terça-feira, fevereiro 26

Quando achámos que já vimos tudo....

Dani Graves, de 25 anos, e Tasha Maltby, de 19, são um casal de namorados gótico de Dewsbury, norte de Inglaterra. No passado fim-de-semana foram impedidos de viajar num autocarro porque Dani passeia a sua namorada de trela.
A BBC News conta que o casal acusa a transportadora Arriva de discriminação. O condutor do autocarro rejeitou a entrada de Dani e Tasha, alegando que a trela iria pôr em risco a segurança dos restantes passageiros em caso de travagem brusca.
O caso está a ser investigado pela Arriva, empresa «que leva muito a sério qualquer acusação de discriminação», segundo um responsável da empresa, Paul Adcock.
Adcock acrescentou que a Arriva irá «pedir desculpa a Dani Graves por algum inconveniente causado pela forma como o assunto foi tratado».
Para Tasha Maltby, este foi um caso «claro de discriminação, quase como um crime de ódio», contou ao Daily Mail.
A jovem de 19 anos descreve-se como um «animal de estimação humano». «Comporto-me como um animal e tenho uma vida bastante calma. Não cozinho nem faço limpezas e não vou a lado nenhum sem o Dani», explicou.
Tasha defende o seu estilo de vida acrescentando que «não fere ninguém» e que o casal é feliz assim, independentemente de quão estranha esta relação pareça.
(Portugal Diário, enviado pela "bluegift")

33 Comentários:

Às 26 fevereiro, 2008 08:50 , Blogger Tiago R Cardoso disse...

Concordo, se não prejudicar nem ferir ninguém, livre e consentida, cada um tem a relação que quiser.

 
Às 26 fevereiro, 2008 10:56 , Blogger Peter disse...

Tiago

Não se trata de "relação", trata-se de "degradação".
Quando é a própria mulher que se equipara a um "animal de estimação humano" ...
Em casa até pode andar de gatas, abanar o rabo (pois julgo que não tem cauda) e usar açaime.

 
Às 26 fevereiro, 2008 11:53 , Blogger Belzebu disse...

eheheh!! Nem sei o que dizer! Realmente quando pensamos que já vimos tudo...surgem estas coisas para nos surpreender.

O meu conceito alargado de liberdade, por vezes confronta-se com situações como esta e faz-me reformular tudo! Aqui não cabe o direito à diferença, aqui não cabe a liberdade individual e é quanto a mim uma degradante manifestação de irracionalidade e ofensivo para qualquer ser humano!

Em casa ele até lhe pode dar banho com shampoo das pulgas e alimentá-la com Friskies, tudo isso se ela continuar a achar que é o Pluto, mas daí a andar de coleira pela rua...vai lá vai!

Aquele abraço infernal!

 
Às 26 fevereiro, 2008 15:42 , Blogger Ant disse...

belzebu, és o maior hehehehehe

caríssimos companheiros de blogue, muito oportunos os vossos comentários, bem como o post.

de repente apetece-me dizer que nem em privado...
a realidade é que estes indivíduos querem ajuda.
tal como os miúdos que fazem patifarias querem ser repreendidos.
como os suicídas não o querem ser.
aliás, não é na inglaterra que andam a suicidar-se em massa?

mas isto da trla já vem de longe. antes eram os miúdos... de trela pela rua...
dá imenso jeito...
uma trela... e tal...

nem dá para rir, não...

abraço

 
Às 26 fevereiro, 2008 16:54 , Blogger Meg disse...

Peter,

Estou desanimada, ninguém percebeu nada de nada eheheheh!

Cá para mim, essa Tasha não é nada parva! Ora viram como ela diz que não faz limpezas, não cozinha... ora também não faz a cama, não lava a loiça, se vai às compras, vai com o dono, não paga, não carrega com elas... então querem vida melhor!

A ele é que não sei como o hei-de catalogar, talvez tenham de inventar uma palavra, porque eu agora fiquei com um nó no pensamento.
Nem tu, meu Belzebu!... sempre tão perspicaz (valha-te Deus)!

Um abraço

 
Às 26 fevereiro, 2008 17:10 , Anonymous Anónimo disse...

bem, se ela é feliz, deixá-la.

mas realmente é do piorio este rebaixamento de dignidade.
infelizmente, não é dos piores casos que existe neste infeliz mundinho.

