Imagem da superfície de Titã obtida pela Huygens
a 5 km de altitude, durante a sua descida,
a 14 de Janeiro de 2005.
«Em Titã, as nuvens e a chuva são formadas por metano líquido.
Na Terra o metano é um gás inflamável, mas Titã não tem oxigénio
na atmosfera para suportar a combustão. Além disso,
as temperaturas em Titã são tão baixas
que o metano pode existir
na sua forma líquida.
[ ] nuvens colossais de vapor de metano formam tempestades
na superfície de Titã, com este hidrocarboneto a desempenhar
um papel semelhante ao da água na Terra. Os cálculos
mostraram que estas tempestades fortes, que podem
chegar a uma altitude de 35 quilómetros, produzem
nuvens densas de metano e uma precipitação
intensa de gotas líquidas a partir do composto
gasoso, semelhante aos fortes aguaceiros
que vemos na Terra. Esta precipitação
gera acumulações e rios de metano
líquido em Titã, produzindo os
canais observados.
Sendo assim, Titã poderá ter um “ciclo do metano”,
talvez semelhante ao ciclo da água na Terra.»
Etiquetas: astronomia, v
10 Comentários:
Estes factos sobre Titã
lembram-me a teoria de Oparin
da origem da vida na Terra
a partir da matéria inanimada.
Mas não sei se em laboratório
já se conseguiu ou não
formar algum ser
microbiótico
...
Eu diria que era uma foto da Nespresso...
Lol. Por acaso,
até parece!
vbm
Oparin não teve condições de provar a sua hipótese. Mas, em 1953, Stanley Miller, na Universidade de Chigago, realizou em laboratório a experiência. Colocou num balão de vidro: metano, amónia, hidrogénio e vapor de água, submeteu-os a aquecimento prolongado e uma centelha eléctrica de alta tensão cortava continuamente o ambiente onde estavam contidos os gases. Ao fim de certo tempo, Miller comprovou o aparecimento de moléculas de aminoácidos no interior do balão.
Actualmente, discute-se a composição química da atmosfera primitiva do nosso planeta, preferindo alguns admitir que, em vez de metano, amónia, hidrogénio e vapor de água, existissem monóxido de carbono, dióxido de carbono, nitrogénio molecular e vapor de água.
A VIDA é algo que nunca foi definido exaustivamente. Não se sabe o que é. Será “algo” que transforma o inanimado no animado.
Por enquanto andamos a esgaravatar no nosso “quintal” mas se observarmos mais de perto, como fez o Hubble, um “cluster” de galáxias, até agora o corpo celeste mais gigantesco que conhecemos, surgem as perguntas:
- por que não metano em vez de água?
- porquê só a civilização do carbono?
- porquê a inteligência o dom mais poderoso dum organismo vivo?
- o que se entende por “vivo”?
(…)
Esta imagen das nuvens de metano em Titã pareceram-me uma taça de mousse de chocolate.
Será que este ciclo consegue levar à existência de organismos com outro metabolismo???
Peter!
Vês bem as tuas perguntas?
Porque não 'isto' em vez de 'aquilo'?
Ora, justamente, esta a grande diferença
entre a ciência a razão filosófica.
Tudo o que há poderia ser diferente
sem que a lógica seja questionada.
Que a civilização irrompa do carbono, a vida da água e a inteligência da vida não contradiz nem obsta a que efeitos semelhantes derivem de outras condições, diferentes.
Pelo que, devemos reflectir sobre a exitência e o universo de um modo lógico, neutro, aberto e desantropomórfico.
vbm
Não sei se é Filosofia. É aquilo que eu penso:
"Que a civilização irrompa do carbono, a vida da água e a inteligência da vida não contradiz nem obsta a que efeitos semelhantes derivem de outras condições, diferentes."
Mas com uma ressalva:
- evidentemente que essas "condições diferentes" dariam origem a "efeitos" não semelhantes, senão lá vamos cair no antropomorfismo, no homem como o destino final da evolução de todo o ilimitado (atenção que eu não digo "infinito") UNIVERSO, que foi criado de propósito para ele e que só ele, homem, com a sua inteligência, conseguirá explicar, o que aliás anda a tentar fazer desde que ergueu os olhos para o firmamento.
Pretensiosismo humano, teorias e mais teorias, a maior parte delas impossíveis de verificar sem ser com lápis e papel.
O "efeito de túnel", que ninguém sabe explicar o porquê, possibilitou a criação do microscópico electrónico que nos possibilita ver os átomos que constituem toda a matéria.
A frase de Feynman está sempre presente no meu espírito:
- "não vale a pena estar a fazer-me perguntas para as quais não existem respostas no estado actual dos nossos conhecimentos".
As coisas são como são e não vale a pena especular, deixemos esse trabalho para a Ciência e aguardemos a validação experimental dessas teorias, sempre incompletas, justificando umas coisas mas não justificando outras, substituíveis no todo ou em parte, para seguirmos para outras, sempre, sempre sem nos darmos por satisfeitos...
Gosto de Feynman, mas repudio o seu limitado experi-mentalismo. Isto, porque aprecio o mentalismo antes e depois de qualquer experiência.
Explico-me: que interesse há em 'experimentar' o que quer que seja, se na mente nenhuma questão é formulada!? Que importam respostas para as quais não há perguntas?
Ora, a razão filosófica cogita o amplo espectro do possível, na independência de sua ocorrência ou não, apenas vigiando atentamente a não-contradição nos próprios termos.
Sobre a particularidade de condições diferentes gerarem efeitos desiguais ou dessemelhantes, concordo que tal é possível, pois claro, o que não impede que, observados, não consigamos inteligi-los e explicá-los.
- No UNIVERSO só existe o homem mais a sua poderosíssima inteligência?
- Serão inteligíveis para a mente humana, outras formas de VIDA (chamemos-lhe "vida", à falta de outra designação)? Não será tal atitude pretensiosismo?
- Idem no que respeita à explicação das mesmas.
- Condições diferentes geram NECESSARIAMENTE efeitos desiguais. O "ser possível", como dizes, é uma "concessão" que fazes o favor de admitir.
- Quanto ao Feynman "repudias o seu limitado experimentalismo." Prova a tua afirmação. Justificas dizendo: isto, porque "aprecio o mentalismo antes e depois de qualquer experiência". E eu tu, o Feynman, qualquer pessoa, não é isso que faz?.
Claro que é isso que a inteligência faz! Mas, justamente, essa é a prova de a reflexão filosófica subsumir a ciência na limtação do 'experiencialismo observacional' :) Não que considere menor o saber «de experiência feito». É assim um pouco como a "universidade da vida"... é muito boa, mas demora muito tempo a 'tirar o curso'. Pelo que, «teoria-teoria-lógica-lógica» é o meu leit-motiv predilecto.
Questionas se estaríamos em condições de compreender uma inteligência dessemelhante da nossa... Bom, na verdade, a prova real seria, sem dúvida, a da experiência desse contacto. Mas, a priori, reflicto que se tal contacto ocorresse, nós consciencializávamo-lo, o que, mesmo sem eventualmente alcançar compreender tal inteligência alienígena, nos induziria a incluir no conceito do universo a noção de inteligências inumanas incompreensíveis, o que não é a nossa situação actual: contemplamos o universo, somos parte dele, e buscamos compreender tudo: - o que talvez consigamos, pois que mesmo o imprevisível e impondrável não o excluimos do nosso entendimento de como o universo é.
!!!
:)
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