terça-feira, março 3

Sexo no feminino


Aqui há tempo vi dois artigos interessantes sobre o assunto e ocorreu-me escrever algumas considerações para publicar aqui no blogue. O tempo passou e nunca mais me lembrei do assunto, nem onde os lera.
A publicação numa revista do artigo "Sexo sem segredo", onde é entrevistada a autora de um blogue que sempre tem constado dos nossos links, levou-me a relembrar o lido há meses e também a acrescentar algumas considerações.

Têm-se generalizado as conversações eróticas através do MSN, muitas vezes por iniciativa feminina. É seguro, não há o perigo de se contraírem doenças venéreas, não existem compromissos, a imaginação é fértil em falar de situações que, na maior parte dos casos e por motivos vários, que me dispenso de analisar exaustivamente, nunca foram vividas e gostariam de o ser, pode atingir-se o pico da excitação, mas sabe a pouco. Há quem goste e o pratique, mas eu só o entendo num relacionamento de que esta prática seja um complemento.

Com a mulher a ocupar cada vez mais, altos cargos directivos e a colocar a progressão na carreira em primeiro lugar, surgem os “casos” de duração maior ou menor, que satisfazem as necessidades sexuais, de afecto e companhia, mas que estarão sempre em segundo plano quando ela tem de optar por uma reunião profissional importante.

Os blogues a que se refere o artigo em questão, mais não são que o prolongamento virtual, ou vice-versa, dos inúmeros livros que pululam por aí, escritos por adolescentes, ou por respeitáveis donas de casa, que assim vão mantendo uma vida dupla e insuspeita.

O que não resta a mínima dúvida é que, cada vez mais, o mundo é das mulheres.

12 Comentários:

Às 03 março, 2009 09:01 , Blogger vbm disse...

«surgem os “casos” de duração maior ou menor, que satisfazem as necessidades sexuais, de afecto e companhia, mas que estarão sempre em segundo plano quando ela tem de optar por uma reunião profissional importante.»

«O que não resta a mínima dúvida é que, cada vez mais, o mundo é das mulheres.»

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Discordo e oponho-me a um mundo das mulheres — se bem que nada me diz um 'mundo de homens' — e nunca toleraria ser preterido quer por uma reunião, quer por outro homem, quer pelos filhos, quer por simples amigas!

Ou seja, o meu mundo é um mundo com mulheres nomeadamente trabalhadoras, apaixonadas, boas mães e sociáveis.

Conseguir ou não uma mulher, — ou mais que uma —, assim é tão simplesmente uma aptidão de homem.

Nota: — No exercício de tal competência, valem quase todos os meios desde que não destruam ou destituam a mulher cortejada.

 
Às 03 março, 2009 09:55 , Blogger antonio ganhão disse...

E começaram por conquistar a cozinha!

 
Às 03 março, 2009 11:48 , Anonymous Anónimo disse...

O mundo parece ser cada vez mais das mulheres porque estas estão a chegar a patamares onde outrora não chegavam e estão a trazer para fora de portas o que outrora era escondido, embora se soubesse que existia!

Não sei é se entre o que é dito e o que é vivido não há um certo mito.

 
Às 03 março, 2009 14:38 , Blogger Lúcia Laborda disse...

Belo post, lindinho! Essas relações via msn, mostra o quanto solitário o ser humano, se sente. A imaginação trabalha nessa hora, com as tantasias que habitam em todo mundo, mas que pessoalmente, muitas teem vergonha de deixar soltar. Mas após o ato, sente-se uma enorme sensação de vazio, porque fica o nada. Quando numa relação física, em que existe sentimento, existe o toque, a troca de carinho, de calor humano de interação e depois, sobra a ternura e a companhia.
Beijos

 
Às 03 março, 2009 19:06 , Blogger Peter disse...

Olhos de mel

Apeciei imenso a tua resposta pois ela vai de encontro a uma realidade que existe e que eu salientei: "as conversações eróticas através do MSN".
O teu comentário não podia ser mais verdadeiro: "após o acto (a conversação) sente-se uma enorme sensação de vazio, porque fica o nada."

Beijos para ti, minha cara amiga. Já há tempo que não tinha o prazer de te ler. Vou procurar remediar o facto.

 
Às 03 março, 2009 19:18 , Blogger Peter disse...

Ferreira Pinto

Trabalhando num Ministério da Praça do Comércio, ia normalmente mais cedo, embora tivesse o privilégio de entrar um pouco mais tarde e subia a Rua do Ouro para ir beber um café ao sítio do costume.
Ia pois em sentido contrário ao da maior parte das pessoas e eu sentia que as mulheres que desciam a rua a caminho dos Ministérios eram as dominadoras do espaço, com as suas conversas e os seus risos.

Eu ia de facto em sentido contrário...

