Risco de explosão social
“A Crise está a afectar duramente muitos portugueses, nas suas vidas de todos os dias.
E pior: está a atingir os mais desfavorecidos, os pobres, os desempregados, os velhos com pensões de miséria (…) os jovens saídos aos milhares das universidades que são obrigados a ir para o estrangeiro ou a aceitar empregos menores. Mas também as classes médias baixas, a chamada pobreza envergonhada (…).
Ao mesmo tempo, os poderosos não são tocados. A impunidade reina, no que respeita ao despesismo do Governo Central, órgãos de soberania, partidos, assessores e conselheiros e tudo o que vive e prospera à custa do Estado, das regiões autónomas, das autarquias e das empresas públicas e semi-publicas (…).
Assim se tem criado um sentimento difuso de injustiça, que gera naturalmente revoltas, as quais numa sociedade livre como a nossa se expressam - e ainda bem - através da opinião pública e nas ruas de diversas formas legais e não violentas”.
O diagnóstico, com estas exactas palavras, é de Mário Soares num artigo ontem publicado no Diário de Notícias. Aí lança o aviso: “O Governo deve ouvir as queixas e dar-lhes satisfação na medida do possível sob pena de as manifestações se tornarem violentas como na Grécia”. Não é a primeira vez que Soares alerta para o perigo de explosão social. E fá-lo num recado dirigido ao seu próprio partido. É um alerta pleno de sabedoria e experiencia. Oxalá seja ouvido.
Graça Franco (“Página 1 de 02/06/10)
11 Comentários:
nem imaginas o que temo essa explosão... é que desta vez duvido que seja de cravos :(
Ai não vai ser não. Mário Soares sabe o que diz.
As "avestruzes" continuam com a cabeça metida na areia, assim não vêm o perigo, logo ele não existe.
«A impunidade reina, no que respeita ao despesismo do Governo Central, órgãos de soberania, partidos, assessores e conselheiros e tudo o que vive e prospera à custa do Estado, das regiões autónomas, das autarquias e das empresas públicas e semi-publicas (…).»
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Hei-de morrer sem compreender
porquê este tipo de críticas
nunca se estende ao chamado
sector privado,
como se aí o despesismo fosse lícito!
vbm
Os 3 governos socialistas (?) da UE: Grecia e Portugal, como já falava o Eça há 100 anos e Espanha, onde foram mais gravosos do que nós. Se os Partidos os criticassem, quem é que subsidiava as suas campanhas eleitorais?
Destes assuntos tu é que sabes, eu sofro-os na pele. E vivam as "pontes", para a semana há mais.
Engraçado, a minha mulher teve de ir fazer uns exames médicos e despachou-se num ápice. Nestes dias ninguém está doente rsrs
o vbm é que disse uma grande verdade ... faz-se uma critica ao estado e esquece-se que o sector privado tem pelo menos uma quota parte de responsabilidade ... para já não falar dos analistas financeiros e económicos que agora vêm apregoar soluções quando supostamente o tão famoso e sacrosanto mercado livre ... Deviam fazê-los ouvir o que diziam há uns 5 anos ...
abraços. nada a acrescentar...
Fernando Vasconcelos
Na revista VISÂO desta semana vem um interessante artigo do director Pedro Camacho, do qual destaco:
"O mundo não está a mudar. O mundo já mudou. E é para esse novo mundo que a União Europeia e o clube do euro têm de caminhar.(...) Não há, de facto, volta a dar. A UE está condenada a encontrar mecanismos de funcionamento que contribuam para a estabilidade da(s) sua(s) economia(s). Assim como, noutro plano, europeus e norte-americanos estão condenados a encontrar regras que evitem a repetição desta inqualificável crise financeira.(...)"
Para um leigo, como eu, ter uma idéia do n/débito, li por aí. algures que:
«se fosse viável colocá-lo numa pillha de notas de 100€, esta teria a altura da Torre dos Clérigos."
Pois é...
Mas lideramos a europa no crescimento económico! Pelo menos ontem.
antonio - o impolume
Isso era ontem rsrs
Peter,
E que ela - a explosão - venha de vez!
Um abraço
Meg
Não sei, não...
Repouso, pensamentos positivos e cuida bem de ti.
Abraço,
Peter
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