Hamas tem «pesada responsabilidade» no sofrimento dos palestinianos, diz Sarkozy
Hoje às 21:24
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou este domingo que o Hamas «tem uma pesada responsabilidade no sofrimento dos palestinianos de Gaza», numa entrevista a três diários libaneses a publicar segunda-feira, sublinhando que o mais urgente, neste momento, é cessar a violência.
«O lançamento da ofensiva terrestre israelita torna ainda mais urgente a necessidade de um cessar-fogo», declarou Sarkozy aos diários An Nahar, As Safir e L'Orient du Jour, segundo uma cópia da entrevista divulgada pela presidência francesa.
«Condenámos esta ofensiva, juntamente com os nossos parceiros europeus, porque ela diminui ainda mais hipóteses de paz e porque torna ainda mais difícil o encaminhamento de ajuda às populações de Gaza. Vou voltar a dizer às autoridades israelitas que é absolutamente essencial deixarem passar a ajuda humanitária», sublinhou.
«Mas quero dizer aqui que condenamos com a mesma firmeza a continuação dos lançamentos de 'rockets' que são uma provocação inadmissível. O Hamas, que decidiu a ruptura da trégua e o reinício dos lançamentos de 'rockets' contra Israel, tem uma pesada responsabilidade no sofrimento dos palestinianos de Gaza», acrescentou.
Reafirmando os termos da reacção da diplomacia francesa ao início da operação terrestre sábado, Sarkozy frisou na entrevista que «o mais urgente, agora, é cessar a violência».
«É preciso encontrar forma de chegar o mais rapidamente possível a um cessar-fogo que permita o reinício do processo de paz. É para isso que estou aqui hoje, para ajudar a encontrar uma solução», disse.
Nicolas Sarkozy realiza segunda e terça-feira uma mini-digressão pelo Médio Oriente, com visitas ao Egipto, Cisjordânia, Israel, Síria e Líbano, para abordar a escalada de violência decorrente da ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza em curso lançada a 27 de Dezembro.
21 Comentários:
para além da tragédia e do sofrimento, uma hipocresia tudo isto - é necessário esmagar o Hamas antes de Obama tomar posse.
depois segue o "polícia bom"... mas polícia. sempre.
abraço
heretico
O meu ponto de vista pessoal, que não do blogue, é idêntico ao de Nicolas Sarkozy:
«O Hamas, que decidiu a ruptura da trégua e o reinício dos lançamentos de 'rockets' contra Israel, tem uma pesada responsabilidade no sofrimento dos palestinianos de Gaza»
Eu não simpatizo por aí além com os extremistas árabes - embora compreenda o desespero e o desprezo das atitudes de ataque suicida - o que não tem a ver com o caso, pois há asquerosa manipulação e pressão abusiva para os muito jovens se suicidarem, atacando os inimigos da fé - mas, em si, atacar, mesmo à custa da própria vida, é um acto de bravura, que admiro se acompanhado de lucidez e utilidade objectiva -, dizia não os admiro por aí além, no entanto, os israelitas parecem-me estultos pois não conseguirão pela força sobreviver num território povoado de inimigos, confessos e, ou, disfarçados. Por certo, os israelitas revelam-se muito mais competentes e hábeis, militar e politicamente, do que os árabes 'circundantes'; por certo, faz parte da ideologia religiosa do 'povo eleito' imaginar-se o melhor curador do bem público, não só dos árabes, mas de toda a humanidade. Porém, eu agradeço e aplaudo muito essa superior intelligentsia dos 'eleitos' por 'D'eus, mas prefiro haver-me com os meus iguais, errando pelo mundo sem o sonho de o dominar, antes apreciando a inefável descoberta da múltipla variedade dos povos que o habitam.
O Hamas forneceu o pretexto numa fase em que o polícia estava a mudar de turno... a Europa não conta.
vbm
Há cerca de 2 anos, em entrevista ao jornal “Público”, o xeque sírio Omar Bakri, declarava:
- “Não distinguimos entre civis e não civis. Apenas entre muçulmanos e descrentes. E a vida de um descrente não tem qualquer valor”.
