Não é normal
"Não é normal em qualquer sítio civilizado que o bastonário da Ordem dos Advogados venha a público dizer aos indígenas que é mais eficaz e mais barato cobrar dívidas recorrendo à violência.
Não é normal que as palavras de Marinho Pinto correspondam rigorosamente à verdade. Qualquer cidadão sabe que não vale a pena gastar tempo e dinheiro com advogados e custas processuais e aturar recursos em cima de recursos, anos a fio, para depois ficar exactamente na mesma.
Não é normal em qualquer sítio civilizado que a Polícia Judiciária, responsável pelo combate ao crime mais violento e à criminalidade económica - leia-se corrupção, branqueamento de capitais e outros que tais - viva como vive, numa situação de instabilidade permanente, e conheça em três anos três directores nacionais.
Não é normal num sítio civilizado que a mesma Polícia Judiciária tenha sido objectivamente amputada dos meios necessários e suficientes para cumprir devidamente a sua missão.
Não é normal num sítio civilizado que a investigação criminal tenha sido completamente destruída por uma classe política comprometida, temerosa e cúmplice do pior que há no sítio.
Não é normal num sítio civilizado que um Código de Processo Penal aprovado no Parlamento, torne impossível o combate à Corrupção."
( in "Macacos e macacões", coluna "Estado (do) Sítio", do jornalista António Ribeiro Ferreira (com a devida vénia) e publicado no jornal diário Correio da Manhã do dia 12 de Maio de 2008)
O texto está bem identificado. Os comentários, se os houver, são vossos, mas o assunto é nosso e afecta e de que maneira, o nosso quotidiano, não de agora, mas desde há 30 anos.
11 Comentários:
"Não é normal num sítio civilizado"
Mas quem disse ao jornalista que vivia num sitio civilizado? O primeiro princípio da civilização, é o respeito pelos outros. Onde está ele?
Um abraço. Augusto
Tens razão Augusto.
-Quem disse ao jornalista que vivia num sítio civilizado?
Obrigado pela visita e comentário.
Abraço.
Olá Peter:
Seria assim num sítio civilizado, não neste canto da Europa, cada vez menos civilizado...
Beijo
Olá Peter
eu vinha convidar-vos para uma tacinha de champanhe no meu cantinho, mas não consigo entrar:s
de qualquer maneira, deixo aqui uma garrafinha fresquinha.
23 aninhos a caminhar pelo nosso mundinho, e quase 5 anos a caminhar pelos blogs.
Espero que gostem da garrafinha de champanhe.
txim txim
beijo
lucia
papoila
Pois é, nós nada temos com isto, não vês o panorama à nossa volta?
Choca-me profundamente o que se passa no Myanmar. Não vale a pena falar sobre o assunto, pois todos estamos a par da situação, amplamente tratada pelos “media”.
Afinal que importância têm 100 mil mortos em comparação com os garbosos militares que estão no Poder, e que até acharam ser oportuno fazer a consulta popular, para legalizar a sua posição?
Aquela propaganda política na TV enquanto milhares de corpos inchados flutuavam nas águas, foi do mais macabro que já vi.
menina bonita
De bom grado ia aí beber uma tacinha de champagne e um bom pedaço de bolo, mas de momento tal não me é permitido.
Porque será que as coisas boas são todas proibidas?
Um carregamento de beijinhos de parabéns do teu amigo,
Peter
Pois. mas desde quando é que isto é normal, ou será que o anormal já normal ?
Tiago
Os nossos políticos "feiticeiros" ( há quem lhes chame "Pinóquios" ...) conseguiram transformar o anormal numa reles banalidade.
Abraço
Pois é Carol, é a técnica do "baralha e volta a dar".
Até quando "my God", até quando?
Peter, mas nós vivemos num lugar normal. Eu sei que o conceito de normalidade blá,blá,blá... e se voltássemos ao tempo dos pelourinhos?
Foi só uma ideia, sei lá!
Ainda hoje mataram aqui perto um homem às 9 da manhã, plena rua movimentada...
O corpo ao meio dia ainda lá estava tapado com um pano verde encostado a uma parede.
Voltem os pelourinhos, para não ir mais longe!
Agora ando assim,
Um grande abraço e vamos tentando sobreviver.
Não Meg! Nós temos é que VIVER e não "sobreviver" no nosso país.
Nós é que temos que lutar e exigir viver em condições, aqui e agora, no País que é NOSSO, com coragem e forte determinação.
Não encolher os ombros com indiferença e cairmos no laxismo em que mergulhámos.
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