Lúcia

 
Às 27 fevereiro, 2008 02:01 , Blogger Meg disse...

À tarde estava a ironizar, mas realmente, a realidade mais uma vez ultrapassa a ficção.
Onde vamos parar? O que vem a seguir. Pois eu não tenho a menor dúvida... não gostaria de gente dessa por perto, Dizem que a isto se chama srecriminação. SEJA!
de haver limites, vivemos numa sociedade, com um mínimo de regras sociais e cívicas que devemos cumprir, a menos que esteja para chegar o CAOS

Um abraço

 
Às 27 fevereiro, 2008 02:55 , Blogger Peter disse...

Meg

Pois, qualquer dia andas de "burka" ...

 
Às 27 fevereiro, 2008 07:08 , Blogger tagarelas disse...

Lembram-se dos hippies ? Sex and drogs and rock & roll? Os punks? Sempre associados a' violencia?
Ha sempre quem se sinta incomodado
com os desvios aos padroes ditos "normais"!
E neste tipo de atitudes extravagantes e provocadoras, na maioria das vezes, so exite isso mesmo: A vontade de provocar. Agitar as ideias. Faz parte de ser jovem. Ser diferente e rebelde.
Este casal de jovens, talvez seja, um casal perfeitamente normal para a sua idade, possivelmente, nem mais nem menos amorosos um com o outro do que qualquer outro casal da mesma idade. Que desejam simbolicamente, mostrar as desigualdes sexuais e sobretudo CHOCAR.
Missao cunprida e com exito. Conseguiram-no e a prova disso esta nesta saudavel discussao.
A sociedade reage. A liberdade individual, nunca e' total por isso mesmo, porque exitem sempre resitencias, porque sem elas a sociedade como hoje a conhecemos, desmoronar-se-ia. Por isso dizemos que a liberdade total e' uma Utupia.
E por isso eu admiro tanto aqueles, que mesmo so por um periodo limitado da sua vida, sao rebeldes e diferentes.
Os Fernao capelos Gaivotas da nossa sociedade.

 
Às 27 fevereiro, 2008 08:17 , Blogger PDivulg disse...

"Tasha defende o seu estilo de vida acrescentando que «não fere ninguém» e que o casal é feliz assim..." Vamos ver por quanto tempo...

 
Às 27 fevereiro, 2008 10:12 , Blogger Peter disse...

"tagarelas-miamendes"

Apreciei o teu comentário e nada tenho a objectar, nem a criticar, até por pertenceres ao elemento feminino e, portanto, defenderes o ponto de vista do sexo a que pertences.
Para mim "ça m'est égal".
Não são atitudes inéditas, aliás lembro-me do Maio de 1968 em França, que tu evocas nas suas sequelas:
"Lembram-se dos hippies ? Sex and drogs and rock & roll? Os punks? Sempre associados à violência?"
Atitudes tomadas, precisamente e como dizes:
"pour épater le bourgeois"

Vai aparecendo.

 
Às 27 fevereiro, 2008 13:41 , Blogger Meg disse...

Blue,
Cheguei agora, não vim de longe, mas "ouvi" o nome de Fernão Capelo Gaivota citado neste post, e vim tentar saber o que aconteceu, pois parece-me que não tem lugar no elenco desta peça. Ou terei ensandecido?

Um abraço

 
Às 27 fevereiro, 2008 14:57 , Blogger Tiago R Cardoso disse...

Então coloca-se a questão :

Mas afinal o que é a descriminação ?

Quem a definiu ?

Já repararam que o homem tem tendência a definir valores, a dizer o que é o certo e o errado.

Mas o que é o certo e o o errado ?

Como é que no caso se pode dizer que é certo ou errado ?

 
Às 27 fevereiro, 2008 16:08 , Blogger Dalaila disse...

Cada um anda atrelado ao que quiser

 
Às 27 fevereiro, 2008 20:40 , Blogger Templo do Giraldo disse...

http://templodogiraldo.blogspot.com/

Passem por aqui.

SAUDAÇÕES

 
Às 27 fevereiro, 2008 20:40 , Blogger Templo do Giraldo disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

 
Às 27 fevereiro, 2008 21:06 , Blogger SILÊNCIO CULPADO disse...

