domingo, novembro 2

FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS


As Forças Armadas Portuguesas encontram-se no cumprimento do seu dever, servindo a Pátria, no Kosovo, no Afeganistão e no Iraque.

As Forças Armadas Portuguesas são merecedoras da estima e consideração dos seus concidadãos, como sucede aqui na vizinha Espanha. Em Portugal não o são.

O jornal Correio da Manhã quando se refere a elas fá-lo pela negativa.

O jornal Correio da Manhã, em artigo de página inteira, referiu-se aos vencimentos dos Altos Comandos das FA. Deduz-se que os não acha merecedores do que auferem.

O jornal Correio da Manhã, em artigo publicado a toda a largura da 1ª pág de hoje, 02NOV08, refere em letras garrafais:
CASAS DE GENERAIS COM RENDAS DE 100€
Deduz-se que para o jornal Correio da Manhã, um General pagar 100€ de renda de casa é escandaloso, mas pagar cêntimos pela renda duma casa atribuída pela CML, não o é.

O jornal Correio da Manhã refere dentro de um círculo e na mesma notícia:
“Militares têm 1543 casas”

O jornal Correio da Manhã, muito possivelmente tem a memória curta, o que não é de admirar, pois trata-se de um jornal saído depois do 25 de Abril.
Pois é, depois da data em que as Forças Armadas Portuguesas deram o primeiro passo no caminho da Liberdade e da Democracia.
Decorrendo uma guerra que exigia ao Governo português da época cada vez mais efectivos, tornava-se necessário captá-los através da oferta de regalias, como foi o caso das casas, às quais concorriam através de concursos públicos.

As Forças Armadas que, no cumprimento do seu dever, nunca é demais repeti-lo, se encontram no estrangeiro, não ficariam satisfeitas por saber, que as suas mulheres, filhos, pais, ou avós, podem vir a correr o risco de perderem as casas alugadas onde moram.

Certamente que tal não acontecerá.

(Foto: capa de “O livro das Forças Armadas Portuguesas” lançado em 26 de Junho)

32 Comentários:

Às 02 novembro, 2008 19:58 , Blogger Tiago R Cardoso disse...

uma instituição que merece o respeito e não mais uma que o estado considera de menos importância.

 
Às 02 novembro, 2008 21:41 , Blogger Peter disse...

Tiago

Segundo o escritor, ou "pivot" da estação oficial de TV, José Rodrigues dos Santos, as FA deveriam ser equiparadas ao Funcionalismo Público.
Seria uma inovação a nível mundial!

As FA têm uma característica "sui generis": abdicam da sua vida familiar e da própria vida para servir o País. Só por isso, se mais não houvesse, deveriam merecer o respeito de pessoas como JRS, que tem estado presente nos maiores conflitos bélicos.

O Prof Marcello Rebelo de Sousa salientou essa especificidade das FA exemplificando com o caso de esterilidade sofrida por militares em serviço no Afeganistão, motivada pelo uso de telemóveis especiais, dispondo de um dispositivo de não localização.

Aos FP pode acontecer algo parecido?

Segundo MR, o 1º Ministro parece não ser sensível a estes problemas.
Talvez o venha a ser em vésperas de eleições...

 
Às 02 novembro, 2008 22:13 , Blogger Peter disse...

Em Democracia as contas fazem-se nas urnas eleitorais. Há os que se sentem prejudicados, há os seus familiares, há até os amigos mais íntimos ...

Não estamos na América Latina e as FA, que deram a Democracia ao País, já são suficientemente amadurecidas.

Não aceito Associações, nem Sindicalismo dentro das FA. Os problemas quando existem e existem, deverão ser encaminhados através das estruturas de comando.
As Chefias e Comandos têm o dever de dar seguimento às queixas dos seus subordinados, assim como estes têm o direito de se queixar.

 
Às 03 novembro, 2008 08:43 , Blogger Compadre Alentejano disse...

Terá que haver uma grande reflexão nacional sobre se o país deverá ter forças armadas ou não!
Como este (des)governo está a tratar os militares, é que não vale a pena...
Compadre Alentejano

 
Às 03 novembro, 2008 09:30 , Anonymous Anónimo disse...

