Por alto, e de modo intermitente,
segui a audição parlamentar
ao Governador do Banco de Portugal.
Aprecio o modo persistente
como defendeu a deontologia
do seu cargo, asseverando
terem sido cumpridas
todas as disposições
da lei na supervisão
dos bancos.
Contudo, ao contrário dele,
eu, pessoal e politicamente,
apresentaria a minha demissão,
logo após me ter defendido
- se tivesse a sua competência -,
como ele o fez.
Isto porque gostei do exemplo
do Jorge Coelho quando a ponte
de Castelo de Paiva ruiu.
Toda a engenharia civil de estradas e pontes
é da tutela técnica responsabilidade política
do Ministério dos Transportes. Ninguém acusou
o ministro de culpado do desastre, também
Constâncio não roubou ninguém e cumpriu
a lei; porém, o descalabros da roubalheira
ocorreu sob a sua tutela e supervisão.
Pessoal e políticamente ficar-lhe-ia
bem seguir o exemplo de Jorge Coelho.
3 Comentários:
Se Vítor Constâncio não fosse tão "inconstante" tinha já pedido a demissão do cargo...Mas como está agarrado ao 28.000 € mais as modormias do cargo, moita carrasco.
Haja vergonha!
Compadre Alentejano
Os 28.000 € devem ser, líquidos, para aí uns 17.000 €, ou seja menos de uma tarde de futebol do Cristiano Ronaldo. Seja a soma desprezível ou não, pessoalmente aplaudiria que se demitisse, agora que declarou nada ter omitido na supervisão da actividade bancária não obstante as roubalheiras praticadas.
Um cidadão, qualquer cidadão, que junta dinheiro ao longo de uma vida de trabalho, o que faz com ele? Respondo do mesmo modo que o fez o PR: “como não posso metê-lo debaixo do colchão, nem depositá-lo no estrangeiro, meto-o num banco”. Mas em qual deles?
Procurarei um que me mereça confiança e que me remunere, através do juro, em condições razoáveis. Julgo que isto não é especular. O cidadão em questão que posso ser eu, ou qq um de vós, vai na “conversa”, isto é, aceita a sugestão e os esclarecimentos de quem o atendeu e pergunta apenas: “onde é que assino”? Nunca lhe passará pela cabeça ler o verso do documento, uma página inteira escrita naquela letra miudinha.
Caiu dentro da “ratoeira”.
O sistema bancário funciona à base de “confiança” e quem lhe garante essa confiança? O Banco de Portugal, a CMVM e outros mecanismos em que, por enquanto, ele ainda considera capaz de o proteger, mas que, pelos vistos, NÂO.
Quanto ao Jorge Coelho, não conheço o caso em toda a sua complexidade, por isso não me posso pronunciar, mas dando crédito ao seu sucesso económico após se ter demitido de ministro, depois da queda da Ponte de Entre-os-Rios, atitude de louvar, ninguém me diz a mim que não ficou a ganhar em todo o sentido.
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