domingo, abril 20



E está o Sol aqui, depois de uns dias
com o jardim obscurecido a beber sombra.

(fiama hasse pais brandão)

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3 Comentários:

Às 20 abril, 2008 17:13 , Anonymous Anónimo disse...

Sistema solar




Cada voz tem o seu contraponto
num ruído natural. Cada silêncio,
no silente espaço que rodeia, por vezes,
cada coisa. À beira do berço as bocas
percutem sobre a criança. Depois, no sono,
abrem-se como qualquer flor. Sobre
os cílios da adolescente tecem frases.

*

À beira do berço as bocas
percutem sobre a criança. Depois no sono
adensam-se como qualquer árvore. Sobre
os cílios da adolescente tecem frases.
Cada silêncio corporiza-se no espaço.
As coisas têm eixos e rodam
com ruídos diferentes do seu nome.
E o Sol tramonta entre vestígios,
além dos montes e vales e o mar.

*

E o Sol tramonta sobre as nossas casas
e os montes e vales e o nosso mar.
Quando um verso marca o lugar das coisas
elas aí ficam para sempre. O Sol
que perpassa em cumes e em cristas
nasce nas arestas serranas do nascente
e vai até ao mar em sete versos.



Fiama Hasse Pais Brandão
Cenas Vivas
Relógio d´Água

partilho este poema, que tanto gosto:)
beijinho e um bom domingo
lucia

 
Às 20 abril, 2008 17:29 , Blogger Peter disse...

Vasco

Obrigado por me chamares a atenção para uma poetiza que não conhecia. Conheço tão pouco de poesia ...

Lucia

Obrigado por teres transcrito todo o poema que é, de facto, muito belo.

Uma boa semana para os dois

 
Às 20 abril, 2008 23:24 , Anonymous Anónimo disse...

Peter, é um prazer, pois Fiama é uma grande escritora.. quando tenho oportunidade para partilhar algo dela, faço-o.

espero que te encontres melhor.

lucia*

 

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