Apesar de admitir que aqui e ali a instituição castrense possa ter razões de queixa, devo dizer, em abono da verdade, que achei não só de péssimo gosto mas a roçar, nalguns casos, comportamento passível de punição declarações prestadas por alguns militares nos tempos mais recentes.

Assim como o ressurgimento de um Vasco Lourenço!

Não sei onde José Rodrigues dos Santos foi buscar a ideia do funcionalismo público, mas a verdade é que essa não pode ser assacada ao Governo pois basta conhecer a Lei 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, para saber que assim não é, nem será.
Qualquer discussão em torno disso, seja pelo Rodrigues dos Santos, seja pelo Professor Marcelo Rebelo de Sousa (um emérito especialista em tudo!) é poeira para os olhos.

Quanto à questão dos 100,00€ por uma renda de casa e ao concurso público, não duvido que assim seja e que o Peter tenha razão.
Ambas as situações referidas penso que mereciam ser corrigidas, uma por actualização do valor da renda e as de Lisboa por despejo!

Já agora, e esta é mesmo a minha opinião pessoal, no célebre caso Esmeralda nunca entendi porque é que um dos arguidos se apresentava regularmente em tribunal fardado quando, na verdade, queme estava a ser julgado era o cidadão e não o militar ou a instituião castrense.
Nem sei se isto é admissível, mas admito que à luz dos regulamentos militares o seja.

 
Às 03 novembro, 2008 09:55 , Blogger Peter disse...

Meu caro compadre, eu tb sou alentejano, tem toda a razão. É como disse o Vasco Lourenço no jantar:
- "se não querem FA acabem com elas."

Ao que isto já chegou!

 
Às 03 novembro, 2008 10:05 , Anonymous Anónimo disse...

Dos brilhantes serviços prestados pelas F.A. faz parte ser árbitro de futebol, para oficiais no activo?
E o querer tirar partido da farda, como referido no comentário anterior?
E os passeios/reuniões fardados no Rossio, alguns deles ainda imberbes, mas já falando de sacrifícios?
Peter, por muito que te custe, sabes muito bem por que se fez o 25 de Abril e então - só então - apareceram os defensores da Pátria. Achas mesmo que foi para instaurar a democracia?
Ou queres que eu conte mais coisas?
Dos que passaram a ser democratas no espaço de umas horas e que agora só se lembram do que lhes convém?
Dos que foram o suporte de um regime, calados e mudos, e agora se apresentam como acusadores do esquema que defenderam, respeitosos e subservientes?
Cuidado! Não branqueemos a história. Talvez daqui a duas ou três gerações. Agora ainda é cedo...
Vasco - nem Lourenço nem Gonçalves.

 
Às 03 novembro, 2008 10:28 , Blogger Peter disse...

Meu caro Ferreira Pinto, vou começar pelo fim:
- Tem todo direito o pai adoptivo de Esmeralda em andar fardado e não compreendo como o amigo, sendo advogado, pode interpretar essa atitude como: “quem estava a ser julgado era o cidadão e não o militar ou a instituição castrense.” O cidadão é militar. Não há separação entre o cidadão e o militar. Os alunos da Academia Militar, da Escola Naval e da Academia da Força Aérea, são obrigados a andar fardados na rua, sendo punidos se forem encontrados trajando civilmente.
Os portugueses não estão habituados a ver os militares na rua fardados, o que não acontece em Espanha. Mas cá os militares sentem desconforto pela maneira como são olhados pelos seus concidadãos, o que não acontece em Espanha.
- Certamente as declarações a que se refere irão ser alvo de averiguações, é o que acontece SEMPRE nas FA. Quanto ao coronel Vasco Lourenço, o que ele disse é o que disse o “compadre alentejano”. Porque é que este o pode dizer e o Vasco Lourenço não? O meu amigo se não fosse o Vasco Lourenço não estaria aqui a falar como fala. Ele teve como recompensa estar mais de 20 anos à espera de ser promovido e, quando o foi, não teve direito a retroactivos.
- Quanto ao apoio na doença, a situação tem levado muitas esposas de militares que são, ou eram professoras, a optar pela ADSE, onde o pagamento das comparticipações é atempado e superior ao pago pela ADM, e ainda com muitos mais contratos celebrados com médicos, hospitais e instituições de saúde. Não será a situação ideal para os militares em missões de serviço no estrangeiro, saber que as suas mulheres e filhos em Portugal têm problemas com a saúde.
- Mas os militares estão atentos, são responsáveis e já se habituaram a viver em democracia. Certamente que os seus chefes já levaram e continuarão a levar ao Governo, através dos canais de comando, as preocupações com que se debatem.

