O mais caro de sempre
“(…). Não sei que mais asneiras Constâncio terá de exibir para ser forçado a desocupar a função. Deve ter sido o titular público cuja omissão em agir mais dinheiro custou a esta III República.”
(Carlos Abreu Amorim, “Correio da Manhã”, 03.06.2009)
Não comento. Como cidadão eleitor faço o meu juízo de valor.
6 Comentários:
Peter,
Eu comento. Já atingi a idade em que assumo para mim que devo dizer o que penso... cambada de gente sem vergonha na cara, que se está borrifando para o "povo" - eles não são povo - enquanto se locupletam com o dinheiro que sai da boca dos pobres deste pedaço de quintal em que vivemos.
E agora vou trabalhar, e pagar os meus impostos para sustentar esta corja de malandros.
Hoje estou de mau humor.
Um abraço amigo
Meg
Disse aqui inúmeras vezes que nos iria acontecer o mesmo que sucedeu na Argentina nos anos 50: a indisponibilidade dos nossos pequenos depósiros bancários, aquilo que foi chamado "curralito".
Ninguém ligou.
Agora aí o temos no BPP e o Governo, o min das Finanças e o BdP não mexerão uma palha até às eleições, pois não quererão tomar medidas desagradáveis.
Abraço de mau humor, porque já sei que tudo irá ficar na mesma. Nós, os portugueses adoramos o "imobilismo" e o "stato quo".
sobretudo não perdoo ao Constâncio a arrogância com que ele andou estes anos todos a dizer «que os portugueses estão a ganhar de mais». Será que se estava a referir a ele? ´
e os brutos ordenados e prémios dos ex-administradores do bpn e bpp?
alf
Como é que nós, um país arruinado, nos podemos dar ao luxo de pagar ao director do Banco central, um dos 3 vencimentos mais elevados do mundo para quem desempenha tal cargo?
Valeu a pena?
Peter
A nossa sociedade é o resultado das regras que se estabelecem; se algo está mal, então temos de olhar para as regras e ver o que é preciso mudar. Não adianta apontar o dedo a este ou aquele, adianta é apontar a regra.
Claro que depois já podemos apontar o dedo rsrs.. porque identificada a regra a mudar, logo surgem interessados em não a mudar... veja-se o trabalhão que o Sócrates teve para acabar com as pensões vitalícias do BP..
Creio que há um erro de base na fixação de vencimentos do BP e das empresas públicas - eles dependem do governo; ora sendo esses os lugares que os políticos pretendem qd saem dos governos, qd um governo estabelece esses vencimentos está a estabelecer os vencimentos de que os seus membros irão beneficiar qd sairem do governo.
Portanto, esses vencimentos não podem depender do Governo!
Não sei como fazem os outros países, mas uma solução poderia ser dependerem do PR; e este sim, este deveria ter um estatuto, em termos de vencimento e regalias pós-cargo, que o tornassem imune a outros interesses.
Uma coisa que vem tornando clara é que a sociedade precisa de ter pessoas independentes dos interesses em vários domínios. Precisa de haver uma espécie de fiscalização estabelecida com base nestaas pessoas.
Podemos dizer que a figura do Provedor de Justiça pretende de alguma forma isso. Mas o seu campo de acção é limitado e a sua forma de nomeação inquinada - não pode ser escolhido pelo governo, senão não o fiscaliza; tb não pode ser pela oposição, senão irá fazer oposição ao governo. Tem de ser Independente! Mas como o assegurar???
(2 procuradores, um escolhido pelo governo e outro pela oposição, tipo advogado de defesa e de acusação? e quem seria o Juiz?)
Qualquer dia viro monárquico.... O escrutínio da comunicação social tem de alguma forma pressionado as coisas no sentido certo, mas a comunicação social também tende a subordinar-se aos interesses político-económicos.
Creio que não haverá uma solução estável. Creio que a solução talvez seja mesmo o que existe - uma certa confusão, contestação, etc.
Há uns anos pus-me a analisar a legislação americana sobre uma determinada área (radiodifusão). Comecei por pensar que eles eram malucos - estavam constantemente a alterar as regras, ora regulamentavam, ora desregulamentavam. Depois percebi! A melhor forma de gerir estas coisas é estar sempre a mudar as regras. Porque assim que se estabelecem umas, logo surgem os espertos a encontrarem o furo por onde hão-de desvirtuar o que se pretende. Mudar as regras é a forma mais garantida de atrapalhar esse jogo.
Moral: contrariamente à ideia com que somos ensinados, construir uma sociedade humana é um processo muito complicado; a sociedade que temos é ainda uma coisa embrionária, como muito caminho para andar, e um caminho complexo, que passa pela formação das pessoas, pelos meios tecnológicos e pelas regras. As regras convenientes para uma dada altura já não são as convenientes para outra, porque a formação das pessoas mudou, os meios também, e os objectivos da sociedade também.
Temos de perceber que a ideia de «sociedade perfeita» é um disparate, porque ela é evolutiva; e que necessariamente há sempre coisas a mudar sem que isso seja culpa de alguém mas fruto da evolução da sociedade e da nossa falta de inteligencia ou sabedoria na definição das regras.
(grande relatório rsrs.. deu-me a insónia... este comentário sou eu a falar para os meus botões...)
A Monarquia fica mais barata...
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