Justiça é o pior sector após quatro anos de Governo
Justiça: a pior. Segurança Social: a melhor. É esta, após quatro anos, a avaliação dos portugueses face às diversas áreas de actuação do Governo PS liderado por José Sócrates. A hora é de balanço e a Oposição critica. À Direita, Portas também critica, mas insinua-se a um eventual PS sem maioria absoluta, lá para o Outono.
A oposição, em bloco, não esconde críticas severas ao desempenho do Executivo. A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, disse que os últimos quatro anos foram marcados por um quadro de promessas por cumprir o que conduziu o país para um empobrecimento inaceitável.
O líder da bancada parlamentar do PCP, Bernardino Soares, afirma que o Governo agravou a vida dos portugueses.
Francisco Louçã em declarações à Renascença, disse que, nestes quatro anos, “tudo se tornou mais difícil para as pessoas”.
“Os portugueses comprovam certamente que a sua vida está, em quase todos os aspectos, pior do que há 4 anos. Não só porque, com a crise internacional, aumentaram brutalmente o desemprego, as dificuldades da economia e os encerramentos das empresas, mas, porque mesmo antes de aparecer a crise internacional, já o nosso país tinha os mais elevados índices de desemprego e já o Governo avançava com o Código do Trabalho”, disse Mário Soares.
Isto é a nossa vida, o nosso dia-a-dia. Eu não compreendo o dizer-se: “a política não me interessa”. Parece que voltámos aos tempos do Salazar. Nessa altura era o que as pessoas diziam, com medo de arranjarem problemas com a PIDE/DGS.
Agora dizem-no “com medo de perderem o emprego”.
Se calhar…
17 Comentários:
Sempre fomos um país dado ao medo. mas olha que agora não é infundado...
Vê-se. Até já nem se atrevem a comentar ...
Com este governo, podemo-nos considerar mais pobres. Algumas regalias que as pessoas tinham, Sócrates acabou com elas, nivelando tudo pela bitola mais baixa...Veja-se o caso dos funcionários públicos!
As pessoas andam crispadas e perderam a alegria de viver.
A FOME voltou a Portugal e a camadas da população impensáveis...
Compadre Alentejano
Compadre Alentejano
Se não viste na TV, vê aí no vídeo a entrevista do Mário Crespo ao Medina Carreira e depois diz-me se este tem ou não razão.
Como dizes: "as pessoas andam crispadas e perderam a alegria de viver."
Transformámo-nos em "zombies".
Peter,
Quem é que não comenta?
Então alguém tem dúvida que além dos meios, nos tiraram o ânimo?
Fome, tuberculose aí pelos hospitais, com os números bem escondidos para ver se o pessoal não se apercebe...
E a fome, mas também o descalabro e pouca vergonha de tanta gente "importante", a corrupção, traz muita da criminalidade que por aí se vê... perdido por cem, perdido por mil.
E olha que por falar em PIDE/DGS... não sei...
Um abraço
ps: foi daí que pediram o Mia?
Tenho medo,um medo que não consigo exprimir.As pessoas não querem tocar nestes temas do tipo Medina Carreira.Como nos adaptaremos ? Teremos forças para tal??Vou lendo opiniões e vejo muito pessimismo, contudo parece que lá fora ( e cá dentro, da minha casa) tudo vai fluindo.Sinto necessidade de saber a verdade, porque não sei se vou ou devo ficar..Cheia de duvidas. Ano de eleiçoes, péssimo !!!
Meg
Tocaste num ponto importante: a tuberculose.
Praticamente extinta, ela aí está contangiando todos.
Acabaram com os camiões que faziam o rastreio e com a obrigatoriedade da vacina para quem pretendia matricular-se nas Universidade e aí está o resultado.
O desemprego, a fome, a má alimentação e o consumo de drogas, enfraquecendo os organismos, abrem-lhe o caminho.
Anónimo
Eu tenho medo. Tenho medo de ir engrossar o número daqueles que constituem a "pobreza envergonhada".
Quem tem idade, especialização profissional, ou habilitação de ensino superior, não está cá a fazer nada.
A Finlândia tem necessidade de técnicos.
é preciso apontar o dedo à verdadeira causa da nossa desgraça: o mundo evoluiu, os camponeses e os operários já eram, e nós somos um povo onde metade ou mais da população é analfabeta funcional. Assim não dá. Somos o pais com menos formação da europa, teremos de ser o mais pobre e com mais desempregados. Seja qual for o governo.
Remédio: dar um chuto no sistema de ensino que continua alegremente a produzir uma inacreditavel taxa de excluídos. Pegar nas crianças assim que saem do berço para começar a despertar os seus cerebrozinhos.
É isso ou emigrar para África.
alf
Temos um problema premente que é o desemprego e temos do resolver. Não se resolve com obras faraónicas, mas sim protegendo, incentivando, mas também fiscalizando as PME. São elas que poderão dar solução ao problema e garantir a continuidade no emprego.
Não me considero estúpido, por isso não compreendo nem aceito a construção do TGV.
Quanto a emigrar para África terá de ser o futuro a curto prazo. Mas não será fácil, nem se poderá ir à aventura. A revista VISÂO publicou um excelente artigo sobre a emigração para Angola.
Peter
Proteger o emprego mas que emprego? É que já não há emprego para pessoas que são analfabetos funcionais.
