sábado, dezembro 31

ANO NOVO

A todos os que por aqui passem desejo um 2012 com saúde e emprego. Pedir mais é utopia. A luzinha ao fundo do túnel parece ter-se acendido vinda da China. Julgo ter sido um bom negócio para ambos, pois os investimentos são sempre bem-vindos, vindos de onde vierem. Não misturem política com economia. Bem basta que o façam com a Justiça. Restam por aí alguns pró-Sócrates, não os confundam com os verdadeiros socialistas. Nada têm de comum. E não voltem a fazer entrevistas com o Luís Fazenda, como fez o Victor Crespo. Ao menos com o Louçã ainda me vou rindo.
Tenhamos esperança!

sexta-feira, dezembro 30

SONETO

Jesus, porque deixaste, ao roubo e vil ganância
de um desgoverno rasca, o meu rico País
passar a ser mendigo de quem apenas quis
seus alforges encher de uma farta «bastância»?

Párias de Portugal viram à distância
que através da política é que estava a raiz
capaz de os libertar da sua triste infância,
de uma miséria atroz, amarga e infeliz…

Da Pátria, o Património ajudaram vendê-lo
p’ra seu próprio proveito e em festa ao recebê-lo
tornaram-se os patrões de um Portugal sem glória,

forçado a mendigar o seu parco sustento
no mundo outrora seu. Jesus, como lamento
teres deixado a traição matar séculos de História!

Mário Cristino da Silva

quinta-feira, dezembro 29

TDT

A Televisão Digital Terrestre pode não chegar a todos os lares portugueses. Estou a lembrar-me daquelas povoações, onde nem sequer já existem crianças e meia dúzia de velhos vão sobrevivendo com aquilo que cultivam no quintal e as galinhas que têm na capoeira. A TV para eles é a sua única distracção. Eles sabem lá o que é a TDT e que têm de comprar o dispositivo para poderem ver TV. Não é uma campanha, “mal enjorcada”, feita pela RTP, que os vem esclarecer.

Mas quem se importa com isso? O que conta são os números e os velhos só dão despesa.

quarta-feira, dezembro 28

A greve da CP

Mais uma numa Companhia cujo défice já ultrapassa os 3 mil milhões €. Numa Companhia que tem 23 sindicatos, o que significa que quando a “elite” (maquinistas) não a fazem, podem fazê-la um qualquer dos outros 22 sindicatos. E há tanta gente desempregada… Porque não fazem como a Argentina em 2002? Fechem-na e com o meio milhão de desempregados que anda por aí “mendigando empregos”, vão substituindo todo o pessoal que não quer é trabalhar.
Chamam-lhe uma “greve de solidariedade” para com os 200 maquinistas que têm processos pendentes por não terem cumprido os “serviços mínimos” em greves anteriores. Quem manda na empresa é a Administração da mesma e é esta que tem de avaliar a situação e, se for caso disso, proceder disciplinarmente contra os prevaricadores, os que só têm direitos e não têm deveres. Pois, mas as greves são “sagradas” e, por isso, toda essa massa de gente que pagou os seus passes e não tem outras possibilidades para se deslocar viu-se impossibilitada de passar os dias festivos do Natal e possivelmente do Ano Novo, junto dos seus, limitando-se a encolher os ombros, porque não há ninguém que tenha “tomates” e coragem para dar um murro na mesa, dizendo BASTA!

terça-feira, dezembro 27

Gente desta já não há

Era oriundo de famílias aristocráticas e descendente de flamengos. O pai deixou de lhe pagar os estudos e deserdou-o.
Trabalhou, dando lições de inglês para poder continuar o curso.
Formou-se em Direito.
Foi advogado, professor, escritor, político e deputado.
Foi também vereador da Câmara Municipal de Lisboa.
Foi reitor da Universidade de Coimbra.
Foi Procurador-Geral da República.
Passou cinquenta anos da sua vida a defender uma sociedade mais justa.
Com 71 anos foi eleito Presidente da República.
Disse na tomada de posse: “Estou aqui para servir o país. Seria incapaz de alguma vez me servir dele…”
Recusou viver no Palácio de Belém, habitando uma pequena casa, cuja renda pagava do seu bolso, assim como a mobília da mesma.
Recusou ajudas de custo, prescindiu do dinheiro para transportes, tomando o eléctrico no Terreiro do Paço para se deslocar para Belém.
Não quis secretário, nem protocolo e nem sequer Conselho de Estado.
Foi aconselhado a comprar um automóvel para as deslocações, mas fez questão de o pagar também do seu bolso.

Este senhor era Manuel de Arriaga e foi o primeiro Presidente da República Portuguesa.

