CERN iniciou colisão de protões
A colisão entre protões acontece a uma velocidade próxima da da luz, a 20 milhões de vezes por segundo e a uma energia de sete GeV * (equivalente a 280 mil milhões de baterias de carro).
A informação que produzem estas colisões é recolhida por quatro enormes detectores que constituem o LHC – o acelerador de partículas instalado pelo CERN, perto de Genebra e que é, na verdade, um túnel circular de 27 quilómetros, a 100 metros de profundidade.
O objectivo da experiência é recriar as condições de temperatura e de densidade energética semelhantes às que se terão registado na altura do “Big Bang”. Os primeiros resultados só deverão ser conhecidos dentro de alguns meses. Os cientistas pretendem fazer funcionar continuamente o acelerador de partículas durante os próximos 18 a 24 meses, com um curta pausa técnica no final de 2010.
O director-geral do CERN, Rolf Heuer, disse estar muito entusiasmado com o que chamou de “princípio de uma nova era para a física moderna”, de acordo com declarações às agências internacionais. “Com esta experiência, abre-se uma janela para a obtenção de novos conhecimentos sobre o Universo e o microcosmos”, sublinhou o director-geral. O CERN espera encontrar provas concretas de matéria negra, que os cientistas acreditam que compõe parte do universo, mas cuja existência nunca foi comprovada. “Se conseguirmos detectar e entender a matéria negra, o nosso conhecimento vai ser capaz de abranger 30% do universo, o que será um avanço enorme”, explicou.
(*) Giga electrões volt. Reparem no tamanho do homem na figura.