 
Às 03 novembro, 2008 10:55 , Blogger Peter disse...

Caro anónimo leitor do blog, pode assinar o seu comentário. Qual é o problema?

- A forma como inicia o seu comentário: “dos brilhantes serviços prestados pelas F.A.”, com essa tendência para denegrir, não é uma atitude imparcial. Mas os militares, o funcionalismo público e os professores, já estão habituados a ser considerados como “os patinhos feios”.

- Porque é que os oficiais não podem ser árbitros de futebol? É só para os civis? Se fossem sargentos, cabos ou praças, já podiam?

- O sargento pai adoptivo da Esmeralda quer “tirar partido da farda”? Está a denegrir a isenção dos juízes.

- Em Espanha os militares andam fardados na rua. Em Portugal não podem? Os militares imberbes são os que se encontram no Kosovo, no Iraque e no Afeganistão.

- O movimento que levou ao 25 de Abril teve origem em justas reivindicações dos militares no activo. A falta de quadros levou a admitir nas escolas militares antigos oficiais milicianos COMO VOLUNTÁRIOS. Estes oficiais sairiam com uma antiguidade superior à dos alunos normais.

- Podes e DEVES contar tudo o que quiseres. A verdade deve ser conhecida.

 
Às 03 novembro, 2008 11:10 , Blogger vbm disse...

Deixo aqui o meu testemunho, de apreço pelas Forças Armadas. Sou civil, no Exército fui só miliciano. A impressão que recolhi desse contacto mais estreito com os militares de carreira foi positiva, por ter privado com oficiais serenos, corajosos e inteligentes. Esta última qualidade surpreendeu-me um pouco pois, no meio civil, a reputação de intelectualidade não era muito saliente. Contudo, estão errados os civis. Os militares profissionais não só são leais e corajosos como são inteligentes.

Houve uma afirmação do Ministro da Defesa - que me parece bastante competente -, que sublinho por ser muito importante e pertinente: que o estatuto remuneratório e de carreira dos militares tem de ser estudado cuidadosamente ponderando o tipo de especialização que o futuro requer das Forças Armadas: imagino eu, participação em corpos expedicionários da ONU e da NATO e eventual apoio de formadores em África.

 
Às 03 novembro, 2008 11:35 , Blogger Peter disse...

vbm

Um comentário sereno e inteligente, como é teu timbre. O pai do ministro da Defesa andou comigo no Liceu Nacional André de Gouveia, onde agora é a Universidade, em Évora.
O ministro foi meu colega no curso de História na FLL, como foi o António da Costa Pinto, prof no ISCTE e um amigo de que orgulho, com larga obra publicada sobre as instituições para-militares do Estado Novo.

P.S. - Não te importas que a "ashera" integre a nossa equipa?

 
Às 03 novembro, 2008 11:48 , Blogger Peter disse...

vbm

As principais preocupações dos militares nada têm a ver, COMO SE PRETENDE FAZER CRER, com motivos de ordem financeira, embora eles estejam subjacentes.
Centram-se sobretudo no caso da assistência na doença, pois é muito importante para quem se encontra em serviço em situações hostis, saber que os familiares que deixou em Portugal não têm problemas nesse aspecto. Presentemente tal não acontece.

Qualquer aluno que entra na Faculdade fá-lo numa perspectiva de progressão profissional. Foi o que sucedeu contigo.
É natural que os alunos que ingressam nas Escolas Militares, equiparadas a Faculdades, pretendam saber quais as suas perspectivas futuras. Daí o interesse na promulgação das leis que se encontram em estudo.

