terça-feira, abril 21

Que não nos falte memória

“O ciclo eleitoral aproxima-se com o país completamente afundado no “disparate político” que afasta a cada dia o eleitorado de bom senso, eleitorado que não se revê minimamente nas alternativas que tem ao dispor.
Sem saber o que fazer perante a crise, o governo reage com uma fingida hiperactividade e multiplica-se na política do pacote inventado no momento, para responder às críticas que surgem todos os dias.
O PSD declarou guerra a toda e qualquer técnica de marketing e comunicação e faz tudo exactamente ao contrário do que seria aconselhável.
PP e CDU fecharam para reflexão e não estão a conseguir tirar vantagem do descalabro do centrão.
Perante tudo isto, o Bloco de Esquerda vai aproveitando o vazio e o descontentamento geral para acenar com “amanhãs que cantam” num novo partido de esquerda que faça renascer a chama do socialismo como resposta à crise.
O cenário é assustador e pede respostas urgentes.
Com partidos novos, e há dois que se apresentam às próximas eleições, ou com o renascer dos velhos, é urgente que o centro e a direita saibam encontrar respostas governativas credíveis.
É verdade que não há vazios em política, mas também é verdade que os regimes mais perigosos nasceram sempre em alturas de confusão, corrupção e falta de convicções. Que não nos falte memória histórica, apenas 35 anos após o 25 de Abril.”

(Raquel Abecasis, in Página 1 de 20 Abril)

14 Comentários:

Às 21 abril, 2009 11:08 , Blogger Ant disse...

No sábado estive a tocar, a convite de uma associação, num evento comemorativo do 25 de Abril. Na altura aproveitei e, em vez de tocar 5 ou 6 canções, teci algumas considerações sobre a memória de uma "revolução".
Estes 35 anos caem num momento particularmente confuso e importante. As eleições livres (?) serão uma das conquistas mais importantes desse momento.
No entanto, culpar um qualquer governo deste laxismo político é redutor. Todos os indivíduos que se sentam no Parlamento são culpados. Nós somos culpados; como dizia William Reich no seu "Escuta Zé Ninguém".
Aliás, a esquerda deveria assumir a sua mea culpa (...ou a culpa inteira... - trocadilho...) por não ter sabido estar à altura de ser diferente.
A maior tristeza de quem está atento (minimamente pelo menos) é perceber a diferença entre as ideologias e as práticas e aí não há dúvidas, onde estão as diferenças dentro do espectro político quando se fala em acção?
É que não basta dizer-se que somos isto ou aquilo e fazer grande fumo nas datas importantes ou em frente às câmaras de TV e jornais.
O que se passa neste país é a total falta de referências que nos permitam olhar com algum, mesmo pouco optimismo quando se pensa na governação do país, desde as autarquias ao governo.

Isto já dava um post.......... por isso páro por aqui.......

Abraços Peter

 
Às 21 abril, 2009 11:46 , Blogger Peter disse...

Ontem ouvi o debate (?) na RTP1 entre os candidatos ao Parlamento Europeu.
Tive pena do candidato do PS que não sabia o que andava ali a fazer.
O do PSD está ainda um bocado "verde" e acabou por cometer algumas "gaffes".
O do CDS não esteve ao nível a que nos habituou nas suas intervenções na comissão parlamentar que está a analisar o caso BPN.
A do PCP, combativa, mas dentro da cassete habitual.
De longe o melhor e mais bem informado, foi o do BE.

Como não me revejo no candidato do meu partido, nem no seu secretário geral (este ainda muito menos) não vou votar no dia 7 de Junho. Espero que esteja um bom dia de praia.

Quanto ao 25 de Abril é pena que não tenhas acesso ao Boletim da Associação. Traz lá um artigo do coronel Fontão que te daria um conhecimento mais completo e verdadeiro sobre o 25 de Novembro.

 
Às 21 abril, 2009 11:54 , Blogger Ant disse...

Amigo, tive po prazer de entrevistar um coronel que está por dentro.
Além disso conheço muita gente... :))
Quanto ao 7 de Junho é melhor repensares. Há sempre os monárquicos (uma boa escolha) e o NULO (melhor que o branco).
Ainda não concordo com o Saramago por completo.

e o teu partido é...? Não digas que... ha pois... di pioria..
;))

 
Às 21 abril, 2009 13:10 , Blogger Peter disse...

Então pede-lhe para te arranjar o Boletim da Associação 25 de Abril, o último, e lê o artigo do coronel Fontão.

Tens razão o NULO é melhor do que o BRANCo, até dá para escrever lá umas verdades...

P.S. - Se estiveres interessado, talvez te consiga arranjar a Revista.

 
Às 21 abril, 2009 13:22 , Anonymous Anónimo disse...

O risco é que, por falta de memória, entre-se em looping e a história só se repete como tragédia ou como farsa.
Manoel Carlos

 
Às 21 abril, 2009 14:43 , Blogger Lúcia Laborda disse...

Aqui também temos esse problema, durante o período das campanhas, esquecemos a vida pregressa dos candidatos e nos deixamos levar pelas conversas ilusórias e fantasiosas...
Boa semana! Beijos

 
Às 21 abril, 2009 15:14 , Anonymous Anónimo disse...

Que não nos falte...

 
Às 21 abril, 2009 17:51 , Blogger Alexa disse...

Realmente o nulo é melhor que o branco e é isso que vou fazer nestas eleições de palhaçada.
Abraço

 
Às 21 abril, 2009 18:39 , Blogger vbm disse...

O branco pode ser branqueado na mesa eleitoral no partido do membro da mesa eleitoral. No nulo, esse perigo está erradicado. Mas não votarei nulo nem branco nem ps nem psd nem cds nem bloco.

 
Às 21 abril, 2009 21:32 , Blogger SILÊNCIO CULPADO disse...

Peter

Oremos pois só com muita oração pode acontecer um milagre.
Que milagre?
Termos um candidato a Primeiro-ministro que seja credível e tenha um programa credível.

Será pedir muito?


Abraço

 
Às 21 abril, 2009 23:06 , Blogger Peter disse...

SILÊNCIO CULPADO

Não existem milagres e a entrevista (?) do primeiro ministro hoje na RTP1 deixou-o bem claro.
Entrevista ou discurso?

"Words, words and more words"

 
Às 22 abril, 2009 11:04 , Anonymous Anónimo disse...

Meu caro amigo peter admiro o teu estoicismo para ter visto de enfiado dois melodramas ... isso faz mal à saúde!

 
Às 22 abril, 2009 11:47 , Blogger Peter disse...

FP

Não os vi até ao fim, deixei-me dormir...

 
Às 22 abril, 2009 18:50 , Blogger Papoila disse...

Querido Peter:
Ao fim de 35 anos estamos a viver um verdadeiro tédio político com alguns xicos espertos a pulular... Preocupante!
Beijos

 

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