Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
“O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) surge no final da década de 1970, com a ocupação da fazenda Nonoai, no Rio Grande do Sul. Naquele momento, o governo estadual buscou reverter uma ocupação ilegal, para fins de reforma agrária, de terras de uma reserva indígena realizada nos anos 1960, para o que reassentou os índios e expulsou os camponeses de seu assentamento na localidade conhecida como Encruzilhada Natalino. Como reacção, os agricultores deslocados, espontaneamente, decidiram ocupar a vizinha Fazenda Nonoai. A partir daí, a sociedade local, a Comissão Pastoral da Terra, assim como o embrião do futuro Partido dos Trabalhadores passa a apoiar aquele grupo de camponeses que saem vitoriosos desta que seria a primeira ocupação, que deu origem ao MST. Em 1984 o Movimento passa a organizar-se de maneira nacional.
Uma das actividades do grupo consiste na ocupação de terras improdutivas como forma de pressão pela reforma agrária, mas também há reivindicação quanto a empréstimos e ajuda para que realmente possam produzir nessas terras. Para o MST, é muito importante que as famílias possam ter escolas próximas ao assentamento, de maneira que as crianças não precisem ir para a cidade e, desta forma, fixar as famílias no campo.”
OS POBRES POSSUIRÃO A TERRA
Pronunciamento de Bispos e Pastores Sinodais sobre a Terra
"A acelerada e violenta agressão ao meio ambiente e aos povos da terra revela a crise de um modelo de desenvolvimento alicerçado no mito do progresso que se resume nos resultados económicos e esquece as pessoas, sobretudo as mais pobres, e todas as demais formas de vida."
(25/05/2006)
Como em todos os Movimentos, há os bem e os mal intencionados. Não sei se o mesmo funciona como devia, talvez não funcione, ou talvez sejam os grandes proprietários a procurar lançar o descrédito.
Assim consta que, no seguimento de contestações semelhantes a esta, que se traduzem em filas intermináveis de automóveis, horas de espera (esta foi só de 2h) e demoradas conversações entre dirigentes do movimento e polícia, o Governo cede-lhes terras que muitos deles vendem de imediato, para logo partirem para novas manifestações, repetindo o ciclo.
A foto é a de um corte da estrada “Recife – Salinas do maragogi” realizado pelo MST. (foto de Peter)
6 Comentários:
Infelizmente a luta pela Terra no Brasil é uma constante... e, parece não ter fim!
Uma imagem esclarededora. Parabéns por ela Peter.
Um abraço e boa semana :)
Hesitei entre publicar esta ou qualquer das outras duas fotos, que estão mais nítidas, pois foram tiradas de mais perto. Mas esta, embora prejudicada pelo fumo que eles atearam, é mais abrangente.
Boa semana para ti também.
Um grande e prolongado problema do Brasil, infelizmente sem solução à vista.
Texto e foto bem esclarecedores.
Um bjo e uma boa semana
"amita", saliento a Declaração, que é muito actual:
Pronunciamento de Bispos e Pastores Sinodais sobre a Terra
"A acelerada e violenta agressão ao meio ambiente e aos povos da terra revela a crise de um modelo de desenvolvimento alicerçado no mito do progresso que se resume nos resultados económicos e esquece as pessoas, sobretudo as mais pobres, e todas as demais formas de vida."
(25/05/2006)
Já viste o que é ser-se apanhado no meio desta confusão?
Fernanda
Precisava duma maior presença feminina. Não quererás ingressar na equipa? Eras uma boa "aquisição", mas não te podíamos pagar um grande ordenado.
É a crise... até há crise de beijinhos*
Fernanda
Tanto a Ana, como o António te apreciam como pessoa, como apreciam a tua escrita.
Evidentemente que teria de os contactar primeiro, mas o convite fica feito.
"Deal"?
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