 
Às 03 novembro, 2008 13:32 , Anonymous Anónimo disse...

Ao assinar "Vasco - nem Lourenço nem Gonçalves", sou tão anónimo como os que se escondem à sombra de pseudónimos "bloguistas", deixando escapar só o que lhes convém.
Quem pretende defender interesses corporativos, muito acima da média de outras classes, não precisa de pintar altos interesses em prol de uma democracia que nunca souberam cultivar.
E os argumentos que utilizas,de natureza popularucha e de defesa de privilégios, que possivelmente usufruis, não incentivam a continuação desta conversa.
Uma boa semana!

"Vasco -nem Lourenço nem Gonçalves"

 
Às 03 novembro, 2008 14:28 , Blogger Peter disse...

"Vasco -nem Lourenço nem Gonçalves"

Quando escreve: "os argumentos que utilizas,de natureza popularucha e de defesa de privilégios, que possivelmente usufruis", leva-me a sorrir, pois é precisamente o que vejo em si, argumentos de natureza popularucha.
É o constatar de um facto e não uma crítica, pois cada um tem a educação, cultura e instrução, a que pode ter acesso.

Registo a tomada de posição do "vbm", um civil como vc deve ser, sem qq interesse na instituição militar.
Mas uma vez que acha serem as FA uma fonte de regalias e privilégios e como estas são actualmente profissionalizadas e à base de voluntários, tem todas as oportunidades para nelas ingressar e colher os benefícios que propala.

É pena não querer continuar a nossa conversa pois se há coisa de que gosto, é de uma boa cavaqueira.

Uma boa semana para o meu amigo e grato pela sua passagem pelo blog.

Volte mais vezes!

 
Às 03 novembro, 2008 15:38 , Blogger Joaquim Alves disse...

Amanhã saíra um texto no Notas, que já tinha agendado sobre as Forças Armadas.

No entanto quero dizer que estou de acordo com o que o Peter escreve neste texto e nos seus comentários.

Muita gente fala das Forças Armadas, diz coisas veladas, mas são apenas coisas que ouvem dizer, e das quais a maioria são lugares comuns a que já nos habituámos.

Fui militar no tempo em que era obrigatório e tenho pela instituição militar o maior respeito, o que me parece o poder em Portugal não tem tido, pelo que este "descontentamento" tem muito a ver com isso, digo eu.

Abraço.

 
Às 03 novembro, 2008 18:17 , Blogger Peter disse...

"lusitano"

"Muita gente fala das Forças Armadas, diz coisas veladas, mas são apenas coisas que ouvem dizer, e das quais a maioria são lugares comuns a que já nos habituámos."

Actualmente as FA são profissionais e em regime de voluntariado para homens e mulheres. Uma vez que o pertencer às FA é uma situação privilegiada e de múltiplas prebendas, nada como ingressar nas mesmas.

 
Às 03 novembro, 2008 18:22 , Anonymous Anónimo disse...

Já tenho dito varias vezes:
Por favor não leiam o "sanguinário" jornal Correio da Manha"
Feliz semana
Beijos
Ashera

 
Às 03 novembro, 2008 18:37 , Blogger Meg disse...

Peter,
Tanta gente a falar daquilo que não sabe! Quem daqui sabe o que é a vida familiar de um militar de carreira desde o tempo da outra senhora, das Áfricas, das condições, das deslocações, das sucessivas mudanças de residência (30 e muitas...acham pouco?)
E se não houvesse casas para acolher os militares e suas famílias? Ou preferiam que os militares vivessem nos quarteis longe das mulheres e dos filhos?
Falo "de dentro",Peter.
Quanto à saúde já levámos uma "pancada" há 3 anos com a chegada deste governo.
E fico-me por aqui, teria tanto a dizer!

Um abraço

 
Às 03 novembro, 2008 18:48 , Blogger Joaquim Alves disse...

Ora aí está Peter.

Já que é tão bom e com tantas mordomias, é isso mesmo que devem fazer, ingressar nas FA.

