segunda-feira, maio 29

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

“O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) surge no final da década de 1970, com a ocupação da fazenda Nonoai, no Rio Grande do Sul. Naquele momento, o governo estadual buscou reverter uma ocupação ilegal, para fins de reforma agrária, de terras de uma reserva indígena realizada nos anos 1960, para o que reassentou os índios e expulsou os camponeses de seu assentamento na localidade conhecida como Encruzilhada Natalino. Como reacção, os agricultores deslocados, espontaneamente, decidiram ocupar a vizinha Fazenda Nonoai. A partir daí, a sociedade local, a Comissão Pastoral da Terra, assim como o embrião do futuro Partido dos Trabalhadores passa a apoiar aquele grupo de camponeses que saem vitoriosos desta que seria a primeira ocupação, que deu origem ao MST. Em 1984 o Movimento passa a organizar-se de maneira nacional.

Uma das actividades do grupo consiste na ocupação de terras improdutivas como forma de pressão pela reforma agrária, mas também há reivindicação quanto a empréstimos e ajuda para que realmente possam produzir nessas terras. Para o MST, é muito importante que as famílias possam ter escolas próximas ao assentamento, de maneira que as crianças não precisem ir para a cidade e, desta forma, fixar as famílias no campo.”

OS POBRES POSSUIRÃO A TERRA

Pronunciamento de Bispos e Pastores Sinodais sobre a Terra

"A acelerada e violenta agressão ao meio ambiente e aos povos da terra revela a crise de um modelo de desenvolvimento alicerçado no mito do progresso que se resume nos resultados económicos e esquece as pessoas, sobretudo as mais pobres, e todas as demais formas de vida."

(25/05/2006)

Como em todos os Movimentos, há os bem e os mal intencionados. Não sei se o mesmo funciona como devia, talvez não funcione, ou talvez sejam os grandes proprietários a procurar lançar o descrédito.
Assim consta que, no seguimento de contestações semelhantes a esta, que se traduzem em filas intermináveis de automóveis, horas de espera (esta foi só de 2h) e demoradas conversações entre dirigentes do movimento e polícia, o Governo cede-lhes terras que muitos deles vendem de imediato, para logo partirem para novas manifestações, repetindo o ciclo.


A foto é a de um corte da estrada “Recife – Salinas do maragogi” realizado pelo MST. (foto de Peter)

6 Comentários:

Às 29 maio, 2006 19:27 , Blogger Menina Marota disse...

Infelizmente a luta pela Terra no Brasil é uma constante... e, parece não ter fim!
Uma imagem esclarededora. Parabéns por ela Peter.
Um abraço e boa semana :)

 
Às 29 maio, 2006 21:58 , Blogger Peter disse...

Hesitei entre publicar esta ou qualquer das outras duas fotos, que estão mais nítidas, pois foram tiradas de mais perto. Mas esta, embora prejudicada pelo fumo que eles atearam, é mais abrangente.

Boa semana para ti também.

 
Às 29 maio, 2006 22:40 , Blogger Amita disse...

Um grande e prolongado problema do Brasil, infelizmente sem solução à vista.
Texto e foto bem esclarecedores.
Um bjo e uma boa semana

 
Às 29 maio, 2006 23:13 , Blogger Peter disse...

"amita", saliento a Declaração, que é muito actual:

Pronunciamento de Bispos e Pastores Sinodais sobre a Terra

"A acelerada e violenta agressão ao meio ambiente e aos povos da terra revela a crise de um modelo de desenvolvimento alicerçado no mito do progresso que se resume nos resultados económicos e esquece as pessoas, sobretudo as mais pobres, e todas as demais formas de vida."

(25/05/2006)

Já viste o que é ser-se apanhado no meio desta confusão?

 
Às 30 maio, 2006 01:01 , Blogger Peter disse...

Fernanda

Precisava duma maior presença feminina. Não quererás ingressar na equipa? Eras uma boa "aquisição", mas não te podíamos pagar um grande ordenado.

É a crise... até há crise de beijinhos*

 
Às 30 maio, 2006 02:01 , Blogger Peter disse...

Fernanda

Tanto a Ana, como o António te apreciam como pessoa, como apreciam a tua escrita.
Evidentemente que teria de os contactar primeiro, mas o convite fica feito.

"Deal"?

 

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