sexta-feira, março 6

Opção: solidão

Não sei se é um artigo interessante, mas depois de ler o post do Peter sobre a sexualidade, virtual ou não – sobre esta problemática já escrevi algumas vezes –, apeteceu-me escrever sobre o cada vez maior número de pessoas que optam por viver sozinhas.

Originários de famílias ditas normais, alguns de nós, independentemente da faixa etária ou sexo, procurou de alguma maneira estabelecer relações afectivas duradouras.
Uns conseguimos, outros não.
Dos que conseguimos, uma boa parte deseja ou gostaria de arquivar a monogamia e deixar-se levar pelas seduções possíveis (ou impossíveis) e passar ao (s) acto (s). Uma outra parte segue mesmo para bingo e depois… há… os (as) mentiroso (as).

Independentemente da opção que escolhemos, muitos somos, também, aqueles que, falidas que foram as tentativas de constituir uma família mais comum (ou não?) – ou porque fomos observando as falências alheias –, muitos somos, dizia eu, os que optamos por estar sozinhos.
Optamos por chegar a casa e não ter chatices, a não ser o que fazer para o jantar ou como nos entretermos sem ficarmos feitos idiotas, agarrados ao comando da TV.

Esta é uma realidade curiosa.
Cada vez temos menos tempo para estar com alguém que nos contrarie. Cada vez nos apetece menos perguntar, ou que nos perguntem o que vamos comer.
E, no entanto, cada vez mais, falamos de solidão.
E cada vez mais, falamos da solidão das crianças e dos idosos. E da falta de opções de lazer para as famílias.

Curiosamente, ou não, na net todos somos românticos (e trôpegos).
O número de poemas, artigos, comentários, fotos, etc., subordinados ao tema do amor e da paixão, é imenso.
Curiosamente, ou não, preocupamo-nos – uns mais, outros menos – com os “casamentos” de homossexuais, problemática que atingiu laivos de histerismo, quando muitos de nós não consegue, porque sim ou porque não, manter as suas relações.

6 Comentários:

Às 06 março, 2009 15:39 , Blogger Peter disse...

Muito interessante o teu artigo que merece ser analisado e discutido pois tem muito de verdade.
Gostei imenso do vídeo que tem um pormenor curioso: o cenário retrata a ilha grega de Santorini.

P.S.-Tenho andado com um ataque de "preguicite aguda". Não me apetece fazer nada.

 
Às 06 março, 2009 17:32 , Blogger vbm disse...

Há uma fórmula que não é socialmente aceite mas que está por provar não ser uma solução razoável: o casamento poligâmico. Contraria a solidão, promove a tolerância, permite compensar as reduções vulgares da líbido feminina, cultiva a solidariedade e fomenta a paz.

 
Às 06 março, 2009 18:21 , Blogger escarlate.due disse...

adorei a animação até porque é um género cinematográfico que me fascina.

quanto à solidão entendo que viver-se só e ser-se solitário não são sinónimos.

sobre o casamento entre homossexuais já me pronunciei.

relativamente à internet, não a vejo como local "casamenteiro" até porque defendo que o é sem dúvida um mundo mas um mundo virtual que não substitui o mundo real

 
Às 06 março, 2009 18:57 , Anonymous Anónimo disse...

Opções.....

às vezes apetece ter o que se tem, ser-se o que se é.
às vezes apetece ter o que se não teve, ser-se o que se não foi.
às vezes parece um jogo.....
as opções que escolhemos obrigam-nos, umas vezes a jogar por cima, outras, a deixar passar a mão*

 
Às 06 março, 2009 18:59 , Anonymous Anónimo disse...

"...jogar por cima...deixar passar a mão." D´age

 
Às 07 março, 2009 10:51 , Blogger tagarelas disse...

Muito interessante este artigo. O que mais apreciei, foi a honestidade da abordagem. Eu tambem acredito que a razao das nossas relacoes, sejam elas familiares ou ate mesmo de amizade, falharem, tem a ver com o facto de nos estarmos a tornar cada vez mais individualistas. Ganhamos a tranquilidade e a solidao.

 

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