Tarde e a más horas
A Ministra da Educação admitiu hoje que existiram problemas de comunicação entre o Governo e os professores, como ontem considerou José Sócrates, mas garantiu que não viu nessas declarações uma crítica ao seu trabalho.
Ai não? Então foi ao trabalho de quem?
O secretário-geral do PS e primeiro-ministro afirmou terça-feira à noite, em entrevista à RTP, que, se voltar a formar Governo, tudo fará para restaurar uma relação "delicada" e "atenta" com os professores, reconhecendo falhas na forma como lidou com este sector. Sobre as razões do mau relacionamento entre executivo e docentes, Sócrates admitiu que, da parte do Governo, "talvez não tivesse havido suficiente delicadeza no tratamento com os professores".
Claro que, quando fala em Governo, refere-se à Ministra da Educação, embora com a política de “pezinhos de lã”, que ultimamente tem vindo a adoptar, tenha admitido que a sua personalidade tenha contribuído igualmente, para o ambiente de crispação e que, se tal aconteceu, tudo fará para corrigir isso. “Estou muito disponível para restaurar uma relação delicada e atenta a todos os problemas dos professores", frisou.
Faz-me lembrar aquela anedota da alma que visitou o Inferno antes das eleições e opta por este, para logo se arrepender quando lá regressa, após as eleições.
5 Comentários:
O argumento dos «problemas de comunicação» não colhe quando o interlocutor é um corpo especializado e assunto e contexto são os da sua especialidade. Neste caso o conteúdo sobrepõe-se ao meio. Mesmo que as decisões tivessem sido tomadas numa língua exótica ou os que as tomaram não tivessem dito uma palavra, os professores teriam percebido muito bem o seu alcance.
PEÇO DESCULPA, MAS SOU OBRIGADO A VOLTAR A IMPEDIR O ACESSO AOS COMENTARISTAS ANÓNIMOS ANTES QUE O FILHO DA PUTA DE UM "CHINÊS" ME REBENTE COM O BLOG.
Peter
Maria Almira Soares
Tens toda a razão. Ninguém esquece os 100.000 professores que sairam à rua em defesa da sua profissão e dignidade.
Certamente não o esquecerão, na altura de votar, tal como nós, os que assistimos.
Marido e pai de professoras.
Por inepta que haja sido a acção do Ministério louvo-lhe, não obstante, uma intenção e um efeito: a de não aceitar a situação de ensino existente no País; a de ter expulso a Fenprof do Ministério. Concordo, porém, que a reforma desejável está ainda por fazer. O ideal seria que a parte do corpo docente deveras empenhada na reforma delimitasse as fronteiras que o devem dividir dos embusteiros ancorados na nobre profissão de ensinar e instruir os jovens da cada povo.
vbm
É uma opinião... o que vale é que 100 mil não têm a tua. Mandei-te um pps: "Ser professor/a em Portugal". Se calhar não lhe ligas nenhuma...
O que não faltam neste país, que é o nosso, são "embusteiros" nas mais diversas profissões.
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