sexta-feira, setembro 1

Fim de dia

















Encerra-se o ciclo de um estio intenso.
O calor encheu o dia de cor e som
A lua, de danças e luzes várias.
A ideia de uma nova estrada
Outonal e fria, de folhas caídas,
Não esgota as memórias
Ainda frescas destes momentos.

Ignoro a ilusão de Invernos quentes.
Pertenço à tribo dos actores
Da vida acre e ardente.
Prefiro a realidade descontínua
Ao delírio da linha perfeita,
Aparente, artificial e falsa
Que no hábito se extenua.

















Agora que o sol se deita
E a lua se espreguiça
Para voos impacientes,
Despeço-me da embriaguez,
Dos ópios, do que enfeitiça.
Renovo-me outra vez
À espera da nova colheita.

(Fotos:Ant)

4 Comentários:

Às 02 setembro, 2006 08:20 , Blogger Luna disse...

A vida é feita de virar de paginas rescritas todos os dias, e a roda vai girando e os ciclos retormando, tudo para nos lembrar que amanhã é outro dia.
beijinhos

 
Às 02 setembro, 2006 11:54 , Blogger Marta Vinhais disse...

No fundo, estamos a ser "testados"..
Mas creio que todos, de uma forma ou outra, conseguem mostrar que estão à "altura".
Lindo o texto e adorei as fotos.
Beijos e abraços
Marta

 
Às 03 setembro, 2006 18:14 , Blogger Louco Ode Sonhador disse...

UIIIIII... Acabou... Pois foi, não deveria acontecer assim, deveriamos estar numa embriaguez contínua um renovar sem fim, mas ao mesmo tempo fazermos a colheita de que gostamos.
como o povo basco diz:
Eskerrik asko
Agur,
Abraço até um dia.

 
Às 04 setembro, 2006 14:49 , Blogger Peter disse...

"Encerra-se o ciclo de um estio intenso."
Não se encerrou não, pelo menos para mim...

Gostei da primeira foto, gosto do pôr-do-sol e do nascer e das nuvens e de tudo que nos rodeia.
E como nós somos, ou pelo menos parecemos insignificantes:
- ainda ontem, no meu passeio matinal à beira-mar, olhei para uns pontos negros mínusculos que estavam no outro extremo. Eram tal como eu para eles, seres humanos.

Abraço

 

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