quarta-feira, junho 13

Vida de rata

O Sartre escreveu “As Moscas”, um texto como só ele.
Existe, no entanto, um outro tipo de bicho que connosco convive, ou muito perto de nós, que se insinua como aqueles voadores e repelentes animaizitos.

São as ratas.
As ratas, que não precisam de ser nojentas – a minha mãe teve uma hamster a que nós chamávamos carinhosamente “a rata da minha mãe” bicha engraçada e carinhosa –, podem até ser muito agradáveis ao tacto.
Por isso, pois, as ratas podem ser simpáticas, gostam da brincadeira e de festinhas no pêlo.
Mas as ratas têm a sua própria tribo. Tal como nós, homens, ali vivem, ali interagem entre si.
De quando em vez mostram-se disponíveis para a brincadeira mas, na maioria das vezes, apenas dentro da toca.
Nem sempre as vemos. Se queremos tocar-lhes temos que entrar no buraco, arriscar uma dentada, um arranhão.
Mas vale a pena.
Quando se apercebem que não somos uma ameaça, as ratas até que se chegam. E então é um vê-las a pular de contentes com a borga.
Mas depois lá voltam elas ao buraco e, até novo enlevo, por lá ficam.

Confesso. Gosto de ratas.
Mas gosto quando elas se mostram e deixam que lhes toquemos e as afaguemos como elas tanto precisam e merecem.

Só que parece que elas nem sempre o sabem.

2 Comentários:

Às 14 junho, 2007 22:38 , Blogger António disse...

Caro Peter!
Confesso que a minha mente torpe não resistiu a dar um segundo sentido ao teu texto sobre as ratas.
ah ah ah

Um abraço

 
Às 16 junho, 2007 22:01 , Blogger Manuel Veiga disse...

ratas felpudinhas? uma delícia...

abraços

 

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