Comunicação do Presidente da Republica
"Foram ultrapassados os limites do tolerável e da decência", declarou o Presidente da República, para justificar a sua intervenção sobre o caso das alegadas escutas.
Este é o nosso Presidente da República, eleito por mim e por todos os meus concidadãos, independentemente do Partido Político das suas preferências. É nele que eu acredito e nunca pus em dúvida a sua honestidade e imparcialidade, pois é o Presidente de todos os portugueses, aquele que defende os interesses de Portugal e não os relega para 2º plano, dando prioridade ao Partido a que pertencem.
No artigo que publiquei em 24 de Setembro, sob o título “Tenho de voltar cá”, escrevi:
[Muito para além das tricas da campanha, domingo trata-se de escolher, à esquerda ou à direita, quem nos próximos quatro (?) anos tem melhores alternativas para solucionar, para lá da actual crise conjuntural, a crise estrutural particularmente dura que o país enfrenta.
E este pormenor, ou melhor, “pormaior” , ainda não o vi abordado por nenhum dos candidatos.]
Foi o que aconteceu: desviar a atenção dos reais problemas do País. E é a isto que o PR se refere e que os Partidos contestam, contornando o problema e atribuindo o “odioso” para cima do PR.
12 Comentários:
Peter, você ouviu o mesmo discurso que eu ouvi? Quem lançou a bronca não foi o PS, foi o Público, a um mês das eleições. Coisa que o PR se esqueceu de referir, não é verdade? Como é que ele omite o facto que despoletou todo o problema???
E ele não sabe onde as «altas personalidades» do PS foram buscar a ideia de que acessores dele colaboraram no programa do PSD?? É que parece que constava isso da página do PSD!!!! Foi na página do partido dele que as «altas individualidades do PS» recolheram essa misteriosa informação secreta que ninguém poderia saber a não ser que o escutasse!!!
E aquela dos emails dele? O email do Público saíu do Público para o DN impresso numa folha de papel, não foi por espionagem nem sequer por reenvio. Obviamente, ele foi buscar a conversa do email para associar ao email do publico.
E aquela das «vulnerabilidades»? Claro que qq especialista dirá que qq sistema tem «vulnerabilidades». Até o Pentágono tem!!!
Eu fiquei assustado com este discurso. Em minha opinião, algo está muito errado nesta presidência. Mas ainda bem que o Peter tem uma opinião diferente, talvez eu esteja a ver as coisas negras demais.
alf
Tenha respeito pelo seu/nosso Presidente e guarde o seu partidarismo político para as votações eleitorais.
Coloque em 1º lugar o seu/nosso Paíz e não o seu Partido Político.
Ó PETER uma coisa é pedir que se tenha respeito pelo Presidente da República e outra bem diversa o papel em que ontem o vimos enredar.
Queira ou não, Cavaco Silva fugiu a uma parte dos acontecimentos e o Alf já deu conta de algumas dessas incongruências.
Cavaco Silva presume que as suspeições de um membro da sua Casa Civil são legítimas (não constituem crime, disse ele), mas já o não são as de dois deputados e dirigentes do PS.
Cavaco Silva interroga-se porque é que o "email" de Luciano Alvarez para Tolentino da Nóbrega só é publicado meses depois, mas ignora porque é que só meses depois também o "Público" avança com uma não notícia.
Cavaco Silva esquece que foi o PSD quem nos seus sítios electrónicos divulgou a colaboração dos seus assessores na feitura dum programa de governação e não qualquer vigilância sobre Belém que o descobriu.
Já agora, fica aqui outra pergunta: no email de Alvarez este refere que Fernando Lima lhe entregou um "dossier" sobre o assessor de Sócrates. Cavaco não desmentiu a existência deste. Admitindo que o mesmo existe, o que continha? E quem forneceu o seu conteúdo?
E como antecipo a sua reacção, é possível colocar em primeiro lugar os reais interesses do País com a militância num partido. Que é o meu caso.
E já lhe passou pela cabeça, PETER, que Cavaco provavelmente apostava tudo numa vitória do PSD ou que pode apostar agora tudo num desentendimento artificial do PS com o PP, o BE e o PCP, para dar posse a um governo PSD/PP? Pense nisso.
Ferreira Pinto
Cavaco e Silva é o seu e o meu Presidente da Republica e um dos Orgãos de Soberania.
Baseado em partidarismos políticos, que, se calhar, são iguais aos seus, NUNCA viria para aqui, para a "praça pública" atacar e desmentir o Presidente da República do meu País. É o meu modo de ser, que sempre orientou a minha vida.