Um ano depois dão-se os atentados em Londres, em que morreram 56 pessoas e o xeque, tardiamente, é expulso de Inglaterra.
E sou eu que vou tomar partido por quem deseja a minha morte?
antonio-o implume
Admito que o "heretico" tem razão qd escreve:
"é necessário esmagar o Hamas antes de Obama tomar posse"
Por cá, o min neg estrang acha que a reacção de Israel aos ataques do Hamas contra milhares de cidadãos israelitas é desproporcionada, mas
não diz qual a resposta que deveria ser dada aos mísseis Kassam.
«E assim vai este país com gente que compreende, adora e ama os
terroristas.»
Até que um dia nos venham "bater à porta", porque afinal temos também tropas nossas no Afeganistão...
Quem ontem tiver tido a oportunidade de ter visto na SIC NOTÍCIAS o programa PANORAMA BBC terá certamente tido oportunidade de reparar bem nas palavras de um extremista islâmico qualquer paquistanês ... o cavalheiro, salvo seja, a dada altura dizia isto, preto no branco: "Vocês têm de perceber isto ... vocês lutam para viver e nós lutamos para morrer!".
Quem assim pensa, adicionando àqueles que, aos berros e como possessos, querem repor o Califado e vingar os desmandos das Cruzadas, que não aceitam o Ocidente, não merece comisseração ...
Tenho para mim, e disso tenho dado aqui e ali um ligeiro "lamiré", que o islamismo radical é o maior inimigo que teremos de enfrentar e que seria bom que o mesmo fosse levado a sério. Espero que não se acorde quando for tarde demais.
No resto, é evidente que o "turn point" da política norte-americana e o panorama político interno de Israel também ajudam a explicar muita coisa.
Quanto ao que Sarkozy diz, e pese o seu meritório empenhamento nesta questão (assim como noutras), manda a verdade que se diga que a União Europeia neste domínio conta ... zero!
O problema é que por muitos lados se fala de Israel contra a Palestina, que a Palestina está a ser vitima de um gigante.
O que se devia separar é que é Israel contra aqueles senhores da bandeira verde.
Tiraste-me o assunto de 4ª feira :))
A reflexão nem é muito complicada.
1º Estes conflitos rendem muito dinheiro;
2º Nós, os ocidentais não podemos continuar a ser usados como "culpados" de uma qualquer cruzada. A desculpa é esfarrapada.
3º Com ajuda ou sem ajuda os israelitas plantaram laranjeiras no deserto.
4º Começa a ser complicado continuar a permitir que os muçulmanos tenham mesquitas cá no nosso burgo. Essa coisa da tolerância se dar só num sentido está a ser ridícula.
Quanto às mortes dos palestinianos, nomeadamente das crianças, são absolutamente lamentáveis. Mas aquilo é uma guerra.
E depois, dizia-me o meu barbeiro, que essas mortes dão mais jeito aos palestinianos que aos israelitas.
A verdade é que o mundo é mesmo muito pequeno para albergar os idiotas que entendem que a casa só pode ser habitada pela sua própria diferença.
Abraço
Ferreira-Pinto
É uma verdade indiscutível:
"o islamismo radical é o maior inimigo que teremos de enfrentar e que seria bom que o mesmo fosse levado a sério"
ELES QUEREM A NOSSA MORTE e, como tal, eu pago-lhe na mesma moeda.
Mas já está programada uma manif contra os israelitas, possivelmente fomentada pelo PCP, os herdeiros de Stalin e dos seus "pogroms".
Tiago
Em Portugal uma firma ligada ao BPN fabricava mosaicos com incrustrações de ouro e de pedras preciosas para os palácios e mesquitas dos "sheiks" muçulmanos.
Porque é que todos esses países muçulmanos, não ajudam muito mais os seus irmãos palestinianos?
Porque motivo não os acolheram nos seus despovoados territórios?
Porque lhes convinha que eles vivessem em condições miseráveis em Gaza, suscitando a piedade ocidental e o ódio contra os israelitas e, por tabela, contra os EUA.
Eles criam e continuam a criar a situação desesperada dos pelestinianos, mas não são estes que lhes compram o crude, não é?
