quero continuar a beber os meus whiskies;
- quero continuar a ir para a praia e a ver todo aquele desfile de garotas em bikini, ou monokini;
- não estou interessado em deixar crescer a barba, nem em colocar-me cinco vezes por dia de cu para o ar;
- quero continuar a passear por esta linda Lisboa e a admirar os belos seios que as mulheres generosamente expõem, quando sabem que o podem fazer, porque o que é bom é para se ver. Não quero ver esta cidade povoada de "avejões", cobertos de negro da cabeça aos pés;
- quero gosar livremente a minha vida, sem quaisquer peias, ou restrições e desde que o meu comportamento não colida com os direitos, ou com os sentimentos dos outros.

Como diz Fernando Madrinha, no seu Editorial do "Courrier internacional" de hoje:

"A arrogância desses líderes (muçulmanos) que mobilizam a rua, como que pretendendo impor a lei da mordaça ao Ocidente e ao próprio Papa*, é obviamente inaceitável"

* Embora o que ele disse, ou deixou de dizer, não me interesse minimamente, admiro a sua coragem e frontalidade, quando vejo responsáveis políticos, e religiosos, que deviam discordar da sanha assassina dos terroristas islâmicos, todos de calças na mão, sem condenarem o terrorismo praticado em nome do Profeta e permitindo assim que chegue até nós ocidentais uma interpretação errada do Corão.

quarta-feira, setembro 20

Planeta ou estrela falhada?

Uma questão sobre a qual continua a não existir consenso entre os astrónomos, embora tenha sido criada recentemente uma definição de planeta, mas só aplicável para os objectos do Sistema Solar, é o que define um planeta que orbite uma estrela que não o Sol.

Com o auxílio do Hubble foi obtida recentemente a imagem de um dos objectos mais pequenos alguma vez visto em torno de uma estrela anã vermelha designada por CHRX 73. Esse objecto, com cerca de 12 vezes a massa de Júpiter é suficientemente grande, pelo que poderá ser uma anã castanha isto é, uma estrela falhada.
A descoberta de um cada vez maior número de objectos de pequenas dimensões, com massas planetárias, leva os astrónomos a interrogarem-se se todos esses objectos serão sempre planetas.
Alguns astrónomos sugerem que um objecto só é um planeta se tiver sido formado a partir do disco de poeira e gás que geralmente se encontra em torno de uma estrela recém-nascida (disco proto-planetário), que foi o que aconteceu com os planetas do nosso Sistema Solar, formados há 4,6 mil milhões de anos.

Em contraste com os planetas, as anãs castanhas formam-se como as estrelas, a partir do colapso gravitacional de grandes nuvens de hidrogénio. Isto é, essas massas enormes, ao contraírem-se sobre si próprias, desenvolvem pressões enormíssimas e por consequência temperaturas elevadíssimas, que levam ao desencadear da fusão nuclear que as irá alimentar. Ao contrário das estrelas, não possuem massa suficiente para dar início às reacções de fusão do hidrogénio nos seus núcleos e por isso nunca se tornam estrelas, isto é nunca adquirem luz própria, aquela velha distinção que aprendíamos na escola, entre estrelas e planetas.

O objecto agora descoberto, o CHXR 73 B, encontra-se a 31.2 mil milhões de quilómetros da sua estrela anfitriã CHRX 73, que possui cerca de 2 milhões de anos, muito nova comparada com o Sol que tem 4,6 mil milhões e encontra-se tão distante da estrela, que é pouco provável que se tenha formado num disco existente em torno desta.
Para estrelas de pouca massa, como é o caso da CHXR 73, os discos possuem entre 8 e 16 mil milhões de quilómetros de diâmetro. À distância a que o objecto se encontra da estrela, não existe material suficiente para formar um planeta. Os modelos teóricos mostram que planetas gigantes, como Júpiter, são formados a distâncias não superiores a 5 mil milhões de quilómetros das suas estrelas.

Apresentamos abaixo a fotografia obtida pelo Hubble:


Desde que as anãs castanhas foram descobertas, há cerca de uma década, que os astrónomos têm vindo a descobrir centenas destes objectos na nossa galáxia. A maioria não se encontra em órbita de uma estrela, mas sim a flutuar pelo espaço.

