AS CRIANÇAS
De súbito,
parece que cresceram.
Descobrem o que é o amor
e transformam-se em adultos.
Mão na mão vagueiam,
Sem repararem nas multidões
à sua volta,
silhuetas desenhadas ao pôr-do-sol.
Seus corações são como
pássaros cativos dentro deles,
e no pulsar de cada batimento
está o pulsar de toda a humanidade.
Silenciosas, sentam-se juntas
na margem de um rio
junto de uma árvore solitária, ao luar.
A bruma não levantou,
a terra é um sussurro.
Como papagaios de papel, os seus corações
planam, acima das cabeças.
Apesar de ter sido sempre assim,
será que mudará quando por fim
seguirem o seu caminho?
Há outra forma de ver isto:
Um vaso cheio de luz é derramado
sobre uma flor,
revelando subitamente em cada um de nós
uma dimensão inesperada.
O que começou dentro de ti,
destruí-lo-ás um dia?
Ou vais guardá-lo ciosamente dentro de ti,
sabendo sempre distinguir o certo do errado?
(Tradução portuguesa do poema “As Crianças”, escrito pelo Papa João Paulo II)
7 Comentários:
O Natal é, ou era a “festa da família”. É como tudo, é para alguns, para os que têm família, não para aqueles que, por motivos diversos, não a podem ter junta como desejariam. A saudade dos que já morreram, dos que se afastaram, dos que não puderam juntar-se, está sempre latente.
Por mais que queiramos esquecer, eles estão sempre presentes no nosso espírito, no espírito dos mais velhos.
Será a festa das crianças, que começam a contar os dias e depois as horas que faltam para a meia-noite do dia 24.
- “Pai, já podemos abrir as prendas?”
- “Não, só à meia noite.”
- “Quanto tempo falta?”
- “Come. Ainda faltam 3horas.”
- “Nunca mais chega!”
Espero que os meus netos, aqueles que podem passar o Natal connosco, gostem do Presépio que descobri a pensar neles.
gostam de certeza. porque o afecto está lá todinho.
Abraço
Gosto do cenário!
Muito Boas Festas. Abraço.
O Natal é algo sempre actual. Vai passando, naturalmente, de geração em geração. Ontem, atingiu-nos a nós, depois os nossos filhos e, agora são os nossos netos a herdarem o espírito de Natal.
É A VIDA, como o Guterres dizia...
Mas tenho uma grande saudade das festas de Natal, passadas em casa de minha avó, algures no Baixo Alentejo...
Um abraço de Boas Festas
Compadre Alentejano
Querido Peter:
Vão gostar desta noite mágica passada com o avô para sempre recordada no que de mais terno e puro possuem por toda a vida.
Eu gostei da tardução e da imagem.
BOM NATAL!
Beijos
Papoila e Compadre Alentejano
A saudade dos que já morreram, dos que se afastaram, dos que não podem juntar-se, está sempre presente.
Por isso, para mim o Natal é tempo de recordar e não de festejar.
Peter,
Posso assinar por baixo este teu comentário sobre o Natal... só não tenho presépio. Espero que gostem da árvore de Natal.
Um BOM NATAL para ti e para os teus.
Um abraço
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