O sexto sentido da Astronomia

Segundo as últimas notícias recebidas do OAL, uma antiga previsão da Física teórica, “as ondas gravitacionais”, poderá deixar de ser uma previsão, para passar a ser um instrumento útil no estudo do Universo.

As “ondas gravitacionais” foram previstas pela teoria da relatividade geral de Einstein e são produzidas pela variação da configuração de objectos massivos (como o movimento rapidamente acelerado do colapso de uma estrela) e assemelham-se à radiação electromagnética, produzida pela oscilação de cargas eléctricas.
Pelo facto de serem extremamente difíceis de detectar (a radiação gravitacional é muito mais fraca que a sua “parente” electromagnética) nunca foram observadas, mas a confiança da maioria dos cientistas na teoria da relatividade geral (que até agora nunca errou) leva a que se acredite na realidade destas ondas e se continuem a elaborar experiências para a sua detecção.

Hoje em dia a nossa compreensão do cosmos é feita através da radiação electromagnética mas, infelizmente, tal informação não chega para responder a todas as questões, sobretudo as relacionadas com buracos negros e afins, que não deixam a radiação electromagnética escapar.

As “ondas gravitacionais” atravessam o universo sem sofrerem alterações e podem chegar até nós com notícias surpreendentes sobre o nascimento de um buraco negro ou mesmo com revelações sobre o universo, encarado como um todo.
Assim, é como se o ser humano pudesse ter adquirido “um sexto sentido”, que lhe permite aperceber-se de tudo aquilo que lhe tinha escapado até agora.