Governantes contaminados com gripe das aves

Uma nota da presidência do Conselho de Ministros dá conta que um surto da gripe das aves contaminou todos os governantes.

Segundo o porta-voz de Sócrates, “a contaminação pode ter sido provocada por uma ave de mau agoiro que em tempos habitou S. Bento.”

Tossindo ruidosamente, este representante do Governo, afirmou “tratar-se de um ataque baixo por parte de Cavaco Silva, que à falta de argumentos, encomendou umas quantas galinhas contaminadas”.

Tentámos esclarecimentos junto do Professor sem grande êxito. Apenas abanava os braços e cacarejava.

“Pergunta onde está o galo”, afirmou a esposa à nossa equipa de reportagem.

Sócrates por seu turno, resolveu aparecer apenas por breves instantes junto da comunicação social todo revestido de penas coloridas: “Sou agora um pato-bravo. Gostam do meu novo visual?”

O silêncio que se fez na sala deve ter sido tomado como uma concordância já que o primeiro-ministro afirmou “ter mais umas quantas colecção de penas. Até tenho umas rosa!”

Cavaco Silva foi menos feliz quanto ao aspecto: “Adoro este meu pescoço sem penas. Acho que fico mais sensual”, afirmou convicto.

O Presidente da República, agora um frango de aviário com ar anoréctico, declarou “estar a ponderar a dissolução da AR e consequentemente do Governo. É impensável sermos administrados por galinhas, ainda por cima com gripe asiática”, frisou.

O CCB (Centro Cultural de Belém) prepara já uma récita de Natal com todo o elenco governativo, que será dirigido por Jorge Sampaio, provavelmente numa das suas últimas aparições públicas, enquanto PR.

O InApto sabe de fonte segura e fidedigna que entre os temas a serem cantados, estão velhos êxitos da música popular portuguesa. Acredita-se mesmo que poderá ser cantado o tema “Eu vi um sapo”.

Por impossibilidade técnica os nossos repórteres tiveram de abandonar S. Bento já que o barulho no galinheiro era ensurdecedor.

Souto Moura decidiu abrir um inquérito à “manifesta fuga de informação que hipoteca o desenrolar do processo em curso”.

Quando questionado a que processo se referia, disse “não posso saber tudo o que se passa na PGR. Sei lá eu de que processo os senhores jornalistas estão a falar”

Ao som das balas disparadas pelo corpo de intervenção da PSP, que exterminava todos os elementos contaminados, todos os repórteres abandonaram o local.