Aparentemente clandestinos…
Olhando assim de repente, enquanto bebericamos o nosso café matinal, ou outro, convivemos com gente de todo o tipo.
Olhando assim de repente, aos domingos, enquanto nos sentamos numa esplanada a ler e a sorver uma cerveja ou um ginger ale (com limão se faz favor), vemos passar pelos nossos olhos famílias inteiras de ar descontraído e feliz.
Só não percebo porque é que, de vez em quando, há um miúdo que apanha um estalo nas ventas (é bem feito olhe para a frente e coma o bolo e deixe lá os pombos em paz), ou alguém dá um berro que ninguém acredita e, com ar furibundo, se afasta em direcção ao automóvel, deixando o grupo expectante e com vontade de se enfiar mar adentro ou ser engolido pela sarjeta mais próxima.
Olhando assim de repente, enquanto pensamos como havemos de preencher o resto do dia, dificilmente entendemos porque é que o shor Azevedo, homem de siso e simpático, se enche de Prosac de manhã à noite.
Olhando assim, de repente, até parece que à força de nos contermos e contermos os instintos, somos todos clandestinos, até de nós mesmos.
O problema deve estar nos átomos. Só pode ser. Porque assim de repente não vejo outros motivos…
Olhando assim de repente, aos domingos, enquanto nos sentamos numa esplanada a ler e a sorver uma cerveja ou um ginger ale (com limão se faz favor), vemos passar pelos nossos olhos famílias inteiras de ar descontraído e feliz.
Só não percebo porque é que, de vez em quando, há um miúdo que apanha um estalo nas ventas (é bem feito olhe para a frente e coma o bolo e deixe lá os pombos em paz), ou alguém dá um berro que ninguém acredita e, com ar furibundo, se afasta em direcção ao automóvel, deixando o grupo expectante e com vontade de se enfiar mar adentro ou ser engolido pela sarjeta mais próxima.
Olhando assim de repente, enquanto pensamos como havemos de preencher o resto do dia, dificilmente entendemos porque é que o shor Azevedo, homem de siso e simpático, se enche de Prosac de manhã à noite.
Olhando assim, de repente, até parece que à força de nos contermos e contermos os instintos, somos todos clandestinos, até de nós mesmos.
O problema deve estar nos átomos. Só pode ser. Porque assim de repente não vejo outros motivos…
(Foto: João Vasco)
9 Comentários:
Meu caro António, talvez não acredites, mas eu não sei o que é "Prosac".
Estou nitidamente ultrapassado, mas isso já eu sei há muito.
Abraço
É das apariçôes probabilísticas...
C. Eufêmia
Peter, andas é desatento ;)) é um anti-depressivo muito em voga. Acho que apareceu nos 80s para o pessoal da bolsa americana. Os maganos tinham que de rir o tempo inteiro...
Aparições probabilísticas soa bem... C. Eufémia
Deve ser dos átomos pois claro!! Só pode.
Um estupenda definição, nunca me tinha lembrado disso e, se não te importas vou passar a usar o termo. CLANDESTINOS DE NÓS MESMOS. Fiquei a pensar e cheguei à conclusão, que muito poucos viajam com bilhete.
Um abraço. Augusto
Hehehehehe
Átomos clandestinos é bom, de facto.
Augustom, usa e abusa. Não tem direitos... hehehe
Peter, o António lá em cima sou eu. Já percebi o que se passou. Estava com outra conta e nem reparei.
Destas faço aos montes.
Afinal o António é o ANT e não o outro António, porque este António anda a colher elementos para escrever um livro policial.
Abraços para os Antónios
Eu não sei do que é, mas que somos todos, ou quase todos,
clandestinos de nós próprios, acho que sim.
Seja dos átomos ou do que for...
Um abraço
Olá!
Felizmente somos todos diferentes!
Abraço
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