Dói...
“Finalmente, a verdade. O Programa de Estabilidade e Crescimento põe fim à política da avestruz.
As receitas para sair da crise são as habituais. Todos seremos chamados a remediar o buraco das contas públicas. Como? Como sempre: pagando mais impostos e, se é caso disso, recebendo menos apoios sociais.
Os portugueses com ordenados acima dos 600 euros por mês e pensões acima dos 1600 vão entregar aos cofres do fisco entre 100 a 500 euros a mais, já no próximo ano.
À medida que os rendimentos crescem entregarão ainda mais. As mais-valias de bolsa passam, e bem, a pagar imposto. Mas os lucros da banca permanecem intocados.
O agravamento fiscal é certo para mais de 3,5 milhões de contribuintes. A redução das deduções por saúde e educação tem o mesmo efeito da subida das taxas.
O investimento público apresentado como o remédio certo para o crescimento e o emprego acaba adiado. Quem não tem dinheiro não tem TGV entre Lisboa e Porto (questão de bom senso!).
Anuncia-se a privatização de tudo o que resta (EDP, Galp, CTT…) na esperança de uma receita extraordinária capaz de reduzir a dívida pública. Mas as jóias vendidas a “pataco” não impedem o aumento da dívida em cinco pontos nos próximos dois anos.
E é isto que dói. Tanto sacrifício para chegar a 2013 com o desemprego acima dos 9%, a economia a afastar-se da Europa por mais quatro anos e a dívida a rondar os 90%.”
As receitas para sair da crise são as habituais. Todos seremos chamados a remediar o buraco das contas públicas. Como? Como sempre: pagando mais impostos e, se é caso disso, recebendo menos apoios sociais.
Os portugueses com ordenados acima dos 600 euros por mês e pensões acima dos 1600 vão entregar aos cofres do fisco entre 100 a 500 euros a mais, já no próximo ano.
À medida que os rendimentos crescem entregarão ainda mais. As mais-valias de bolsa passam, e bem, a pagar imposto. Mas os lucros da banca permanecem intocados.
O agravamento fiscal é certo para mais de 3,5 milhões de contribuintes. A redução das deduções por saúde e educação tem o mesmo efeito da subida das taxas.
O investimento público apresentado como o remédio certo para o crescimento e o emprego acaba adiado. Quem não tem dinheiro não tem TGV entre Lisboa e Porto (questão de bom senso!).
Anuncia-se a privatização de tudo o que resta (EDP, Galp, CTT…) na esperança de uma receita extraordinária capaz de reduzir a dívida pública. Mas as jóias vendidas a “pataco” não impedem o aumento da dívida em cinco pontos nos próximos dois anos.
E é isto que dói. Tanto sacrifício para chegar a 2013 com o desemprego acima dos 9%, a economia a afastar-se da Europa por mais quatro anos e a dívida a rondar os 90%.”
(Graça Franco, in “Página 1” de 10/03/10)
Os trinta países mais desenvolvidos e membros da OCDE estão condenados a atravessar um longo período de crescimento económico “modesto”, que será acompanhado por uma boa dose de “ansiedade”.
A OCDE garante que, se o pior já passou, a descida do nível de vida e do emprego persistirá por muitos anos.
Estamos “feitos”…
4 Comentários:
Desde que não afecte o nível de vida dos gestores... no pasara nada!
estamos "feitos" e ... mal pagos!
abraços
estamos «feitos» e não é com remédios para os sintomas que ficaremos curados - é preciso tratar a «doença». Mas não há «médico» que a diagnostique...
alf
E muito menos que a trate. É como se quizessem curar uma pneumonia com Aspirina.
Volto para a Facebook FarmVille, divirto-me e convívio muito mais e com menos trabalho.
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