Quadro de Melyta
Não sei se este pensamento elucida o dia, se a noite.
Veio às cinco da manhã, e às dezoito do mesmo dia.
Aqui o deixo__________________________ a ilha é
Um lugar onde o mar ruge por todos os lados. Quando
O vento a submerge, batem nas rochas e nas escarpas
Peixes, assinalados por terem morrido em vão.
Maria Gabriela Llansol, O começo de um livro é precioso
Assírio & Alvim, Lisboa, 2003, p.196
Etiquetas: literatura, v
2 Comentários:
Sempre tiveste um "fraquinho" pela
Maria Gabriela Llansol, por vezes incompreensível, mas sem deixar de ser bela na sua escrita.
Bom Natal
:) Sim, na verdade pode censurar-se-lhe a escrita, muito pessoalizada, que pode ter um interesse e pertinência diminutos para os leitores mais alheados... Contudo, eu senti essa misteriosidade como um atractor fascinante e acabei por interpretar uma parte dos seus pensamentos e emoções.
Hoje em dia, - morreu este ano -, os seus admiradores - o germanista João Barrento à cabeça - publicam um blog sobre a Gabriela Llansol que, ao que consta, deixou um baú cheio de manuscritos!
Contudo, concordo, censuro-lhe o hermetismo pessoalíssimo. Porém, agrada-me que ela não seja propriamente uma místca e sim uma pessoa culta, mas independente.
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