Ant
Publica o teu artigo. Os fundamentalistas islâmicos são os nossos inimigos e os não fundamentalistas, viram a cara para o lado para não verem.
Eu só não percebo é como é que as "feministas" defendem uma religião e uma civilização para as quais as mulheres são tratadas como são: um ZERO absoluto?
E já agora fala das imagens passadas na TV, paga por nós, em que só nos mostra imagens de crianças mortas e feridas, por vezes até trata-se da mesma imagem repetida até à exaustão. Só nos mostram um lado da guerra e já sei que dirão que, do outro lado existe a censura militar israelita.
O Peter tem razão. Nós não vamos ajudar pessoas que querem a nossa morte!
Basta ver como tratam as mulheres: abaixo de cão!...
Fundamentalismos, nunca!!!
Um abraço
Compadre Alentejano
Eu tambem detesto os Hamas e as suas ideologias islamico radicais. Mas acho que estamos a confundir tudo. Este conflito nao tem nada a ver com religiao! Entre os palestinianos tambem ha cristaos, lembram-se? E mesmo entre os muculmanos ha muitos que discordam por completo de tais ideologias!
Oie meu amiigo, acho tudo isso triste e lamentável! Não consigo ver razões efetivas para tanto. E procuro ficar o mais distante possível dessas notícias. Porque me deprime e nada posso fazer.
Boa semana! Beijos
Tens razão, miamendes.
Tudo está longe de ser
um conflito religioso
ou étnico.
Todo o Médio Oriente foi
historicamente uma região
civilizada e pacífica.
A guerra que lavra na Ásia Menor,
do Mediterrâneo ao Paquistão,
tem a ver com a droga,
o petróleo e o gáz.
Também com a indústria do armamento.
A ideia é manter as populações autóctones
sem veleidades de política própria.
Israel, sem dúvida, tem uma enorme superioridade científica, cultural e política sobre as elites governantes vizinhas, fruto de principados tribais, vigliantes da ordem feudal estrita que mantêm.
Quanto a mim, a pacificação da região daria passos de gigante se o primeiro mundo conseguisse substituir os combustíveis fósseis por formas de energia limpa e se a droga pudesse ser neutralizada na sua nocividade por algum rearranjo genético da planta, que a tornasse de cultivo e consumo livre sem efeitos nefastos para a saúde.
...
tagarelas-miamendes
Não vamos aqui analisar toda a questão das relações entre Israel e o mundo árabe. Cada um que se documente e faça o seu juízo, como tu o fizeste.
Há umas tréguas que foram quebradas e quem as quebrou foi o Hamas. Israel tem todo o direito a existir como nação e os seus cidadãos a viverem em segurança.
Quem berra como um possesso, como faz o chefe do governo iraniano, que pretende a destruição de Israel, ou aqueles que querem repor o Califado e vingar os desmandos das Cruzadas e que não aceitam o Ocidente, não merece comiseração ...
O islamismo radical é o maior inimigo que teremos de enfrentar e seria bom que o mesmo fosse levado a sério. Espero que não se acorde quando for tarde demais. E espero que os bem intencionados como tu não sejam as vítimas da sua própria bondade e tolerância.
O Ocidente, tu e eu, somos forçados a lutar pela nossa própria sobrevivência. Infelizmente...
olhos de mel
Estás longe, estás na América do Sul, mas a Europa corre sérios riscos de dentro de 10/20 anos estar islamizada.
Querido Peter:
Não posso admitir esta Guerra Santa por parte do Hamas mas é muito confrangedor e para mim insuportável ver as vítimas desta guerra, principalmente crianças.
Beijos
Papoila
Por ser confrangedor e insuportável para qualquer de nós, é que a TV, favorável ao Hamas, não se cansa de repetir as imagens das crianças mortas e feridas.
A guerra é uma coisa terrível e eu, infelizmente sei-o bem, de experiência vivida.
Não foram os israelitas que fizeram os ataques em New Yorq, Londres e Madrid, porque somos nós, os Ocidentais, o inimigo a abater por aqueles fanáticos.
Mais uma visitinha, mais uma voltinha, a natural hipocrisia dos políticos.
Words, apertos de mão e a natural pose para a fotografia (com gravata)
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