quinta-feira, outubro 1

Como arrumar um marido rico

Deixemos as coisas sérias, vamo-nos entretendo com os “Gatos fedorentos” e as suas entrevistas aos políticos da nossa praça e com as anedotas que nos enviam, embora correndo o risco de algumas já serem conhecidas.

“Uma moça escreveu um email para uma revista financeira pedindo dicas sobre "como arrumar um marido rico". Contudo, mais inacreditável que o "pedido" da moça, foi a disposição de um rapaz que, muito inspirado, respondeu à mensagem, de forma muito bem fundamentada. Segue:

Mensagem email da MOÇA:

"Sou uma garota linda (maravilhosamente linda) de 25 anos. Sou bem articulada e tenho classe. Estou querendo me casar com alguém que ganhe no mínimo meio milhão de dólares por ano. Tem algum homem que ganhe 500 mil ou mais neste site? Ou alguma mulher casada com alguém que ganhe isso e que possa me dar algumas dicas? Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso. E 250 mil por ano não vão me fazer morar em Central Park West. Conheço uma mulher (da minha aula de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca! E ela não é tão bonita quanto eu, nem é inteligente. Então, o que ela fez que eu não fiz? Qual a estratégia correcta? Como eu chego ao nível dela?"
(Rafaela S.)

Mensagem resposta do (inspiradíssimo) RAPAZ:

"Li sua consulta com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso e fiz uma análise da situação. Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano. Portanto, não estou tomando o seu tempo à toa... Isto posto, considero os factos da seguinte forma:
Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que você procura), o que você oferece é simplesmente um péssimo negócio. Eis o porquê:
o que você sugere é uma negociação simples. Você entra com sua beleza física e eu entro com o dinheiro. Proposta clara, sem entrelinhas. Mas tem um problema. Com toda a certeza, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar, ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará aumentando. Assim, em termos económicos, você é um “activo” sofrendo depreciação e eu sou um “ activo” rendendo dividendos. E você não somente sofre depreciação, como sofre uma depreciação progressiva, ou seja, sempre aumenta!
Explicando: você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano. E no futuro, quando você se comparar com uma foto de hoje, verá que virou um “caco”. Isto é, hoje você está em 'alta', na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada. Usando o linguajar de Wall Street , quem a tiver hoje deve mantê-la como "trading position" (posição para comercializar) e não como "buy and hold" (compre e retenha), que é para o quê você se oferece... Portanto, ainda em termos comerciais, casar (que é um 'buy and hold') com você não é um bom negócio a médio/longo prazo! Mas alugá-la, sim! Assim, em termos sociais, um negócio razoável a se cogitar é namorar. Cogitar... Mas, já cogitando, e para certificar-me do quão 'articulada, com classe e maravilhosamente linda' seja você, eu, na condição de provável futuro locatário dessa 'máquina', quero tão somente o que é da praxe: fazer um "test drive" antes de fechar o negócio...
Podemos marcar ?”

(português do Brasil, recebido por e-mail)

Etiquetas:

6 Comentários:

Às 01 outubro, 2009 11:14 , Blogger Quint disse...

O moço tem olho para o negócio ... ai tem, tem ... mas para marcar um "test drive" precisaria de tanta prosápia? :)

 
Às 01 outubro, 2009 12:07 , Blogger Peter disse...

A prosápia dele, levando-me pelos meandros da economia, que desconheço, é que me fez publicar o texto recebido.

 
Às 02 outubro, 2009 21:28 , Blogger Manuel Veiga disse...

meu caro,

eu fico com a miúda (sem os tais milhões) em troca das razões do Presidente da República... rss

desculpa a "boutade"

abraços

 
Às 02 outubro, 2009 23:09 , Blogger Peter disse...

heretico

O meu ponto de vista e sabes bem qual é o Partido em que sempre votei e continuarei a fazê-lo, está sintetizado neste pequeno texto de Eduardo Lourenço. Tem sido, desde o início, a minha orientação, basta ler as respostas aos comentários ao texto que escrevi.

Eduardo Lourenço diz que não passa de um “arrufo” a tensão entre Belém e São Bento. O ensaísta diz que os jornais bem podem fazer as manchetes que quiserem, mas o bom senso vai prevalecer.
“O nosso Presidente da República e o Primeiro-ministro provavelmente indigitado para formar um novo Governo não devem, não podem entrar em confronto como os jornais hoje falam ao dizer que há uma espécie de guerra civil. Não há nada disso. Penso que as pessoas têm mais bom senso do que se “imagina”, disse, acrescentando que em todas as relações, “há momentos em que as coisas não funcionam tão bem como noutras, mas esperemos que este arrufo governamental não passe disso”.

Já sobre a declaração de Cavaco Silva, o ensaísta prefere não comentar e alerta que não se pode humilhar a mais alta entidade da nação.

01 Outubro, 2009 19:18

 
Às 03 outubro, 2009 16:15 , Blogger Meg disse...

Peter,
Não estou entendendo... já trocaste as segundas pelas quintas, na anedota comenta-se política... ou ainda estarei com sequelas da gripe?
O negócio daqueles lá em cima parece-me ser um tanto ou quanto tântrico...
Agora vou ler o que escreveste para trás.

Bom fim de semana.
Um abraço

 
Às 03 outubro, 2009 22:57 , Blogger Peter disse...

Meg

Desisti das anedotas. As que tenho publicado são por demais conhecidas, pois circulam na NET.

Bom fds tb para ti.
Abraço

 

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial