Os "descartáveis"
Um livro aterrador e que faz pensar:
"Embora sempre tenha existido ferocidade social, esta tinha limites imperiosos, porque o trabalho resultante das vidas humanas era indispensável aos que detinham o poder. Já não o é; pelo contrário, tornou-se um estorvo. E esses limites desmoronam-se. Percebe-se o que isto significa? Nunca o conjunto da humanidade teve a sua sobrevivência tão ameaçada.
Qualquer que tenha sido a história da barbárie ao longo dos séculos, até hoje o conjunto dos seres humanos sempre beneficiou de uma garantia: ele era essencial ao funcionamento do planeta, como à produção, à exploração dos instrumentos do lucro, de que fazia parte.Todos estes elementos o preservavam.
Hoje, pela primeira vez, a massa humana já não é materialmente necessária, e menos ainda economicamente, ao reduzido número de pessoas que detêm o poder e para quem as vidas humanas que evoluem no exterior do seu círculo íntimo só têm interesse, OU MESMO EXISTÊNCIA* - apercebemo-nos disso a cada dia que passa - de um ponto de vista utilitário."
(O horror económico", Viviane Forrester)
* - Realçámos este aspecto.
9 Comentários:
Que estranha sociedade a nossa...
"Ó admirável mundo novo que tais belezas encerras
É bem verdade, infelizmente...
Bjos da Medusa
"Na pior das hipóteses, cada 300 euros em circulação em Portugal
garantem ao Estado 100 euros de receita.
Portanto, Sr. Primeiro-ministro, governe-se com o dinheirinho que
lhe dou porque eu quero e tenho direito a tudo isto.
Um português contribuinte."
Retirado do artigo: "Os desejos de um Português", no blog http://tribunalbeatas.blogspot.com
Está nos n/links e vale a pena ler o artigo todo.
A citação de Viviane Forrester, "obriga-me" a um olhar mais atento para o teu blog que confesso lia por vezes de soslaio...
"herético", "de soslaio"?
Possivelmente não nos visitaste durante as campanhas para as presidenciais, em que não escondemos a n/preferência.
Interessante o teu artigo sobre o MMCarrilho.
Olá Peter, sobre este assunto não posso dizer muito, porque não há palavras que exprimam a minha repugnancia nesta sociedade
a minha disposição para o mundo da net tem-se desvanecido, confesso.
Mas está tudo bem, obrigada por perguntares.
Como estás tu, meu caro amigo?:)
beijitos,
Lúcia
Olá, Peter!
Um texto que nos convida a pensar nas mudanças rápidais e radicais que a nossa global sociedade está a sofrer.
Mas quem sofre mais?
Obrigado pea visita.
Um abraço
António, apenas queria fazer uma pequena observação:
- Viviane Forrester sugere a "eliminação física" (morte natural primeiro e depois quem sabe ...) como a melhor maneira de resolver economicamente o problema dos "descartáveis".
A ideia parece ter tido uma certa aceitação por cá, talvez a partir duma Conferência que houve na FCG e onde a autora aproveitou para lançar a tradução do seu livro, então já um grande sucesso em França. Pelo menos alguém referiu a "morte natural" como um dos modos de resolver o excesso de "pensionistas", "reformados" e até "funcionalismo público" ...
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