A cientista da electrónica transparente
Em 24 de Novembro falámos aqui do assunto em epígrafe:
Elvira Fortunato é a nossa medalha de ouro da Ciência. Sabiam?
Elvira Fortunato é a nossa medalha de ouro da Ciência. Sabiam?
Passou do anonimato a figura pública em 2008, ao ganhar o cobiçado prémio europeu em engenharia, atribuído pelo Conselho Europeu de Investigação: o 1º Prémio do European Research Council, na área da engenharia, com um atractivo suplemento de 2,5 milhões de euros – o maior valor atribuído em prémios científicos.
A cientista entrou assim para o grupo dos cinco melhores cientistas do mundo em electrónica transparente. Viu premiado o seu trabalho na área da electrónica transparente, mas são os projectos dos transístores transparentes e dos transístores em papel que lhe têm dado maior destaque.
Basta fazer uma pesquisa na net, nas palavras “paper transistor” e ver quantas páginas são dedicadas à descoberta desta cientista portuguesa. Este é um dos maiores inventos mundiais na área da nanotecnologia e pode ser um salto muito lucrativo para as indústrias de informação e entretenimento. O prémio europeu vem ajudar esta brilhante académica e a sua equipa científica a prosseguirem a investigação no CENIMAT (Centro de Investigação de Materiais que dirige há dez anos) da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Ontem viemos a saber, através da leitura do “Página 1”, que é incompreensível ver governo e empresários a esbanjarem os escassos recursos que temos para tentar defender o indefensável, enquanto esta descoberta inovadora e milionária de um grupo de cientistas portugueses é pura e simplesmente ignorada no país que enche a boca com o “choque tecnológico”.
Vendo todas as portas fechadas em Portugal, os inventores dos já célebres e reconhecidos em todo o mundo “transístores de papel” venderam a patente a empresários brasileiros.
São exemplos destes que não deixam esquecer que “a crise” não é desculpa para tudo.
É a forma como se enfrentam os desafios que faz a diferença entre as economias dinâmicas e um país que sistematicamente prefere especializar-se no lucro fácil e em comprar aos outros, em vez de produzir com a riqueza que tem à mão.
A cientista entrou assim para o grupo dos cinco melhores cientistas do mundo em electrónica transparente. Viu premiado o seu trabalho na área da electrónica transparente, mas são os projectos dos transístores transparentes e dos transístores em papel que lhe têm dado maior destaque.
Basta fazer uma pesquisa na net, nas palavras “paper transistor” e ver quantas páginas são dedicadas à descoberta desta cientista portuguesa. Este é um dos maiores inventos mundiais na área da nanotecnologia e pode ser um salto muito lucrativo para as indústrias de informação e entretenimento. O prémio europeu vem ajudar esta brilhante académica e a sua equipa científica a prosseguirem a investigação no CENIMAT (Centro de Investigação de Materiais que dirige há dez anos) da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Ontem viemos a saber, através da leitura do “Página 1”, que é incompreensível ver governo e empresários a esbanjarem os escassos recursos que temos para tentar defender o indefensável, enquanto esta descoberta inovadora e milionária de um grupo de cientistas portugueses é pura e simplesmente ignorada no país que enche a boca com o “choque tecnológico”.
Vendo todas as portas fechadas em Portugal, os inventores dos já célebres e reconhecidos em todo o mundo “transístores de papel” venderam a patente a empresários brasileiros.
São exemplos destes que não deixam esquecer que “a crise” não é desculpa para tudo.
É a forma como se enfrentam os desafios que faz a diferença entre as economias dinâmicas e um país que sistematicamente prefere especializar-se no lucro fácil e em comprar aos outros, em vez de produzir com a riqueza que tem à mão.
13 Comentários:
Precisamos dela, talvez desenvolva uma forma de aplicar a transparência à nossa vida pública, à nossa justiça, à...
Bela música de fundo,
a "Morning Passage"!
pois é meu amigo, mais uma vez dou a mão à palmatória... sabes, ao ler o comentário do Quintino lá no Notas, apercebi-me que o faço eu também, dizer de alguém que faz algo de errado "só podia ser português", força do hábito ou vontade de separar-me da matilha?
Acho que está inscrito no nosso subconsciente nacional, que o nacional não é bom, a não ser que sejam os estrangeiros a dizê-lo...
Peter
Este é um exemplo que deve ser apregoado aos quatro ventos.
Como este temos outros.
Só que os nossos valores são subestimados, omitidos enquanto os medíocres e corruptos são promovidos.
Peter este post deveria ser de leitura obrigatória.
Abraço
Ora bem... como eu axo este cantinho merecedor de uma boa leitura como eu aqui costumo encontrar, axo que merece um prémio pa si lá no meu cantinho ... jitos...
SILÊNCIO CULPADO
Somos todos portugueses e estamos enfrentando grandes dificuldades. Estaremos todos nessa situação?
Parece que não, pois foste a única pessoa que mostrou o seu desagrado, ou melhor, "revolta" pelo facto de:
"Vendo todas as portas fechadas em Portugal, os inventores dos já célebres e reconhecidos em todo o mundo “transístores de papel” venderam a patente a empresários brasileiros."
Onde estão os investidores portugueses?
vbm
[Bela música de fundo,
a "Morning Passage"!]
É um comentário demonstrativo da tua enorme cultura.
Comos sabes, pois és um dos colaboradores do blogue, a música é sempre escolhida e colocada pela "bluegift".
A ausência de reconhecimento aos valores lusitanos não é de agora, antes um facto e uma certeza com anos, séculos até.
Quanto aos investidores portugueses, esses normalmente gostam de investir à sombra tutelar do Estado e de preferência com "mama" garantida!
daqui a uns 30 anos, quando o investimento no préprimário e nos magalhães e num novo ensino começar a dar os seus frutos, talvez já não sejamos assim tão pequeninos.
Não adianta apontar o dedo aos «investidores nacionais»; não somos os primeiros a preferir produto estrangeiro ao nacional nas compras que fazemos?
alf
Trata-se de não aproveitar e desenvolver uma descoberta que, pelos vistos, foi premiada e cobiçada internacionalmente.
Certamente que o dinheiro seria muito melhor empregue do que no BPP ou no BPN.
Peter, desculpe a brincadeira mas vou parafrasea-lo: então queria que os nosso investidores aceitassem investir o seu dinheiro numa desconhecida PORTUGUESA que dá aulas ali para a caparica? Então algum português vai acreditar que outro português possa ter feito algo notável?
Os portugueses nunca são reconhecidos pelos seus pares, mas sempre no estrangeiro; os portugueses só reconhecem aqueles que os outros já reconheceram.
«Tou certo ou tou errado?»
alf
Continuando a "brincadeira":
- a Elvira Fortunato não é uma desconhecida e muito menos a sua descoberta, basta consultar o Google;
- mas o "alf" é-o rsrsrs
Peter
Não é uma desconhecida AGORA, depois de ter sido reconhecida Internacionalmente.
«Santos da casa não fazem milagres»
Já viu o que é aparecer uma pessoa que põe uns tinteiros especiais numa impressora, faz umas quantas impressões numa folha de papel, e depois sai dali um circuito de elctrónica sofisticado, como um display, por exemplo? Sem o reconhecimento internacional, quem iria acreditar??? Afinal, as pessoas até passam a vida a dizer que já está tudo descoberto...
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