Cala-te, a luz arde entre os lábios
e o amor não contempla, sempre
o amor procura, tacteia no escuro,
esta perna é tua?, é teu este braço?,
subo por ti de ramo em ramo,
respiro rente à tua boca,
abre-se a alma à língua, morreria
agora se mo pedisses, dorme,
nunca o amor foi fácil, nunca,
também a terra morre.
Eugénio de Andrade, «Matéria Solar»
2 Comentários:
O Beijo, de Rodin...
E Eugénio de Andrade!
Palavras desnecessárias.
Obrigada, Amigo
Um abraço
:)
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