Hiperactivos. Qual é a escola que gosta dos alunos irrequietos?
Porque o assunto interessa a muitas famílias e é normalmente mal compreendido, sugiro a leitura do artº publicado no jornal "i" de hoje, de que transcrevo um pedaço:
"O ano está perdido para R. No segundo período, o aluno de 12 anos teve negativas em todas as disciplinas e é com frequência expulso da sala de aula. R frequenta o 6.o ano na EB...e é um rapaz irrequieto. Interrompe as conversas dos outros, está sempre a provocar a risota dos colegas e, nos últimos meses, ganhou o hábito de desafiar os professores, sempre que é contrariado. Em Abril foi suspenso durante dois dias e, a menos de três semanas do ano lectivo terminar, a directora de turma voltou a avisar a mãe que uma nova suspensão do filho pode estar a caminho.
D.R. tem dez anos, está a frequentar o 4.o ano no Colégio de .... e é também considerado um aluno complicado. Às vezes insulta os professores, às vezes agride os colegas e outras vezes fica tão furioso que atira com a mochila ao chão, dá pontapés nas cadeiras e grita tanto que ninguém consegue calá-lo.
R.sofre de hiperactividade impulsiva;D. de hiperactividade impulsiva e compulsiva, doença diagnosticada quando ambos tinham cinco anos e que os levou a saltitar de escola em escola porque têm dificuldade em adaptarem-se às rotinas escolares. Há anos em que tudo corre bem e anos em que tudo corre mal. "O comportamento e as notas do meu filho dependem muito da boa vontade dos professores", desabafa a mãe de R. A de D diz o mesmo : "Quando os professores são atenciosos, o meu filho vai conseguindo ter aproveitamento escolar, quando isso não acontece, o seu comportamento torna-se mais instável." Este ano tudo corre mal e ambos estão prestes a mudar de escola. D e R moram longe um do outro e nem se conhecem, mas ambos têm um percurso escolar repartido em vários estabelecimentos de ensino público e privado. (...)"
3 Comentários:
Conheço duas famílias com esse problema, que é mesmo um problema.
Minha cara "blue" um dos casos que eu conheço tem o diagnóstico feito:
"hiperactividade impulsiva e compulsiva". Trata-se do filho de uma família com recursos, que tem consultado os melhores especialistas.
O miúdo é inteligente, estuda, faz os trabalhos escolares, até tem boas notas e, de repente, descamba: há poucos dias a mãe foi chamada à escola porque ele se levantou da carteira, deitou-se no chão com o caderno e não respondeu a nenhuma pergunta do professor.
A "acção conjunta e integrada" que referes é inexequível, pelo menos no nosso país. Possivelmente aí sucederá o mesmo: "estes alunos estão votados ao insucesso".
Admira-me que tantos profs que por aqui andam, não tenham vindo abordar o assunto. Possivelmente estarão mais interessados em defender os seus interesses pessoais.
Há 40 anos estas coisas resolviam-se num instante...Hoje os bons alunos têm que aturar estas "doenças". Coisas da escola inclusiva e vocacionada para a estupidificação das massas.
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