sábado, novembro 5

Mahatma Gandhi, o paradigma da "não violência"


Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: "Porque motivo as pessoas gritam quando estão aborrecidas?"
"Gritamos porque perdemos a calma", disse um deles. "Mas porquê gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?", Questionou novamente o pensador. "Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça", retrucou outro discípulo.


E o mestre volta a perguntar: "Então não é possível falar-lhe em voz baixa?" Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.


Então ele esclareceu: "Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?"
O facto é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, os seus corações afastam-se muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para se ouvirem um ao outro, através da grande distância.

Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque os seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes os seus corações estão tão próximos, que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Os seus corações se entendem. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas." Por fim, o pensador concluiu, dizendo: "Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta". (Mahatma Gandhi)

9 Comentários:

Às 05 novembro, 2005 01:44 , Anonymous Anónimo disse...

Como isso parece incrível neste mundo assolado pelo terrorismo: um homem franzino, jejuando e arrastando atrás de si multidões pacíficas, conseguiu sem um tiro libertar uma nação.

 
Às 05 novembro, 2005 09:20 , Anonymous Anónimo disse...

Revejo-me completamente nos pensamentos de Mahatma Gandhi. Acredito que é possível através da não-violência organizar um movimento cívico em torno da defesa da nossa dignidadade.
Quem disse que é utopia?
Se cada um de nós olhasse menos para o seu umbigo e se libertasse das grilhetas da alienação, tudo seria possível.

 
Às 05 novembro, 2005 09:23 , Anonymous Anónimo disse...

P.S. Os grandes homens que marcaram o século XX político eram sobretudo dois sonhadores. Refiro-me a Guevara e a Gandhi.
Qd a "Ana" anónima diz que é preciso fazer mais do que sonhar, respondo-lhe com estes dois exemplos. E não me venha de novo com discursos de que é preciso fazer alguma coisa. EU TENHO FEITO o que me é possível para alterar formas de pensar.
Sou jornalista, uso a pena.
Pergunto-lhe a ela o que fez.
Passear pelos blogues?

 
Às 05 novembro, 2005 10:29 , Anonymous Anónimo disse...

zezinho:

se não quer que lhe respondam à letra, lendo coisas que não gostaria de ver escritas, melhor não incentivá-las... depois não se queixe...

 
Às 05 novembro, 2005 11:04 , Anonymous Anónimo disse...

Vá-se catar. Respeite-se. Tenha a coragem de dar a cara.

 
Às 05 novembro, 2005 11:29 , Blogger Ana disse...

Peter, obrigado por estas palavras que é sempre bom reler.
Só a não violência pode conduzir à paz, seja entre as nações, ou entre as pessoas.
Um beijo.

 
Às 05 novembro, 2005 22:26 , Blogger Su disse...

peter gostei de ler este texto

ana gostei tb de ler os excertos com q fomos brindados

a não violencia, é muito facil de ser dita/apregoada, a maior parte das vezes é dita, gritando, não é?

o bom senso, às vezes faz falta... a todos. não há excepções honrosas

jocas maradas

 
Às 05 novembro, 2005 23:04 , Blogger Peter disse...

Ana, obrigado pelo texto sobre o Gandhi, com que enriqueceste o blog. Só esta frase:

"Só há não-violência quando amamos aqueles que nos odeiam"

é que me causa engulhos.

Quanto às suas relações com o Zé, é assunto entre os dois. No entanto, por honestidade, pretendo esclarecer um ponto:

- Quando a Ana fala sobre o Zé que ele pretendeu "chamar a atenção dos demais com manobras como a sua de dizer que já não tinha tempo para o blog", tal não corresponde inteiramente à verdade.
O assunto entre mim e ele arrastou-se durante largas horas e envolveu acontecimentos que são do conhecimento de outras pessoas (várias).
A atitude que o Zé tomou foi, no dizer dele, para "não prejudicar o blog", se continuasse integrado na equipa.
Nós pensamos que uma coisa é a vida pessoal duma pessoa, com a qual nada temos a ver, e outra, muito diferente, será a sua participação no blog.

A Ana já viu que esta é a 4ª edição do "conversas de xaxa", que o Zé tem vindo ajudando a escrever.
O nº 1 e 2 esgotaram o crédito de 100% concedido pelo SAPO, então nosso servidor. O nº3 julgo já ter ultrapassado os 50%, quando, por motivos que desconheço, deixei de ter controlo sobre o mesmo. Voltámo-nos então para o actual servidor, até porque era frequente haver problemas com os comentários no SAPO. Agora é o Blogger que anda com problemas ...

Pois é Ana, a "verdade" é bastante mais complexa do que aquilo que parece ...

 
Às 06 novembro, 2005 01:25 , Blogger Amita disse...

Belíssimo e tão cheio de Sabedoria. Um bjo

 

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