A nossa Justiça (recortes)
“(…) a política criminal portuguesa parece acreditar ingenuamente que todas as pessoas são boas, fazendo quase tudo para evitar a sua ida para a prisão. Dá para desconfiar que leis com tantas garantias para criminosos não tenham como objectivo principal nem a Justiça, nem a Segurança, mas antes a poupança do Estado com o sistema prisional. (…)” (Armando Esteves Pereira, Director Adjunto, Correio da Manhã, 10 Abril 2009)
“(…) a cultura geral é a do recurso: se eu tiver dinheiro e um bom advogado, posso conduzir quase de certeza um processo até à prescrição.”( António Cluny, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, in revista “tabu”, SOL de 10 Abril 2009)
A criminalidade grupal aumentou 35 % em 2008, face a 2007, enquanto a delinquência juvenil desceu 43,7 % em igual período.
O deputado do PSD Fernando Negrão considerou "muito preocupantes" os dados que revelam um aumento de 35 % da criminalidade grupal em 2008, frisando que "é cada vez mais organizada e armada".
"Estes dados são muito preocupantes e são a confirmação do grave problema da mudança do tipo de criminalidade em Portugal. Hoje a criminalidade é cada vez mais organizada e mais armada", afirmou o deputado Fernando Negrão, em declarações à Agência Lusa.
A criminalidade grupal aumentou 35 % em 2008, face a 2007, enquanto a delinquência juvenil desceu 43,7 % em igual período, revelam dados do gabinete do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna.
Quanto à descida da delinquência juvenil, Fernando Negrão sublinhou que "em Portugal a delinquência juvenil, e a criminalidade praticada por menores de 16 anos isoladamente nunca teve grande expressão".
O que deve "justificar mais atenção do Governo", defendeu, é o "crescente número de jovens, com mais de 16 anos, que praticam crimes de forma organizada" e a "mudança qualitativa" da criminalidade em Portugal. (Jornal de Notícias, 11 Abril 2009)
Como é que nós podemos acreditar e confiar nela? Sem uma Justiça credível, não há Democracia.
8 Comentários:
Espero que não Carol, para segurança de todos nós. Já chegámos ao ponto de ir comprar um tubo de aspirina, ou estar a beber um café, ou a meter o carro na garagem, etc,etc,etc, e levar um tiro.
Infelizmente a justiça em Portugal é quase como diz o Carol está em vias de extinção .è uma coisa rara . E quanto mais dinheiro ouver mais corrupta é.
um Abraço
alex
A propósito do assunto e justificando a sua canção "Sem Eira Nem Beira", que está a ser um êxito, Zé Pedro, dos Xutos & Pontapés, diz:
«Não queremos fazer um ataque político a ninguém. A letra exprime mais um grito de revolta. E é um alerta para o estado da Justiça e para uma classe política em geral que, volta e meia, toma atitudes que deixam os cidadãos desamparados»
Ver vídeo em:
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=132146
Dizem que, durante ditadura militar, os ministros da Justiça e da Educação encontraram-se na ante-sala do general presidente. O da Educação perguntou: - como está o homem hoje? Ministro da Justiça: - ótimo, aprovou a expansão de prisões especiais, com bilbiotecas, ares-condicionados, saunas e outras benfeitorias. Em sua audiência, o ministro da Educação não conseguiu aprovar um projeto, então refilou: - será possível, o ministro da Justiça conseguiu dinheiro para todos melhoramentos das prisões especiais que ele criará! Respondeu-lhe o general presidente: - você acha que se cairmos iremos para a universidade ou para a prisão especial?
Parece-me o caso da leniência citada na legislação portuguesa.
Manoel Carlos
Preocupante o estado da Justiça. preocupante o número crescente de assaltos à mão armada. Preocupantes o sinais de estar a crescer o crime em grupo organizado.
Democracia sem justiça, não existe como bem dizes.
Beijos
Papoila
O estado da Justiça, em Portugal, é péssimo e não tem parado de agravar-se para quase dois terços dos empresários e gestores associados da ACEGE, a Associação Cristã de Empresários e Gestores.
Esta é uma das principais conclusões do estudo levado
a cabo pela Netsonda para a ACEGE , em parceria com a Renascença e o Semanário Económico.
Manoel Carlos
Um ministro da justiça previdente...
Peter
A crise na justiça justificará o fim desta pseudo-democracia.
Melhores dias virão porque piorar já não se pode muito mais.
Abraço
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