Quanto ao serem profissionais não me parece apesar de tudo que o sejam verdadeiramente.

 
Às 03 novembro, 2008 19:23 , Blogger Peter disse...

meg

Deves ter reparado que eu, não só no texto que escrevi, mas também nas respostas às pessoas que tiveram a amabilidade de comentar o texto, procurei não encarar o assunto pelo âmbito político.
As FA dispõem dos mecanismos próprios para, através dos canais de comando, fazerem chegar as suas reinvindicações até junto dos governantes, neste caso o Min da Defesa Nacional.

Quando tal não acontece, é o caos total.

 
Às 03 novembro, 2008 19:27 , Blogger Peter disse...

ashera

Depois de acabar a oferta das peças de jogo, que é para oferecer ao meu neto, o Correio da Manhã não entra mais cá em casa.
Era bom que os elementos das FA se conscencializassem sobre quem defende os seus interesses.

 
Às 03 novembro, 2008 19:29 , Blogger Peter disse...

"lusitano"

Partamos do princípio que todos são bons profissionais.

 
Às 03 novembro, 2008 19:38 , Blogger vbm disse...

Peter,

Claro que concordo com a colaboração do Ashera.

Aliás, o meu desgosto é que os blogs não disponham de um mini-fórum anexo que, de modo lateralizado, promovesse a participação na discussão que cada post suscitasse.

abraço,
Vasco

 
Às 03 novembro, 2008 20:13 , Blogger Joaquim Alves disse...

Peter

Volto só para dizer que quando me referia ao profissionalismo das Forças Armadas não me referia às pessoas, mas à instituição em si e muitas vezes ao modo como é "gerida" aos diversos niveis.

Abraço.

 
Às 03 novembro, 2008 20:48 , Blogger Meg disse...

Peter,
Sim, claro que entendi... mas não te esqueças que nas FA também há gente como na política. Os que apenas querem preservar as suas benesses e a quem não interessa que se atirem pedras para o charco.
Porque é que VL esperou 20 anos e outros (do 25.11)não só foram promovidos, reformados com reformas completas antes dos 50 anos, e continuam a ser promovidos apesar de aposentados? Há altas esferas muito bem acomodadas.E essas são o "filtro" entre os poderes.

Um abraço

 
Às 03 novembro, 2008 21:36 , Blogger Peter disse...

meg

Os comentadores são livres de dizer o que pensam, pois não há censura prévia, como existe nalguns blogs.
Compete ao autor do texto desempenhar o papel de moderador.
Escreves:
"Porque é que o VL esperou 20 anos e outros (do 25.11)não só foram promovidos, reformados com reformas completas antes dos 50 anos, e continuam a ser promovidos apesar de aposentados?"
Não estou dentro do assunto.
- É um facto que o VL foi retardado na sua promoção e que, quando foi, não teve direito a retroactivos.
- Quanto aos do 11NOV não disponho de elementos para me pronunciar.

 
Às 04 novembro, 2008 08:47 , Anonymous Anónimo disse...

PETER só para esclarecer bem as coisas, depois de lidas as setas que me endereçou, eu contra fardas não tenho problema algum.

Respeito quem as usa e que as merece, mas não a farda em si.
Tem de convir que até na instituição castrense há bestas que envergonham a instituição e a farda que envergam.
Mais a mais, estudei num país em que os estudantes tinham, por cada escola, um uniforme próprio e por isso as fardas a mim não me atrapalham.

Quanto ao Sargento Gomes, acho que é assim que se chama o cavalheiro, noto que no auge da polémica nos aparecia numa farda quase de gala, com luva branca e tudo ... e o Peter, queira ou não queira, bem sabe que não é assim que no dia a dia andam os militares no quartel.
Sei-o eu que a minha esposa tem um primo que é general na Força Aérea e a ele nunca o vi assim.
E é general ...
Sei-o eu que tive durante anos por vizinho um Sargento dum Regimento de Engenharia e nunca o vi sair para o trabalho de luva brancas.
Essa é que é essa.

