terça-feira, julho 10

VIDA

O que é a vida, como começou, como evoluiu, como chegou ao estado em que hoje se encontra? De acordo com estudos levados a cabo por cientistas credenciados, o primeiro passo na direcção da "construção" da vida, foi a formação dos aminoácidos (compostos orgânicos cujas moléculas possuem átomos de carbono, de hidrogénio, e outros elementos que não cabe aqui enumerar, distribuídos na forma e quantidade correctas, como se obedecessem a um planeamento cósmico bem definido). Como e porquê estes compostos se formaram, é um verdadeiro mistério.

Continuando com o passo seguinte na construção da vida, surgem as proteínas, que são o encadeamento de muitos aminoácidos, de várias espécies. Como esse encadeamento se processa é uma grande maravilha, um verdadeiro milagre. Na formação de uma das mais simples proteínas é necessário que sejam ordenados, numa sequência absolutamente correcta e no tempo exacto, mais de 1.000 aminoácidos. A probabilidade matemática de isto poder acontecer é de pasmar, nada menos que 1 para 10 elevado a 260, isto é, 1 seguido de 260 zeros. E, isto é para uma das mais simples proteínas!

Se agora tivermos em consideração que o corpo humano tem mais de um milhão de diferentes tipos de proteínas, chega-se a números verdadeiramente astronómicos, impossíveis de imaginar sequer.
Mas, os "milagres" têm de continuar, pois ainda está longe o aparecimento da Vida. E então surge a primeira dificuldade: as proteínas não têm a capacidade de se copiarem a si próprias. Foi então que entrou em cena o ADN, que faz rápida e fielmente, com toda a facilidade, as cópias necessárias de todas as proteínas.
Finalmente, as proteínas, devidamente "ajudadas" pelo ADN, com a colaboração de outros componentes, de que se destacam o carbono, o oxigénio, o hidrogénio, o azoto, etc, juntaram-se e rodearam-se de uma membrana protectora que as envolvessem e individualizassem, e formaram a primeira célula viva. Esta célula, a que foi dado o nome de Protozoário, que já desempenhava todas as funções vitais: movia-se, alimentava-se, desenvolvia-se e procriava; era a forma mais rudimentar de um ser vivo, Mas … já era VIDA.

Segundo os cálculos mais recentes este acontecimento teve lugar há cerca de 3,85 biliões de anos. De salientar que há cerca de 3,9 biliões de anos a superfície da Terra nem sequer ainda era sólida.
No passo seguinte da evolução, várias e diferentes células, cada uma delas com a sua função bem definida, reuniram-se para formar um ser vivo mais complexo, a que foi dado o nome de Metazoário.
E a evolução continuou ao longo de muitos milhares de anos, com o aparecimento das plantas, dos peixes, dos répteis, mamíferos, etc.

Reportando-nos ao género humano, o mesmo teve a sua origem no Australopithecus Afarensis, há cerca de 3,4 milhões de anos, que tinha uma capacidade craniana de 450 cm3; continuou com o Australopithecus Africanus, há cerca de 3 milhões de anos; o Homo Habilis, há cerca de 2,5 milhões de anos, que começou a usar utensílios; o Homo Erectus, há cerca de 1,8 milhões de anos, com uma capacidade craniana de 825 cm3, e que já sabia utilizar o fogo; o Homo Pré-Sapiens, há cerca de 200.000 anos, que tinha uma capacidade craniana de 1.200 cm3 e já sabia construir cabanas; o Homo Sapiens, ou de Neandertal, há cerca de 40.000 anos, com uma capacidade craniana de 1.500 cm3 (igual à do Homem Actual); o Homo Sapiens Sapiens, ou Homem de Cro Magnon, há cerca de 35.000 anos, até ao Homem Actual. De realçar que a capacidade craniana não aumentou desde há cerca de 40.000 anos. Parece espantoso!

Julgo que deveríamos todos parar um bocadinho, para pensar seriamente, tentando compreender o que se está a passar com a nossa civilização, a civilização do Século XXI. Talvez seja porque a nossa capacidade craniana não teve qualquer aumento desde há cerca de 40.000 anos? Não será que estamos a caminhar a passos largos para o”abismo”? Não devemos esquecer que a Natureza sabe muito bem defender-se dos abusos a que tem vindo a ser sujeita.

Colaboração de:
João Augusto Bastos

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5 Comentários:

Às 10 julho, 2007 10:20 , Anonymous Anónimo disse...

Bom dia:)
1º Peter, não tens que agradecer, eu venho aqui porque gosto:)
2º eu daqui nada ponho um post mais alegre:P

3º ler o teu artigo logopela manhã, não de uassim muito resultado, eu venho ler-te mais daqui pouco. Quando os clientes me derem um pouco de descanso:)

Beijinho,
lúcia

 
Às 10 julho, 2007 12:14 , Blogger vieira calado disse...

Um artigo bem esclarecedor.
Também vou juntar o seu aos links do meu blog de astronomia.
Um abraço

 
Às 10 julho, 2007 16:57 , Blogger Papoila disse...

Querido Peter:
Um artigo excelente!
Deixo aqui o refrão daquela cantiga Paciência do jovem cantor brasileiro Lenine...
Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara(Tão rara)
Beijos

 
Às 11 julho, 2007 21:49 , Blogger vieira calado disse...

O Reeves está no nmeu blog, na lista dos livros que tenho sempre à mão. De todas as maneiras, obrigado pela informação.

 
Às 13 julho, 2007 21:57 , Blogger António disse...

Olá, Peter!
Um excelente artigo rememorativo de conhecimentos que se aprendem no ensino secundário (ou deviam aprender!).
Quanto à afirmação de que a Natureza sabe muito bem defender-se dos abusos a que tem vindo a ser sujeita...não me parece que seja bem assim.
Depende do número, intensidade e duração dos abusos.

Abraço

 

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