Em defesa da qualidade do ensino
“O país, de norte a sul, nos grandes e pequenos centros urbanos, e também nas suas regiões mais deprimidas, está a provar a estupidez de certos complexos socialistas, que pretendem deter a verdade absoluta sobre o que deve ser o sistema público de educação.
O poder político de Lisboa está a tentar acabar com os chamados contratos de associação com as escolas do ensino particular e cooperativo. Dizem os iluminados que o Estado não pode mais pagar o ensino para ricos, quando tem uma oferta pública ao dispor.
Todos os dias, os meios de comunicação social estão a mostrar pobres, ricos e remediados a indignar--se com esta imposição que ameaça encerrar-lhes a escola que lhes está a dar uma educação de qualidade.
Os famosos rankings demonstram que, um pouco por todo o país, estes estabelecimentos têm melhores resultados do que as ditas escolas públicas vizinhas. É por isso que, na maior parte dos casos, são os próprios alunos que saem em defesa das suas escolas.
Coisa jamais vista nos estabelecimentos do Estado. Como sempre, a realidade impõe-se à ideologia. Esperemos que o Ministério da Educação e o Presidente da República não deixem que a demagogia fale mais alto do que o grito destas pessoas e persistam numa medida altamente prejudicial para a qualidade do ensino em Portugal.”
(Raquel Abecasis in “página1” de 20/12/2010)