Seria como dizer que é preciso proteger os camponeses. Mas isso não é possível, a agricultura já não se faz com componeses, como a pesca não se faz com pescadores artesanais e a produção não se faz com operários.
As PME não podem fazer nada, têm de funcionar como as suas concorrentes, empregando pessoas qualificados e usando meios de produção sofisticados.
Temos de inventar emprego para pessoas não qualificadas. Investir em produtos artesanais, produtos cujo valor esteja no fabrico manual.
Mas para a grande maioria dessas pessoas, que já têm alguma idade, a única solução é uma reforma.
Na sociedade actual a maximização da riqueza produzida não se obtem pondo toda a gente a trabalhar.
Se vir o meu post de 25 de Julho de 2007 (e, se tiver paciencia, os relacionados) verá que estamos noutro paradigma.
O governo anda À procura de obras que ocupem pessoas não qualificadas. Não podemos olhar para os custos absolutos dessas obras mas para os relativos - ou seja, se não fizer isso, vai estar a pagar subsidio de desemprego e reformas a essas pessoas. Ou seja, o custo de mão de obra neste cenário deve ser vizinho de zero.
O problema do TGV é a grande quantidade de importações associadas. Que pode ser negociado em contrapartidas, mas está-me a parecer que o Mário Lino não é pessoa para isso. Por isso a contestação à sua continuidade - é preciso alguém que consiga negociar contrapartidas de tudo o que for immportado.
Peter obg hei-de voltar a passar por aqui para mais discussão
alf
Discordo completamente da sua resposta.
O Alentejo está nas mãos de estrangeiros, que não estariam lá se não fosse rentável. São todos universitários?
Portugal perdeu julgo que 840 millhões de euros atribuidos pela UE à nossa agricultura. Nada fez, não tinha projectos.
Nas PME uma firma de calçado está a obter sucesso mundial com a fabricação de sapatos especiais para golf. É um exemplo.
Fizemos sucesso mundial com a descoberta de transistores de papel. Alguém pegou no projecto?
Diz:
"Na sociedade actual a maximização da riqueza produzida não se obtem pondo toda a gente a trabalhar."
Agradecia que não me substimasse.
"O governo anda à procura de obras que ocupem pessoas não qualificadas."
Toda a gente vê isso. Olhe ponham-nos a tapar os buracos onde plantaram as couves.
Quanto ao TGV nada justifica a sua construção. Os argumentos contra são tantos que me abstenho dos enumerar.
Peter
Vejamos a agricultura ou o turismo; em Espanha, o governo tem uma política pro-activa, é o Governo que desenvolve muitos projectos e depois vai convencer as pessoas a assumi-los; não está à espera da inicitiva privada.
por outro lado, vai de encontro aos que têm projectos em curso e apoia-os, como conhecimento especializado sobretudo e com recursos qd necessário.
Cá isso não acontece. Por várias razões. Porque não há pessoas com conhecimentos em quantidade que o governo possa usar nessas funções; porque os destinatários dessas acções tb não têm preparação para lhes dar continuuidade; porque isto foi tomado de assalto por pessoas que andam a ver se safam e não estão disponiveis para se mobilizarem para tarefas que «vão enriquecer os outros»
Mesmo assim, no que toca à agricultura, melhorou imenso desde o 25 de Abril a actuação do governo.
Vivemos estes anos todos desde o 25 de abril numa sociedade sem ética, em que os espertos treparam para os lugares de decisão onde decidem ... a seu favor. Eu penso que o grande problema do momento está aí, e parece-me que este é o primeiro governo que consegue alguma coisa nessa área.
por isso eu não atiro pedras ao governo. Para não ser confundido que as pessoas que só o fazem para que tudo fique na mesma. Não vislumbro, por agora, nenhum alternativa ao Sócrates para que isto mude. Não quer dizer que o não critique, mas não lhe atribuo as culpas que são nossas.
É por culpa do Sócrates que a Justiça é o pior sector? é sequer culpa dos políticos? de certa forma é... foi um "deixa andar" estes anos todos...
alf
Concordo:
"Vivemos estes anos todos desde o 25 de abril numa sociedade sem ética, em que os espertos treparam para os lugares de decisão onde decidem ... a seu favor. Eu penso que o grande problema do momento está aí, e parece-me que este é o primeiro governo que consegue alguma coisa nessa área."
Discordo no que respeita à Justiça:
- há um Ministro da justiça, ou não há?
- as leis, sobre as quaia o próprio PR tem vindo a apontar problemas, são, ou não são, aprovadas pelo PS, partido dominante na AR?
Quanto ao Alentejo, eu sou alentejano e sei bem o que se passa. Dá uma volta por lá e procura informar-te. Exceptuando pequenos "montarecos" comprados pelos novos-ricos, para as suas casas de campo, os grandes empreendimentos, especialmente olivais e vinhas, estão nas mãos de espanhóis e holandeses.
(aditamento)
E, já agora, também a criação de gado.
Peter
vai longa esta conversa hehe.. só dois apontamentos:
1 - não há investimentos portugueses na agricultura porque... somos demasiado impreparados para o fazer. Onde estão as pessoas para o fazer?
2- A Justiça é o pior sector e é, por definição, o mais independente do Governo. Coincidência?
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