Gente desta já não há

 
Era oriundo de famílias aristocráticas e descendente de flamengos. O pai deixou de lhe pagar os estudos e deserdou-o.
Trabalhou, dando lições de inglês para poder continuar o curso.
Formou-se em Direito.
Foi advogado, professor, escritor, político e deputado.
Foi também vereador da Câmara Municipal de Lisboa.
Foi reitor da Universidade de Coimbra.
Foi Procurador-Geral da República.
Passou cinquenta anos da sua vida a defender uma sociedade mais justa.
Com 71 anos foi eleito Presidente da República.
Disse na tomada de posse: “Estou aqui para servir o país. Seria incapaz de alguma vez me servir dele…”
Recusou viver no Palácio de Belém, habitando uma pequena casa, cuja renda pagava do seu bolso, assim como a mobília da mesma.
Recusou ajudas de custo, prescindiu do dinheiro para transportes, tomando o eléctrico no Terreiro do Paço para se deslocar para Belém.
Não quis secretário, nem protocolo e nem sequer Conselho de Estado.
Foi aconselhado a comprar um automóvel para as deslocações, mas fez questão de o pagar também do seu bolso.

Este senhor era Manuel de Arriaga e foi o primeiro Presidente da República Portuguesa.

A dívida explicada de forma simples

La vidéo qui explique tout en 10 minutes quand les politiques affirment que, pour enrayer cette dette, il faut moins de dépenses publiques, des plans d’austérité ou des privatisations à gogo, soit, comme nous, ils n'ont rien compris, soit ils nous entubent....

Pour comprendre pourquoi, il faut regarder cette vidéo :
 http://www.youtube.com/user/MrQuelquesMinutes#p/a

O PCP que temos

O PCP faz-nos o favor de participar em eleições para deputados e de, com os seus 8%, integrar a Assembleia da Republica em vez de, como é seu desígnio, procurar alcançar o Poder nas ruas. Não se importa, porque a Intersindical encarrega-se disso.
Agora mostrou aquilo que é, expressando as suas sentidas condolências ao povo da Monarquia Comunista da Coreia do Norte. Um povo, coitado, que para sobreviver depende do auxílio humanitário da ONU e que, conduzido como rebanhos, nos mimoseou durante vários dias, com aquele espectáculo ridículo de lágrimas, choros e gritos de pesar pela morte do psicopata Kim Jong – il, que sucedera ao pai e que agora deixou o Poder ao filho (manobrado pelos generais). Porque será que nos regimes comunistas que julgo serem dois em todo o Mundo, o Poder se transmite como nas dinastias, do avô, para o pai e depois para o filho aqui na CN, onde os desfiles militares são um folclore aceite sem qualquer censura pelo PCP e em Cuba, onde o morto-vivo é substituído pelo irmão?
Em contra-partida, fiel aos seus sagrados e aberrantes princípios, recusou-se a participar num voto de pesar pela morte de Vàclav Havel.

sábado, dezembro 3

A banca no poder, ou o poder da banca

“As substituições de Georges Papandreou por Lucas Papademos e de Berlusconi por Mario Monti foram na realidade dois golpes de estado de um novo género, sem tiros, sem sangue, orquestrados pelos mercados financeiros.O método é simples: criar uma enorme pressão sobre as taxas de juros das dívidas dos países visados, o que desencadeia uma enorme instabilidade política e por fim, apresentar um tecnocrata para tomar conta dos destinos do país. Estes golpes de estado não são perpetrados por um grupo político ou pelas forças armadas. As mudanças de chefias políticas são apresentadas como uma necessidade em consequência da engrenagem da desconfiança dos mercados sobre a capacidade de certos países em pagas as dívidas.
Ultrapassando as instâncias democráticas dos respectivos países, são então instalados no poder pessoas ligadas aos grandes grupos financeiros mundiais. Mario Monti está ligado ao Goldman Sachs, assim como Mario Draghi recentemente eleito presidente do Banco Central Europeu. Lucas Papademos foi governador do Banco da Grécia durante a falsificação da dívida grega pelo Golman Sachs. Todos são membros da Comissão Trilateral ou do clube de Bilderberg.
Actualmente, os lugares-chave do poder na Europa estão nas mãos do Goldman Sachs. Como chegaram a esses cargos? Com que meios e com que fim? Salvar os Estados Unidos à custa dos europeus?
E Portugal?
Em Portugal, daqui por umas semanas ou meses, pode muito bem vir a acontecer o mesmo. Perante a fraca liderança de Passos Coelho e a fraca alternativa política de António José Seguro, e com o crescente agravamento da crise financeira portuguesa, pode vir a ser imposto a Portugal um homem de confiança da banca. Esse homem poderá ser António Borges. Tem todos os requisitos: para além de ter sido vice-governador do Banco de Portugal, é actualmente director do Departamento Europeu do Fundo Monetário Internacional e sobretudo foi vice-presidente do Conselho de Administração do Banco Goldman Sachs International em Londres, entre 2000 e 2008. António Borges é membro do clube de Bilderberg, tendo participado nas reuniões de 1997 e de 2002. Também é membro da Comissão Trilateral.
Curiosamente, ou não, decorreu de 11 a 13 de Novembro, a reunião anual da Trilateral para a Zona Europeia, em Haia na Holanda. Reparem que o artigo é de 15 de Novembro. Em 16 de Novembro, foi laconicamente noticiada a demissão de António Borges, “por razões pessoais”, do cargo que ocupava no FMI para as questões europeias. Foi de imediato substituído no cargo por uma iraniana, por certo não recrutada à pressa... “
(autor desconhecido)