domingo, dezembro 14


Marx e o sistema bancário!


«A hipotética redução de complexidade através da máquina social capitalista,
que sempre representou mais ideologia que realidade,
finalmente se transforma em destruição.


Também por essa razão, o salto é tão grande e rodeado de temores.
Mas as relações de crise, que se tornaram reconhecíveis
através de sua contínua evolução,
reclamam implacavelmente:

ali onde havia inconsciência social (desde a "invisible hand" do culto
aos ancestrais até à "invisible hand" do mercado capitalista mundial),
deverá surgir consciência social. No lugar de um meio cego
deverá surgir um processo decisório social consciente,
organizado por instituições autodeterminadas
(não estabelecidas a priori),
para além de mercado
e Estado.»


Robert Kurz, "As leituras de Marx no Século XXI"

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3 Comentários:

Às 14 dezembro, 2008 15:09 , Blogger Peter disse...

vbm

Como é que entre nós pode surgir "consciência social" para enfrentar a "crise"?

Com deputados faltosos que apenas comparecem no Parlamento e a maior parte para ler o jornal (é o que vemos na TV) 3,5 dias por semana?
Porque é que os partidos não os substituem? Não podem fazer avançar os "suplentes"? No orçamento de 2009 as despesas parlamentares com deslocações dentro e fora do país atingem 3,7 milhões. É nessa gente que querem que nós vamos votar?
Estão bem livres dessa.

Com um certo "desconforto" (chamemos-lhe assim) entre o Governo e o PR? É aqui que está a união para enfrentar a "crise"?

 
Às 14 dezembro, 2008 15:26 , Blogger vbm disse...

Olha que não sei, mas duvido que seja pela moral que lá se vai à reforma do sistema.

É ridículo supor que a crise foi o resultado da ganância de especuladores bolsistas ou banqueiros desalmados.

É bom lembrar que ela se originou no crache do crédito hipotecário de alto risco, por os devedores americanos terem deixado de pagar as suas casas. E porquê?

Ora bem: preste-se boa atenção à questão de fundo: milhões de famílias americanas sucumbiram a pagar os empréstimos das casas. E porquê?

Pois bem, no último quarto de século, na repartição do rendimento nacional nos EUA a parte dos trabalhadores diminuiu dez pontos percentuais e a das mais-valias aumentou esses dez pontos.

Por outras palavras, se não se tivesse intensificado essa desalmada exploração dos trabalhadores, estes teriam disposto do poder de compra suficiente para pagar os seus empréstimos hipotecários.

Queira-se ou não, a socialização da actividade de produção tem de impor limites à desigualdade económica.

 
Às 14 dezembro, 2008 17:33 , Blogger Peter disse...

"Queira-se ou não, a socialização da actividade de produção tem de impor limites à desigualdade económica."

Plenamente de acordo.

 

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