Uma das formas de se esclarecer a dúvida que permanece acerca da natureza do objecto descoberto, seria observar um disco de poeira em torno do mesmo. Tal como as estrelas, as anãs castanhas possuem discos em torno delas, mas o seu diâmetro não ultrapassa 4 mil milhões de quilómetros.

(texto elaborado a partir de elementos colhidos no último ASTRONOVAS recebido, lista de distribuição de notícias de Astronomia em Português, publicado pelo Observatório Astronómico de Lisboa, Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa)

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domingo, setembro 17

A origem de @ (arroba)

”Na idade média os livros eram escritos pelos copistas à mão.Precursores da taquigrafia, os copistas simplificavam o trabalho substituindo letras, palavras e nomes próprios, por símbolos, sinais e abreviaturas. Não era por economia de esforço nem para o trabalho ser mais rápido. O motivo era de ordem económica: tinta e papel eram valiosíssimos.
Foi assim que surgiu o til (~), para substituir uma letra (um "m" ou um "n") que nasalizava a vogal anterior. Um til é um “enezinho” sobre a letra. O nome espanhol Francisco, que também se escrevia "Phrancisco", ficou com a abreviatura "Phco." e "Pco". Daí foi fácil o nome Francisco ganhar em espanhol o apelido Paco.

Os santos, ao serem citados pelos copistas, eram identificados por um feito significativo em suas vidas. Assim, o nome de São José aparecia seguido de "Jesus Christi Pater Putativus", ou seja, o pai putativo (suposto) de Jesus Cristo. Mais tarde os copistas passaram a adoptar a abreviatura "JHS PP" e depois "PP". A pronúncia dessas letras em sequência explica porque José em espanhol tem o apelido de Pepe.
Já para substituir a palavra latina “et” (e), os copistas criaram um símbolo que é o resultado do entrelaçamento dessas duas letras: &. Esse sinal é popularmente conhecido como "e comercial" e em inglês, tem o nome de “ampersand”, que vem do “and” ("e" em inglês) + “per se” (do latim “por si”) + “and”.

Com o mesmo recurso ao entrelaçamento das suas letras, os copistas criaram o símbolo @ para substituir a preposição latina “ad”, que tinha, entre outros, o sentido de "casa de". Veio a imprensa, foram-se os copistas, mas os símbolos @ e & continuaram a ser usados nos livros de contabilidade. O @ aparecia entre o número de unidades da mercadoria e o preço - por exemplo: o registro contável "10@£3" significava "10 unidades ao preço de 3 libras cada uma".
Nessa época o símbolo @ já ficou conhecido como, em inglês, "at" ("a" ou "em"). No século XIX, nos portos da Catalunha (nordeste da Espanha), o comércio e a indústria procuravam imitar práticas comerciais e contáveis dos ingleses.Como os espanhóis desconheciam o sentido que os ingleses atribuíam ao símbolo @ (“a” ou “em”), acharam que, por engano, o símbolo seria uma unidade de peso.

Para esse entendimento contribuíram duas coincidências:
- a unidade de peso comum para os espanhóis na época era a arroba cujo "a" inicial lembra a forma do símbolo;
- os carregamentos desembarcados vinham frequentemente em fardos de uma arroba.

Dessa forma, os espanhóis interpretavam aquele mesmo registro de “10@£3"assim: "dez arrobas custando 3 libras cada uma". Então o símbolo @ passou a ser usado pelos espanhóis para significar “arroba”.
Arroba veio do árabe “ar-ruba”, que significa "a quarta parte":arroba (15 kg em números redondos) correspondia a ¼ de outra medida de origem árabe (quintar), o “quintal” (58,75 kg).

As máquinas de escrever, na sua forma definitiva, começaram a ser comercializadas em 1874, nos Estados Unidos (Mark Twain foi o primeiro autor a apresentar os seus originais dactilografados). O teclado tinha o símbolo "@", que sobreviveu nos teclados dos computadores. Em 1972, ao desenvolver o primeiro programa de correio electrónico (e-mail), Roy Tomlinson aproveitou o sentido "@" (“at” -em Inglês), disponível no teclado, e utilizou-o entre o nome do usuário e o nome do provedor.

