Crises…
Aos poucos sinto que tenho a solução para resolver a crise.
Ando há muitos dias a reflectir sobre o assunto e, de facto, não é assim tão difícil.
Talvez seja necessário alterar as prioridades.
Vejamos.
Lamentavelmente nãoconsegui poupar mais nas palavras...
A génese
A crise começou há uns anos quando a economia entrou em espiral descendente.
Porquê?
Porque a economia é um vírus. Um vírus que ataca os indivíduos. E como com todas as viroses, há quem seja mais imune e há quem seja mais frágil.
Neste caso, a necessidade de alimentar um sistema, que se baseia no consumo ilimitado de recursos ilimitados, foi atacando, implacável, através de todos os meios, e atingiu-nos a todos, de uma maneira ou de outra.
Insensibilidade
Como a economia é insensível, não olhou para os destinatários da sua necessidade: as pessoas. As pessoas, ou pelo menos a maior parte delas, que passam a ser números de contas bancárias, não tiveram oportunidade de se defender. Assim, fomos alimentando guerras, que por sua vez alimentavam produtores de armamento, de sistemas de comunicação, jornais, televisões, fabricantes de brinquedos, construtores de prédios e casas. Fomos alimentando experiências tecnológicas várias que deram origem a novas aeronaves, automóveis, fábricas.
Consumo
Bombardeados com estes novos brinquedos, quisemos fazer parte do grupo eleito.
E comprámos. Em todo o mundo.
Para atingirem os seus fins, a economia e a gestão, serviram-se de pessoas que auferem, cada vez mais, menores salários, sem regalias sociais (ou poucas): China, África, Europa de Leste, etc., etc., até chegar à Europa, Estados Unidos, etc., etc.
A lista peca por defeito. O destinatário do consumo é o próprio consumo e, no limite, a economia ela própria.
Falência do afecto
(Vídeo: Trabalhos de Casa - D'age ao vivo)
O panorama não é agradável. Os multimilionários estão a ganhar menos.
E nós com eles.
Aumenta a criminologia. Desagregam-se famílias.
O amor desvanece-se em troca de outros desejos.
Já quase ninguém arrisca uma vida em comum porque esse projecto pode falir por causa da economia familiar.
A solução parece ser uma nova ordem de destribuição dos estímulos mais básicos e animais pelo maior número de indivíduos que correspondam à nossa fantasia de perfeição.
A solução
Permito-me insistir no motivo que ainda me faz escrever na Net ou nas canções.
Acredito que só nós, as pessoas, deveríamos ser os destinatários privilegiados de todas as invenções, de todas as riquezas, de todos os prazeres.
A César o que é de César.
Quem investe deve ser recompensado.
Só que a grande recompensa deveria ser a felicidade das pessoas e não de um sistema que viva delas e não para elas.
A solução da crise é assumir que as necessidades básicas dos indivíduos já não são apenas comer, dormir e fornicar.
Toda a gente deveria poder viajar pelo menos uma vez na vida para fora do seu país.
Toda a gente deveria ter acesso à cultura e ao lazer sem pensar que esses 40 ou 50 euros vão fazer falta para comprar bananas, fraldas, roupa, etc.
A lista do que toda a gente deveria poder fazer pode ser completada. É enorme.
Senhores multimilionários, senhores governantes, a crise é facilmente debelada quando os Senhores deixarem de olhar apenas para os vossos umbigos.
É que toda a gente tem um, sabiam?
Convido a uma visita aqui: http://amplificador.blogspot.com/
4 Comentários:
Bom texto, Ant...
Sim, a lista é enorme...
Os livros não deviam estar tão caros, por exemplo...
Beijos e abraços
Marta
"Senhores multimilionários, senhores governantes, a crise é facilmente debelada quando os Senhores deixarem de olhar apenas para os vossos umbigos."
Os milionários com a crise têm ficado apenas menos multimilionários. Os desempregados ficaram sem nada.
Como é que podemos aceitar que o homem mais rico de Portugal mande para o desemprego 200 dos seus trabalhadores, por estar com menos lucros?
Muito bem observado.
Coitados dos multimilionários!!!
Não há moralidade, não há solidariedade... não há "vergonha na cara" desses senhores.
E ninguém tem mão "nisto"?
Um abraço
Oie lindinho! Acho que realmente você tocou no ponto certo. As pessoas acabam entrando nessa mesma paranóia. Daí fica mais difícil ainda, encontrar a solução.
Beijos
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