Convergência e Contingência
Releio Hubert Reeves introduzindo-lhe estes conceitos:
«Acicatados pelo aguilhão da sobrevivência, os seres vivos têm tendência para utilizar ao máximo os fenómenos naturais (“convergência”), mas ninguém pode descrever previamente as suas múltiplas modalidades (“contingência”).»
Por exemplo:
- O voo é uma vantagem adaptativa fundamental num mundo onde impera a competição, que apareceu isoladamente várias vezes ao longo da evolução e para o qual não se exige nenhuma predeterminação. Há muitas combinações moleculares e transformações fisiológicas susceptíveis de proporcionar o voo. Neste sentido, podemos falar duma “convergência”, que privilegiou o aparecimento do voo. Existem várias espécies animais com técnicas de voo muito diferentes: aves, morcegos, insectos, peixes voadores.
Não obstante a variedade das suas estruturas (“contingência”), têm todas uma característica comum: elevam-se nos ares.
«No nosso planeta, a vida estabeleceu-se por todo o lado. Os meios mais hostis são habitados por organismos munidos de sistemas de adaptação surpreendentes.»
São os organismos conhecidos por “extremófilos”.
Esta omnipresença da vida é uma consequência natural da competição e da pressão das exigências vitais. Quando todos os nichos ecológicos estão ocupados, inventam-se outros novos e os seres adaptam-se a condições cada vez mais hostis. A história das migrações humanas dá-nos disso inúmeros exemplos.
Se os peixes antepassados dos anfíbios tivessem sido dizimados, provavelmente outros organismos teriam tomado o seu lugar.
Não existe nenhuma “seta biológica sinaladora” que tenha como alvo o homem, nem a Terra foi criada expressamente para o receber.
Se, como diz Stephen Jay Gould, no seu livro: “Darwin et les grandes énigmes”:
«Devemos dar graças à pedra celeste que teve o bom gosto de acertar no nosso planeta!»
Ela permitiu que eu aparecesse aqui na Terra, faz hoje muitos e muitos anos …
«Acicatados pelo aguilhão da sobrevivência, os seres vivos têm tendência para utilizar ao máximo os fenómenos naturais (“convergência”), mas ninguém pode descrever previamente as suas múltiplas modalidades (“contingência”).»
Por exemplo:
- O voo é uma vantagem adaptativa fundamental num mundo onde impera a competição, que apareceu isoladamente várias vezes ao longo da evolução e para o qual não se exige nenhuma predeterminação. Há muitas combinações moleculares e transformações fisiológicas susceptíveis de proporcionar o voo. Neste sentido, podemos falar duma “convergência”, que privilegiou o aparecimento do voo. Existem várias espécies animais com técnicas de voo muito diferentes: aves, morcegos, insectos, peixes voadores.
Não obstante a variedade das suas estruturas (“contingência”), têm todas uma característica comum: elevam-se nos ares.
«No nosso planeta, a vida estabeleceu-se por todo o lado. Os meios mais hostis são habitados por organismos munidos de sistemas de adaptação surpreendentes.»
São os organismos conhecidos por “extremófilos”.
Esta omnipresença da vida é uma consequência natural da competição e da pressão das exigências vitais. Quando todos os nichos ecológicos estão ocupados, inventam-se outros novos e os seres adaptam-se a condições cada vez mais hostis. A história das migrações humanas dá-nos disso inúmeros exemplos.
Se os peixes antepassados dos anfíbios tivessem sido dizimados, provavelmente outros organismos teriam tomado o seu lugar.
Não existe nenhuma “seta biológica sinaladora” que tenha como alvo o homem, nem a Terra foi criada expressamente para o receber.
Se, como diz Stephen Jay Gould, no seu livro: “Darwin et les grandes énigmes”:
«Devemos dar graças à pedra celeste que teve o bom gosto de acertar no nosso planeta!»
Ela permitiu que eu aparecesse aqui na Terra, faz hoje muitos e muitos anos …
7 Comentários:
Gostei de ler especialmente hoje este texto. Desejo-te um dia bonito e tenho pena de não poder dar-te um grande beijo pessoalmente. Beijinhos.
Obrigado, foste muito gentil. De facto a distância é grande, pois continuo cá por baixo.
Será um "beijo virtual".
Os anos já começam a pesar, mas enquanto for assim, não me posso queixar.
Uma boa semana para ti.
Oie Peter! Com certeza sempre haveriam substitutos para quaisquer raças.
Bela leitura!
Que sua semana seja feliz!
Beijos
PARABENS MEU CARISSIMO AMIGO********!!!!!!!!!
CONSEGUI VIR AQUI******* TRAZER-LHE MEU AMIGO ABRACO E OS VOTOS DE VIDA LONGA E FELIZ!!!
Sua Amiga,
Heloisa B.P.
***************
Obrigado Heloísa! Sei quanto lhe custa vir até aqui e por isso aprecio de um modo muito especial os seus parabéns.
Quem ler o texto poderá ficar desconfiado das 4 últimas linhas, mas se não souber que é uma alusão velada, não chega lá. LOL
Embora com um dia de atraso, não posso deixar de registar aqui os meus votos de uma vida ainda muito mais longa e repleta de momentos de felicidade (já que felicidade a 100% não é coisa deste mundo).
O texto que usaste para fazer o anúncio é daqueles que dá muito para pensar, estudar, conversar e discutir.
Um abraço especial
António
Obrigado pelos parabéns. De facto estou a atingir a idade de me retirar destas lides bloguistas.
Quanto à felicidade é um conceito que nada me diz. Vivo e sinto prazer nisso.
Sobre o texto escolhido, tens razão, mas para isso era preciso haver comentários geradores de debate.
Abraço amigo
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