Peter
A cada um a sua pancada. Se querem assim, respeitemos a livre vontade desta opção. Para mim só é mal o que prejudica os outros. Ora a trela não prejudica ninguém nem põe em perigo coisa nenhuma a não ser a idoneidade mental de quem a usa.
Um abraço

 
Às 27 fevereiro, 2008 22:14 , Blogger Kalinka disse...

Há cada uma que só visto!!!
Lá para a Inglaterra já nada é de admirar...

Mudar é a minha palavra de ordem neste momento, estou a passar muito mal no meu local de trabalho, sinto-me presa de movimentos e olhares, completamente reprimida, e pergunto-me:Vou para onde?

Por vezes medito num lugar ou noutro, e registo o que medito na máquina fotográfica, queres vir espreitar?
Beijinho.

 
Às 27 fevereiro, 2008 23:54 , Blogger Peter disse...

"Silêncio culpado"

Eu diria:

"a trela não prejudica ninguém nem põe em perigo coisa nenhuma a não ser a AUTO-ESTIMA de quem a usa"

 
Às 28 fevereiro, 2008 00:01 , Blogger Peter disse...

"kalinka"

Não identifiquei o local da Praia da Luz, embora conheça a zona.

 
Às 28 fevereiro, 2008 00:32 , Blogger Papoila disse...

Peter:
Estou sem palavras! Claro que quem se define como animal de estimação humano ou sofre de grave pertubação psiquica e quer mesmo chamar a atenção e tirar proveito da tal alegada "discriminação"... Tudo é possível no reino de sua magestade Elisabeth II...li os comentários e comparar esta atitude ao movimento hippie... os hippies tinham uma filosofia de vida acente em principios ecologicos e sem discriminação de género ou sexual. "É proibido proibir", mas nem os animais andavam de trela...
Beijos

 
Às 28 fevereiro, 2008 01:09 , Blogger Peter disse...

"papoila"

Talvez seja como tu dizes:

"quem se define como animal de estimação humano ou sofre de grave pertubação psiquica e quer mesmo chamar a atenção e tirar proveito da tal alegada "discriminação"..."

e

"comparar esta atitude ao movimento hippie... os hippies tinham uma filosofia de vida acente em principios ecologicos e sem discriminação de género ou sexual. "É proibido proibir",

A "bluegift", quando responde ao comentário da "tagarelas-miamendes", escrevendo:

"Infelizmente há muita boa gente "laisser faire laisser passer" a pensar como tu, não admira que a sociedade esteja cada vez mais insensível ao seu semelhante e que a falta de respeito pelo outro seja mais gritante."

Eu ainda admiti que pretendessem "épater le bourgeois"

Talvez que o "Óscar" deste ano seja a apologia da violência. Não conheço o filme, tenho folheado na FNAC o livro em que ele se baseia, mas não fiquei comprador.

 
Às 28 fevereiro, 2008 08:14 , Blogger tagarelas disse...

Peter,
Eu defendo a igualdade. O abuso de um sexo pelo outro, nao se extingue no Homem. Eu defendo o respeito de um ser pelo outro seja ele homem ou mulher.
Bluegift,
A violencia de que fala nao esta associada, a um estilo de via. Eu gosto de me misturar com pessoas que pensam e vivem de forma diferenta da minha e conheco "goticos" que sao passifistas, vegetarianos, amantes das artes.
Quantas das atitudes violentas que descreve, nao foram protoganizadas por pessoas que tem vivencias completamente normais, dentro dos padroes aceites?
E nao, nao penso que o mundo esta como esta por haverem pessoas que pensam como eu. Nao assuno essa culpa.
E pergunto ate acredita mesmo que houveram tempos melhores na Historia da Humanidade? Lembre-me por favor um momento da Historia em que se tenha vivido em paz, harmonia e respeito de uns pelos outros?

 
Às 28 fevereiro, 2008 09:35 , Blogger quintarantino disse...

Chego atrasdo à discussão e já muito aqui foi dito.

Não deixei de achar piada àqueles que aqui defendem "sol na eira" mas noutros blogues e a propósito de outras realidades querem "chuva no nabal".

Quer dizer, cada um faz o que lhe apetece, ninguém tem nada a ver com isso, da conduta adoptada não decorre perigo nenhum, isto é a liberdade a funcionar em pleno ... ai é?

Bem, então ao caso estou como diz a minha amiga Blue, se fosse um preto, um judeu ou um muçulmano também não havia problema nenhum?