 
Às 04 março, 2009 00:11 , Blogger escarlate.due disse...

discordo que o mundo seja das mulheres (ou dos homens) quando muito é nosso, de todos, sem exclusão de partes, que isto afinal não é nenhuma competição de "bota fora"

entrei na net no tempo em que clicavamos para um abrir um site, íamos arranjar o jantar, comiamos, deitavamos o puto, viamos um filme, tinhamos sexo real, adormeciamos e quando acordavamos o site ainda estava a abrir
um bom par de anos... no milénio passado (irra tanto tempo??)

até hoje ainda não consegui entender claramente o prazer do sexo virtual...
faz-me lembrar aquela história dos orgasmos psicológicos dos espectadores de futebol (e calma porque eu gosto de futebol!!)

que a internet é um "mundo" cheio de potencialidades, estou de acordo; que hoje em dia sobretudo nos grandes centros a vida seja agitada e "despersonalizada" que conduza frequentemente a isolamento também concordo; mas que se substitua vida real por vida virtual... parece-me um desperdicio de vida que já por si sendo curta não acho que deva ser desperdiçada.

resumindo (senão sou corrida por alongamento) há coisas que precisam ser ditas com um som audivel aos nossos sentidos, precisam ser tocadas, olhadas, saboreadas, precisamos sentir o cheiro e tudo isso em simultâneo ainda não conheço nenhum pc que consiga. uma dessas coisas é sexo.

o mundo virtual é apenas um complemento do mundo real, não um mundo alternativo

 
Às 04 março, 2009 13:54 , Blogger vbm disse...

O meu aplauso, escarlate!

É isso assim; nunca a net
substituirá a polis,
e muito menos
o tacto e
o sexo.


abraço,
vasco

 
Às 04 março, 2009 19:45 , Blogger alf disse...

tenho andado a fazer algumas pesquisas sociais através do msn. Já falei com muitas mulheres mas só uma estava interessada numa conversa meramente erótica. Claro que isto depende de como se procura os contactos na net, mas mesmo em locais onde o objectivo é claramente sexual, se eu começar a falar de coisas não-sexuais a minha correspondente agarra-se a isso como unhas e dentes.

Os homens é ao contrário - quase sempre buscam excitação sexual.

Ou seja, parece-me que as mulheres raramente andam na net à procura de excitação sexual mas sim de uma mão amiga. Essa é a minha experiência. Já encontrei até quem se defina como lésbica ou homossexual só para afastar os homens que pretendem conversas sexuais.

Mas é um facto que há inúmeros blogues femininos de sexo; mas um blogue não é um diálogo, não é sexo virtual, é um monólogo, é um diário, é uma masturbação, uma fantasia. Será a fantasia sexual na mulher mais individual, pessoal,talvez mais exibicionista, transgressora, e no homem mais dependente de um estímulo externo?

Ou talvez seja uma questão de controlo: no blogue, a autora tem o controlo; no diálogo, o controlo é do homem. Inclino-me para a tese deo controlo.

Será? Vou continuar a pesquisar, nos bocadinhos livres... a única verdadeira conclusão que tirei até agora é que as mulheres são, para mim, um enigma maior que o Universo... e mais fascinante

 
Às 04 março, 2009 21:57 , Blogger vbm disse...

...

Suspeito que se fantasia muito com o suposto enigma do modo de ser feminino... Tendo a inclinar-me para um entendimento mais reducionista, físico, biológico... Simples, no fundo: - o Cio! Como noutras espécies de mamiferos, as fêmeas humanas têm cio. Fora dele, são anafroditas. Com os machos, outra é a condição. Embora a excitação feminina seja claramente o melhor estímulo sexual para o homem. Muito francamente, eu penso que esta é a base da diferença de líbido entre homens e mulheres, sem destituir, como é compreensível, a dimensão cultural da comunicação e empatia entre o homem e a mulher.

 
Às 04 março, 2009 22:08 , Blogger SILÊNCIO CULPADO disse...

Peter
O facto das mulheres ascenderem a determinados cargos e serem, actualmente, 65% da população universitária não as torna diferentes do que eram no passado. Apenas têm mais responsabilidades e, por vezes até níveis de escravidão mais elevados porque continuam a ser as mulheres as que mais se sacrificam pela família (filhos, pais idosos, etc.)
As evasões eróticas virtuais penso não serem exclusivo do mundo feminino mas sim duma época que se digitalizou e perdeu a proximidade com o ser humano.
É a solidão sem fim do individualismo, da recusa do casamento, do medo de assumir a verdadeira identidade nomeadamente a nível emocional.E aqui a mulher ainda não assumiu de forma total e evoluída a sua sexualidade.Por isso ainda procura fugas, simulacros da realidade que não consegue ter.

Abraço

 
Às 04 março, 2009 22:47 , Blogger Papoila disse...

Querido Peter:
Esta história do sexo virtual que se banaliza com as tais "vantagens" que alegas só terá sentido se for uma troca de impressões eróticas à distancia, para quem está longe. Sexo é uma arte (para mim sacra) que se pratica ao vivo com todos os sentidos bem despertos... tudo o resto devaneios mais ou menos frustantes...
Beijos

 

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