Assim Fulano@ProvedorX ficou significando: "Fulano no provedor (ou na casa) X".
Em diversos idiomas, o símbolo "@" ficou com o nome de alguma coisa parecida com a sua forma.
Em italiano “chiocciola” (caracol), em sueco “snabel” (tromba de elefante), em holandês, “apestaart” (rabo de macaco).
Noutros idiomas tem o nome de um doce em forma circular:”shtrudel”, em Israel; “strudel”, na Áustria; “pretzel”, em vários países europeus.”

(Recebido por e-mail. Estou sempre a aprender.)

sábado, setembro 16

O arquipélago de Estocolmo


Uma das 24.000 ilhas que constituem o arquipélago de Estocolmo e se estende por uma zona de 60 kms através do Báltico.

(foto de Peter)

sexta-feira, setembro 15

Só para "leões"


"ACIMA DAS ESTRELAS" - Miúdos do Sporting derrubam Inter com fabuloso golo de Caneira e arrecadam um milhão de Euros"

Jornal A BOLA de 13 de Setembro de 2006

Para mais tarde recordarem.

(foto de Peter)

Estocolmo, vista panorâmica


Esta foto tem menos água ... e julgo dar, a quem não a conhece, uma ideia da cidade.
Em primeiro plano a ilha de Riddarholmen, como já disse, uma das 14 que constituem a cidade, o que foi para mim uma surpresa. Não tem transportes públicos, nem lojas, ou restaurantes e a maior parte dos edifícios são Repartições estatais.
De manhã podem ver-se os funcionários públicos atravessar a ponte para os seus locais de trabalho e, findo este e com o regresso dos mesmos às suas casas, a ilha recupera a sua atmosfera tranquila.
A torre de ferro em forma de agulha pertence à Igreja de Riddarholmen, o edifício mais antigo de Estocolmo e que é uma referência na paisagem citadina.

quarta-feira, setembro 13

Gerir a raiva


“Por vezes, quando se tem um mau dia e precisamos de o descarregar em alguém, não o faça em alguém seu conhecido. Descarregue em alguém que NÃO conheça.
Estava sentado à minha secretária, quando me lembrei de um telefonema que tinha de fazer. Encontrei o número e marquei-o. Respondeu um homem que disse:
"Está?"
Educadamente respondi-lhe: "Estou! Sou o Luís Alves. Posso falar com a Sra. Ana Marques, por favor?"
Ficou com uma voz transtornada e gritou-me aos ouvidos: "Vê lá se arranjas a m**** do número certo, ó filho da p***!" e desligou o telefone.
Nem queria acreditar que alguém pudesse ser tão mal educado por causa de uma coisa destas. Quando consegui ligar à Ana, reparei que tinha acidentalmente transposto os dois últimos dígitos.
Decidi voltar a ligar para o número "errado" e, quando o mesmo tipo atendeu, gritei-lhe: "És um grande parvalhão!" e desliguei. Escrevi o número dele juntamente com a palavra "parvalhão" e guardei-o.

De vez em quando, sempre que tinha umas contas chatas para pagar ou um dia mesmo mau, telefonava-lhe e gritava-lhe: "És um parvalhão!" e isso animava-me.
Quando surgiu a identificação de chamadas, pensei que o meu terapêutico telefonema do "parvalhão" iria acabar. Por isso, liguei-lhe e disse: "Boa tarde. Daqui fala da PT. Estamos a ligar-lhe para saber se conhece o nosso serviço de identificação de chamadas!"
Ele disse "NÃO!" e bateu o telefone.
De seguida liguei-lhe, e disse: "É porque és um parvalhão!"

Uma vez, estava no parque do Centro Comercial e, quando me preparava para estacionar num lugar livre, um tipo num BMW cortou-me o caminho e estacionou no lugar que eu tinha estado à espera que vagasse. Buzinei e disse-lhe que estava ali primeiro à espera daquele lugar, mas ele ignorou-me.
Reparei que tinha um letreiro "Vende-se" no vidro de trás do carro, e tomei nota do número de telefone que lá estava.