Quanto ao Vasco Lourenço, fosse ele Gonçalves ou Vasco da Treta eu falava na mesma.
Uma coisa é o homem querer defender direitos a que legitimamente tenha direito (ou que julgue ter), outra são aquelas ameaças veladas de golpe de Estado.
E eu falava dessas!

 
Às 04 novembro, 2008 09:21 , Blogger Joaquim Alves disse...

Meus caros amigos

Só um esclarecimento quanto à farda do Sarg. Gomes.

No meu tempo um militar do quadro devia apresentar-se em certas e determinadas circunstâncias de farda nº1 e penso que a presença emn tribunal assim o exigiria.

Se esse regulamento ainda está em vigor e se o mesmo obriga o militar do quadro a apresentar-se fardado em tribunal isso já não sei, mas se o exige então ele teria de apresentar-se assim, salvo melhor opinião.

Abraço

 
Às 04 novembro, 2008 09:48 , Blogger Peter disse...

ferreira-pinto

Gosto de aqui cavaquear consigo o que não significa, nem o meu amigo quereria, que estivesse sempre de acordo.
As luvas brancas usam-se apenas com o uniforme de gala, o que não era o caso do Sarg Gomes que vestia o uniforme nº1. Podia ser punido por essa contravenção.
Agora eu não sei e o "lusitano" levanta o problema, se ele não teria que comparecer fardado em tribunal. Penso que não, pois trata-se de um processo cível.

"Quanto ao Vasco Lourenço, fosse ele Gonçalves ou Vasco da Treta eu falava na mesma.
Uma coisa é o homem querer defender direitos a que legitimamente tenha direito (ou que julgue ter), outra são aquelas ameaças veladas de golpe de Estado.
E eu falava dessas!"

Não compreendo. Refere-se ao "anónimo", ao Vasco Lourenço ou ao Gen Loureiro dos Santos?

Julgo referir-se às palavras proferidas por este último. Como antigo Chefe do Estado Maior do Exército e em época já não conturbada do nosso país, o senhor general terá certamente motivos para dizer o que disse e não nos compete a nós julgá-lo.

 
Às 04 novembro, 2008 09:50 , Blogger Peter disse...

"lusitano"

Penso que não, pois trata-se de um processo cível.

 
Às 04 novembro, 2008 10:19 , Anonymous Anónimo disse...

PETER nem eu quero, longe disso, nem acredito, pelo que o conheça, que seja homem para fretes convenientes e calar quando lhe apetece falar.

Por isso, nada como este cavaquear.
E, como vê, nalgumas coisas já há mais luz.
Não sei distinguir entre uniformes de gala, farda número 1 ou farda de trabalho, se é que a existe.
Nem sei se existe tal Regulamento que o Lusitano invoca.
Se existe, está mal.
Um militar comparecer em Tribunal Militar fardado, acho muito bem.
Num Tribunal Cível, não.
Pois, como disse e repito, ali estava em causa o cidadão Gomes que, na sua vida profissional e suponho que com brio, é militar.
Mas a César o que é de César ...
É esse o meu pensamento.

Quanto às referências, eu sempre me referi mesmo ao Vasco Lourenço, o capitão de Abril.
E permita que discorde de si quando diz que não nos compete a nós julgar; julgar não, mas opinar sim e tem de convir que aqueles arremedos de ou "isto melhora, ou alguém faz uma asneira" devem causar reflexão.

Do poder político, mas de toda a sociedade.
Desde logo porque isto não é um qualquer país da América Latina (embora cada vez mais se pareça) e em segundo lugar porque se as Forças Armadas se resolvem a fazer asneira, vão fazer o quê?
Uma intentona para defender interesses corportativos?
Acharia isto bem?

 
Às 04 novembro, 2008 16:36 , Blogger Peter disse...

Ferreira Pinto

Neste momento, por exemplo, a manutenção da rede de comunicações da Armada, por não pagamento atempado das "ajudas de custo" aos sargentos técnicos da DITIC -CE "parece" estar a ser feita à custa dos próprios. Podem deixar de a fazer ...

Não é preciso "intentonas" e nem o problema se põe.

 

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