Relendo Mia Couto
“Aqui só chega ao futuro quem vive devagarzito. Nos cansamos só a afastar os maus espíritos. Não estou a desarmar em esperto. Espere, já me exemplifico.
Falo assim de nossos actuais chefes. Não devia falar, ainda por cima consigo, um estrangeiro de fora. Ainda assim, falo. Porque esses chefes deviam ser grandes como árvore que dá sombra. Mas têm mais raiz que folha. Tiram muito e dão pouco. Veja esse malfadado do enteado do administrador. Eu lhe encomendei um mau destino: o moço vai morrer de tanta riqueza apressada.”
(“O último voo do flamingo”)
Li outro dia, já não sei onde, que vão adaptar este romance ao cinema. Talvez pudesse ser filmado em Portugal…
7 Comentários:
:)
Adoro a escrita do Mia.
Muito boa a releitura...
Beijos
Papoila
Uma releitura oportuna.
P.S.- Aos domingos escrevo no "notas soltas...ideias tontas" http://notassoltasideiastontas.blogspot.com/ já há uns meses. Não queres passar por lá? Está nos n/links.
Peter,
Foi no Público...
O romance "O último voo do flamingo", do escritor moçambicano Mia Couto, vai ser transposto para o cinema pela Fado Filmes, e as filmagens começam a 18 de Março em Marracuene, Moçambique, disse o responsável da produtora, Luís Galvão Teles.
A realização estará a cargo do moçambicano João Ribeiro que, com esta obra, se estreia na longa-metragem....
Sobre o texto, palavras para quê?
Sou uma incondicional do Mia Couto.
Um abraço
Meg
Este texto de Mia Couto fez-me lembrar algo.
Peter,
Que coincidência! A mim também.
É também por isso que gosto do que Mia diz e a forma como o diz... as árvores que têm mais raízes que folhas. Tiram muito e dão pouco.
Um abraço
não falariam figurantes. e figurões...
abraços
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