Uns dias mais tarde, depois de ligar ao primeiro parvalhão, pensei que era melhor telefonar também para o parvalhão do BMW.
Perguntei-lhe: "É o senhor que tem um BMW preto à venda?"
"Sim", disse ele.
"E onde é que o posso ver?", perguntei.
"Pode vir vê-lo a minha casa, aqui na Rua das Descobertas, Nº 36. É uma casa amarela e o carro está estacionado mesmo à frente."
"E o senhor chama-se?..." perguntei.
"O meu nome é Alberto Palma", disse ele.
"E a que horas está disponível para mostrar o carro?"
"Estou em casa todos os dias depois das cinco."
"Ouça, Alberto, posso dizer-lhe uma coisa?"
"Diga!"
"És um grande parvalhão!", e desliguei o telefone. Agora, sempre que tinha um problema, tinha dois "parvalhões" a quem telefonar.

Tive, então, uma ideia. Telefonei ao parvalhão Nº 1.
"Está?"
"És um parvalhão!" (mas não desliguei)
"Ainda estás aí?" perguntou ele.
"Sim", disse-lhe.
"Deixa de me telefonar!" gritou.
"Impede-me", disse eu.
"Quem és tu?" perguntou.
"Chamo-me Alberto Palma", respondi.
"Ah sim? E onde é que moras?"
"Moro na Rua da Descobertas, Nº 36, tenho o meu BM preto mesmo em frente, meu parvalhão. Porquê?
"Vou já aí, Alberto. É melhor começares a rezar", disse ele.
"Estou mesmo cheio de medo de ti, ó parvalhão!" e desliguei.

A seguir, liguei ao parvalhão Nº 2.
"Está?"
"Olá, parvalhão!", disse eu.
Ele gritou-me: "Se descubro quem tu és..."
"Fazes o quê?" perguntei-lhe.
"Parto-te a tromba!" disse ele.
E eu disse-lhe: "Olha, parvalhão, vais ter essa oportunidade. Vou agora aí a tua casa, e já vais ver."

Desliguei e telefonei à Polícia, dizendo que morava na Rua da Descobertas, Nº 36 e que ia agora para casa matar o meu namorado gay.
Depois liguei para as cadeias de TV e falei-lhes sobre a guerra de gangs que se estava a desenrolar nesse momento na Rua da Descobertas.
Peguei no meu carro e fui para a Rua da Descobertas. Cheguei a tempo de ver dois parvalhões a matarem-se à pancada em frente de seis viaturas da polícia e uma série de repórteres de TV.

Já me sinto muito melhor.
Gerir a raiva sempre funciona.”

(recebido por e-mail)

Chegada a Estocolmo


Voltei hoje e depois de me deliciar com a maravilhosa vitória do Sporting sobre a Juventus, pois vim de propósito para ver o jogo, resolvi continuar com a publicação das minhas fotos.
Estocolmo, "a Veneza do Norte", é uma cidade maravilhosa. Existem pelo menos 40 pontes de todas as formas e tamanhos, que ligam entre si as 14 ilhas que a constituem. Ignorava totalmente ...
O sonho dos seus habitantes é possuirem uma casa numa das 24.000 ilhas que constituem o arquipélago de Estocolmo, ocupando uma área de cerca de 60 kms no mar Báltico.

terça-feira, setembro 12

O fado...





Vai-se esperando
Pacientemente
Que tudo se passe longe
Bem longe de nós.

Por hoje.

(Foto:Ant)

domingo, setembro 10

A tua ausência…
















… noto-a mais quando a lua me beija.
Porque ela tem o sabor do teu olhar
Quando parece que me deseja
Como eu te desejo abraçar.

E deixo, pois, que me invada
O arrepio, ânsia, de percorrer-te,
Dos lábios sôfrego beber-te,
A luz que te vem da alma.

sábado, setembro 9

Cosmocópula

Como o blog foi classificado de "erótico" e não gosto de deixar os n/créditos por mãos alheias, resolvi publicar este poema da saudosa Natália, que ainda tive oportunidade de conhecer na sua "tasquinha" na Graça.