Já reparou que está a pôr em causa a isenção, a imparcialidade e até a credibilidade do seu Presidente?
Eu compreendo agora porquê o Presidente ficou calado: se tivesse falado, o PS teria obtido uma maioria absoluta!
Meu caro amigo PETER, o Presidente da República é de facto um órgão de soberania e, como tal, merece o respeito institucional que lhe é devido e que eu não lhe nego.
Postas as coisas nestes termos, e independentemente das escolhas pessoais de cada um, não é igualmente grave que o Governo da República Portuguesa (que, queira-se ou não, é directamente atingido pelas declarações de ontem, por exemplo) ande a ser alvo de suspeições desta jaez?
Dito desta forma, seria tudo isto necessário?
Boas. Eu já sabia que haveria alguma coisa...
De facto o presidente não desiludiu. Foi o mesmo canastrão de sempre, tituberando uma série de palermices. Com o devido respeito. E porque ele me faltou ao respeito, e aos portugueses, passando atestado de burrice a todos nós, não me coibo de dar aminha opinião, fazendo das suas as minhas palavras.
De repente, apetece-me perguntar de só agora ele deu pelas alegadas faltas de segurança no seu computador.
E quanto às escutas pergunto se este presidente, que tinha como conselheiro um Sr. que está a ser averiguado pelo seu envolvimento em fraudes no caso BPN, não acha que existe alguma legitimiddade para os poderes político, ppolicial, etc, averiguarem algumas pessoas do seu gabinete. E porque não ele mesmo?
Não sei se se recordam do watergate e outros gates que de tempos a tempos surgem e que acabem por limpar algumas pessoas do sistema. Pessoas que, ou foram corruptas ou abusaram dos poderes. para além das outras que vão sendo tramadas... Portugal não é diferente, sobretudo com a classe política que temos, como poder económico que nos tem nas mãos.
Por isso, aquela espécie de declaração, para mim, na minha opinião, não passou de uma exposição patética que, espero tenha arrumado este indivíduo das nossas vidas e de vez.
Não foi ele, não será nem quem ele propor, algumas vez o meu presidente.
E estou à vontade porque não me revejo nestes políticos que esvoaçam e pululam pelos corredores do poder.
Tentando compreender todo o emaranhado que se formou a propósito deste caso, vem-me à memória a posição incompreensível de Cavaco face a Leonor Beleza no caso dos hemofílicos contaminados. Parece-me que o grande problema reside mais num certo complexo de classe que Cavaco nutre em relação a certos personagens do PSD. Por outras palavras, deixa-se influenciar demasiado pelos "filhos de boas famílias". Será?
Bluegift
Considero as declarações de José Sócrates ponderadas e sensatas e principalmente manifestando o desejo de não alimentar conflitos, neste período particularmente difícil.
Tive períodos na minha carreira profissional em que estava de relações cortadas com o meu superior, com quem despachava e só falávamos em assuntos de serviço. Fora dele, pura e simplesmente ignorávamo-nos.
É o mínimo que podemos pedir.
Eu estava tentado a dizer que ontem tivemos um prato forte! Primeiro Cavaco e depois os Gatos... imbatível!
Mas não digo.
Também não digo que as vulnerabilidades informáticas se combatem com uma firewall e não era preciso esperar pelo fim da campanha eleitoral para o fazer...
Mas, também não o digo.
antonio - o implume
Gatos Fedorentos ao Poder!
Acabei agora dos ver na SIC Notícias e de me rir. É 01.45h do dia 01 OUT.
Comecei bem o mês.
Eduardo Lourenço diz que não passa de um “arrufo” a tensão entre Belém e São Bento. O ensaísta diz que os jornais bem podem fazer as manchetes que quiserem, mas o bom senso vai prevalecer.
“O nosso Presidente da República e o Primeiro-ministro provavelmente indigitado para formar um novo Governo não devem, não podem entrar em confronto como os jornais hoje falam ao dizer que há uma espécie de guerra civil. Não há nada disso. Penso que as pessoas têm mais bom senso do que se “imagina”, disse, acrescentando que em todas as relações, “há momentos em que as coisas não funcionam tão bem como noutras, mas esperemos que este arrufo governamental não passe disso”.
Já sobre a declaração de Cavaco Silva, o ensaísta prefere não comentar e alerta que não se pode humilhar a mais alta entidade da nação.
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