Apagão Universal
”Parecem estar a morrer mais estrelas que aquelas que estão a nascer.”
Um grupo de astrónomos tem vindo a recolher informação de cerca de 3.000 galáxias relativamente próximas de nós, criando o primeiro arquivo de dados relativos à sua formação estelar e composição química. Os resultados, publicados na revista da “Royal Astronomical Society”, parecem confirmar a ideia já há muito estabelecida de que o Universo ultrapassou a sua fase primordial, dirigindo-se para um futuro mais escuro e frígido.
As estrelas, desde as “azuis supergigantes” e de curta duração até às “anãs vermelhas” que se consomem lentamente, formam-se nas nuvens de gás molecular presentes nas galáxias, como temos vindo por aqui escrevendo. A luz emitida por uma determinada galáxia é um inventário luminoso de todas as estrelas que contem, mas que se pode revelar extraordinariamente difícil de analisar nas suas diferentes componentes, de modo a estudar as várias classes de estrelas e as suas taxas de formação.
De acordo com os astrónomos, a análise dos dados indica que o período em que era máximo o nascimento de estrelas no nosso Universo, velho de 14 mil milhões de anos, ocorreu há 6 mil milhões de anos (isto é, aproximadamente a época em que o Sol nasceu). Desde então a taxa de formação estelar tem vindo a diminuir. Para além disso os investigadores descobriram que o pico da distribuição química ocorreu há 3 mil milhões de anos. Também há muito que notaram que as galáxias têm uma aparência avermelhada indicando que as estrelas vermelhas e mais velhas são predominantes em relação às mais novas e azuladas o que é uma prova de que muito provavelmente a era de formação estelar está a chegar ao fim.
Visto a população estelar estar a envelhecer progressivamente e as nuvens de gases ricas em metais onde pode ocorrer nova formação estelar, serem cada vez mais raras, o Universo parece condenado à escuridão total!
Será? Ora, de aqui até lá … *
* É melhor não falar em “Tempo”. Ninguém sabe o que é, sabem medi-lo …
5 Comentários:
Este comentário foi removido pelo autor.
O tempo medir, mede-se. Não se sabe é o que é.
Este comentário foi removido pelo autor.
Olá, Peter!
Muito interessante este novo texto da área astronómica.
Essa das estrelas vermelhas e das azuis e da evolução até ao apagamento total é nova, para mim.
Enfim...já cá não estaremos para assistir a isso.
Obrigado pelo teu comentário ao meu texto sobre os últimos dias de vida e morte da minha mãe.
Um abraço
Viva, Peter! Já lera este teu artigo que achei interessante e sobre o qual tenho andado a pensar a sério, embora de forma muito vaga. Por outro lado, também achei que poderia considerá-lo na minha teoria da tintura que, ela também, está a desaparecer. Será que as estrelas que nos têm governado estão condenadas também? Ou os tios são as únicas estrelas perpétuas do universo?
Abraços
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