Bons tempos ...

O corpo é praia a boca é nascente
e é na vulva que a areia é mais sedenta
poro a poro vou sendo o curso de água
da tua língua demasiado lenta

dentes e unhas rebentam como pinhas
de carnívoras plantas te é meu ventre
abro-te as coxas e deixo-te crescer
duro e cheiroso como o aloendro

(Natália Correia)

quinta-feira, setembro 7

A propósito de Plutão

Contrariamente ao que por aí se tem escrito, não foi o tamanho demasiado pequeno de Plutão que levou a IAU a não o considerar como um planeta. Aliás, ele continua a ser classificado como tal (concessão aos EUA?), simplesmente a sua designação passou a ser a de "Pequeno Planeta", do mesmo modo que, dentro da categoria dos corpos celestes designados por "Estrelas", temos também a considerar diversos tipos.

O que levou à sua desclassificação como 9º Planeta do Sistema Solar, foi a aprovação da designação oficial de "Planeta".
Por ela verifica-se que Plutão não satisfaz a condição terceira de ele "dominar gravitacionalmente a região da sua órbita", uma vez que esta fazia com que o mesmo aparecesse umas vezes como sendo o 8º planeta do nosso Sistema Solar e outras como sendo o 9º.

Tal privilégio de "acumulação de posições" é comum entre nós portugueses, pelo que terei de continuar a ver sempre as mesmas caras na TV o que, convenhamos, começa a tornar-se monótono.
Então agora, com o chamado "caso Mateus" ( a propósito, mostrem lá uma foto do HOMEM!) tem sido um festival de mentiras, irresponsabilidades e ilegalidades, não havendo "cão, nem gato" que não venha botar faladura.

terça-feira, setembro 5

Passeios...











Enquanto deixamos a marca da nossa passagem
Os dias sucedem-se na sua caminhada vertiginosa
Nem a penumbra nem aragem
Afugentam a ternura que é nossa.



(Foto: Ant)

segunda-feira, setembro 4

Pedestrianismo político

O BE, sob a batuta do Sr Louçã, iniciou uma marcha, julgo que a partir de Braga (ou não foi a partir daí, será que estarei a confundir com o 28 de Maio?).
Não sei, estou muito mais preocupado com o "caso Mateus", pois o meu estatuto intelectual não me permite conciliar aquele poderoso movimento político de massas, em defesa do "direito ao emprego", com as "manifestações circenses" que normalmente acompanham as iniciativas daquele "cocktail" de partidos, tendências e individualidades, constitutivas do BE.

Eu ainda do que mais gosto é de ouvir o Sr Louçã, pois faz-me lembrar um pregador e se o mesmo trocasse a Chefia do Partido pela dum movimento religioso, até era capaz de me converter.

Pois é, vou aproveitando o Verão, tomando os meus banhos de mar, mas preocupado, pois precisava de alguém que me limpasse o apartamento e não consigo encontrar.
É o desemprego o culpado?
Claro que não. Os portugueses recusam-se agora a fazer determinados serviços que relegam para os imigrantes e como este fluxo está a diminuir, não há quem os faça.

Lá terei eu que fazer o serviço doméstico. Também não sou mais que os outros e por isso porque não o hei-de fazer?

sexta-feira, setembro 1

Fim de dia

















Encerra-se o ciclo de um estio intenso.
O calor encheu o dia de cor e som
A lua, de danças e luzes várias.
A ideia de uma nova estrada
Outonal e fria, de folhas caídas,
Não esgota as memórias
Ainda frescas destes momentos.

Ignoro a ilusão de Invernos quentes.
Pertenço à tribo dos actores
Da vida acre e ardente.
Prefiro a realidade descontínua
Ao delírio da linha perfeita,
Aparente, artificial e falsa
Que no hábito se extenua.

















Agora que o sol se deita
E a lua se espreguiça
Para voos impacientes,
Despeço-me da embriaguez,
Dos ópios, do que enfeitiça.
Renovo-me outra vez
À espera da nova colheita.

(Fotos:Ant)