terça-feira, setembro 26

Leituras

“Nas vastas extensões do espaço, o tempo parece estender-se, para a frente ou para trás, infindavelmente, engolindo-nos a nós, aos nossos avós, a todos os seres humanos, à Terra inteira. Ou talvez exista algum limite, uma enorme fronteira a refrear o tempo e o espaço.
(...)
O espaço é esquisito, diz a minha filha. Não se consegue imaginar uma coisa que não tem fim. E se tem fim, o que existe fora dela? Concordo com um aceno de cabeça e descemos pé ante pé ao andar de baixo, para tomar o pequeno-almoço e prepararmo-nos para o dia.”

Deixo o Alan Lightman e volto a pegar no António Ramos Rosa ...

”Não desisti de habitar a arca azul
do antiquíssimo sossego do universo.
A minha ascendência é o sol e uma montanha verde
e a lisa ondulação do mar unânime.
Há novecentas mil nebulosas espirais
mas só o teu corpo é um arbusto que sangra
e tem lábios eléctricos e perfuma as paredes”
(...)

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