E se em vez de a trela segurar apenas o pescoço de uma jovem do sexo feminino, servi-se para segurar três ou quatro?

E se da relação nascer um filho e os pais também decidirem, em nome da liberdade que aqui ouros vieram apressadamente defender, meter uma trela ao pescoço da criança, está bem ou está mal?

Façam o seguinte exercício: tenho um(a) filho(a); quer vestir-se e comportar-se como um(a) gótico(a); arranjou um(a) namorado(a); apareceu-me em casa amarrado(a) a uma trela. Não me importei.

Quem responder que SIM a tudo pode continuar a achar que desta prática não vem mal nenhum ao mundo.

 
Às 28 fevereiro, 2008 10:27 , Blogger tagarelas disse...

Quintarantino,
Acha que nos anos sessenta os pais nao se importaram quando o(a) filho(a), chegou a casa a fumar um charro e meteu o(a) namorado(a) no quarto?
Eu nao digo que nao e' perigoso colocar uma corrente no outro. O que eu defendo, sem conhecer o casal em foco, que ate podem ser uns "verdadeiros anormais" E' que por vezes os jovens so pretendem chocar e abanar as consciencias. E que sempre que surge uma orientacao nova, surge resistencia. Seja ela Hippie,Punk ou Gotica.

 
Às 28 fevereiro, 2008 10:36 , Blogger Peter disse...

"tagarelas-miamendes"

Depende do que entende por "respeito", palavra que nas relações amorosas eu preferiria ver substituida por "cumplicidade", "amizade" e "companheirismo".
No meu entender, não há nenhum "respeito" pelo parceiro, em andar com ele/a preso/a por uma trela.

 
Às 28 fevereiro, 2008 11:34 , Blogger Brisa disse...

Os meninos fazem o que quiserem lá na sua intimidade. Se ele gosta de ter um pet e ela não se importa de o ser, não há nada a fazer, por mais desviante que possa parecer o seu comportamento. Agora considerarem-se discriminados no autocarro é que é absurdo e revela a sua falta de cérebro. Não temos de obrigar os outros a aceitar as nossas maluquices, ainda menos quando o argumento é a segurança dos restantes passageiros - foi precisamente o que pensei assim que comecei a ler o texto. É que a malta só tem uma maneira de ver as coisas: é a sua perspectiva sobre o seu umbigo. E ignora à força toda que o resto do mundo pode não querer seguir o mesmo. É a eterna guerra entre o espaço da liberdade individual e o espaço da liberdade colectiva - onde começa uma e termina a outra??

 
Às 28 fevereiro, 2008 12:44 , Blogger Paula Raposo disse...

A liberdade termina onde começa a dos outros. Assim aprendi. Chocante?! Parece-me. Sem mais comentários.

 
Às 28 fevereiro, 2008 13:48 , Blogger Lúcia Laborda disse...

Oie lindinho! Desculpe a demora, mas essa semana está um pouco complicada.
Mas acho que cada pessoa tem o direito de ser, agir e pensar como quiser, desde que não venha a agredir, fisicamente, ninguém.
Beijos

 
Às 28 fevereiro, 2008 16:51 , Blogger Peter disse...

Este texto foi-me enviado pela "bluegift" e eu publiquei-o. Seremos pois os dois os responsáveis pela sua publicação e, na medida do possível, temos procurado responder aos comentários e dado a n/opinião, quando os mesmos nos são directamente dirigidos.
Verifico com satisfação que o mesmo tem dado origem a uma “saudável” troca de pontos de vista entre os diversos comentadores/as. Cada um é livre de ter o seu sobre o comportamento do casal e, nesse sentido, manifestar a sua opinião.

É isso que eu, como responsável pelo blog, me apraz registar.

 
Às 28 fevereiro, 2008 19:09 , Blogger Blondewithaphd disse...

Ó céus, ele há cada uma! E se eu experimentar levar o hubby dear a passear atrelado? Estou para ver o barulho que era!
Bem, se eu levasse o meu Spotty também não me deixavam entrar no autocarro, n'est pas?
Vida santa, ele há cada uma!

 
Às 28 fevereiro, 2008 22:19 , Blogger Manuel Veiga disse...

exibicionismo puro!

confesso que como "transgressão" prefiro a "madame O". não andava de autocarro...

abraços

 
Às 02 março, 2008 14:19 , Blogger António disse...

Bizarrices!

 

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