Liberalidades
Os deputados do Reino Unido:
1 . não têm lugar certo onde sentar-se, na Câmara dos Comuns;
2 . não têm escritórios, nem secretários, nem automóveis;
3 . não têm residência (pagam pela sua casa em Londres ou nas províncias);
4 . pagam, por todas as suas despesas, normalmente, como todo e qualquer trabalhador;
5 . não têm passagens de avião gratuitas, salvo quando ao serviço do próprio Parlamento;
6 . o seu salário equipara-se ao de um Chefe de Secção de qualquer repartição pública.
A propósito, sabiam que, em Portugal, os funcionários não deputados que trabalham na Assembleia têm um subsidio equivalente a 80 % do seu vencimento? Isto é, se cá fora ganhassem 1000,00 EUR lá dentro ganham 1800,00 EU . Porquê? Profissão de desgaste rápido? E por que é que os jornais não falam disto?
Espero que seja verdade, pois recebi-o por e-mail. Mas não estou a condenar, nem a criticar estes servidores do Povo. Longe de mim tal ideia…
A promessa de Barack Obama de maior transparência, justiça e emprego para todos começou a ganhar forma no seu primeiro dia como presidente dos Estados Unidos. Passando da teoria à prática, Obama chegou à Casa Branca e comunicou que ia congelar os salários de cerca de 100 colaboradores com um salário superior a 100.000 dólares por ano e reduzir para metade os"salários" dos executivos de todas empresas que o governo estava a ajudar"
Pois, mas Obama, os “malvados” EUA e os seus amigos israelitas, os coitados dos palestinianos, o Afeganistão com os seus talibãs que “tratam tão bem as mulheres”, os “queridos” fundamentalistas islâmicos…
Certos banqueiros portugueses são contra a intervenção do Estado na política salarial do sector. Fernando Ulrich, presidente do BPI, Horácio Roque do Banif ou José Maria Ricciardi, administrador do BES são alguns dos banqueiros ouvidos pelo "i" que estão contra a eventualidade de o Estado, por via dos reguladores do sector, impor regras para limitar os prémios e os bónus de desempenho pagos na banca.
Pois, mas é o “i” que o diz e a nossa situação económica permite liberalidades que não estão ao alcance nem da Inglaterra, nem dos EUA.
12 Comentários:
PETER desculpa contrariar-te, mas em relação aos deputados britânicos uma rápida passagem por alguma Imprensa, mesmo nossa, permite-te contextualizar melhor a coisa ... basta ver o fartote de despesas ilegais e indevidas que os tipos meteram!
Ferreira Pinto
A existência de despesas ilegais e indevidas, feitas por deputados britânicos e que eles repuseram, não impede que não se verifiquem os outros pontos.
Acresce que a mim o que me interessa é o que se passa no meu País, servindo os EUA e a Inglaterra apenas como termo de comparação.
Mas se tu estás satisfeito com o que se passa por cá, tudo bem (para ti). Olha ainda ontem rebentou outro “foco de infecção”: o Processo “Face Oculta”.
É estranho:
- Todos os dias, no Paquistão e no Afeganistão, bombistas suicidas matam e ferem centenas de mulheres e crianças junto de “alvos militares”, como mesquitas e mercados. Nunca vi aqui nenhuma referência ao facto. Apoiam-no?
Mas se as forças militares que por lá andam a combater e nas quais se incluem as portuguesas, ocasionam “danos colaterais” entre a população civil, o que acontece em qualquer conflito, “cai o Carmo e a Trindade”.
Sejamos coerentes. Ou temos receio de falar?
Peter,
Pena que o exemplo de Obama não seja seguido por estas bandas.
E se os deputados em Inglaterra não se comportam como devem, pelo menos têm uma Justiça que funciona.
E quando alguns senhores vêm falar em contenção de salários, deviam começar por cima.
Quanto aos deputados, coitados de nós que temos de lhes sustentar as inúmeras prebendas... as (i)legitimamente legais e as que passando por entre as malhas da falta de ética, lhes chegam ao bolso.
Sobre os ataques suicidas, também não entendo o quase silêncio, a menos que os alvos militares de que falas, estejam nas mesquitas e nos mercados... Será?
Ou não será de bom tom, ser-se pró-ocidente? Ou pró-americano , para abreviar.
Não percebo nada de política, por isso tenho estas dúvidas todas.
E não te zangues comigo, que não sou mais que uma "ignorante"
Um abraço
Meg
Concordo contigo: "quando alguns senhores vêm falar em contenção de salários, deviam começar por cima."
Não aceitam aumentos aos trabalhadores de mais de 1,5% senão as indústrias abrem falência e o desemprego aumenta. Mas não abdicam de serem os mais bem pagos a nível mundial!
Engraçado: o primeiro comentador só se preocupou com o erro (?) sobre os deputados britânicos. Não leu mais, ou não lhe interessava falar no assunto? É claro que cada um é livre de comentar o que quiser e como quiser. Ninguém é obrigado a concordar com o que escrevo, nem fico ofendido por me contradizerem.
Será que andamos todos com medo? Na verdade, hoje em dia "um emprego" é um bem escasso.
Entretanto "sunitas" e "xiitas" continuam a fazer explodir mesquitas cheias de gente e mercados apinhados, numa luta fratricida. Mas isto aceita-se. É tudo política e os culpados são os americanos.
Ó PETER eu peço desculpa pela insistência, mas a verdade é que o que escreveste foi que em Inglaterra os eleitos à Câmara dos Comuns e os detentoes de lugares na Câmara dos Lordes "não têm residência (pagam pela sua casa em Londres ou nas províncias);
pagam, por todas as suas despesas, normalmente, como todo e qualquer trabalhador."
Ora, parece-me, mas admito estar enganado que imputar a renda de casa (da irmã, por exemplo), do jardineiro e coisas do género é escândalo tão grande como a escandaleira de cá. E se imputam as despesas com a renda de casa, cai pela base o ponto 4, por exemplo.
Seguidamente, nada do que eu escrevi permite que apressadamente tires a conclusão que tiraste que estou satisfeito com o que aqui se passa. Aliás, já me conheces para saber que assim não sucede. Agora, o seu a seu dono.
Ah, desculpa, passou-me ao lado as tuas perguntas sobre o Afeganistão e o Paquistão, temas sobre os quais nem me pronunciei. Nem preciso, porque sabes bem o que penso.
Já agora, PETER a edição do dia 29 deste mês do JORNAL DE NOTÍCIAS titulava que Deputados ingleses não querem devolver despesas ilegais
E depois informava:
Os dois principais líderes partidários britânicos foram obrigados, ontem, a ameaçar os deputados dos seus partidos de acção disciplinar caso não devolvam valores de despesas irregularmente reclamadas nos últimos cinco anos.
O Parlamento britânico encontra-se num verdadeiro alvoroço, com grupos de deputados revoltados com o pedido de devolução feito após uma investigação ter concluído que centenas de milhares de libras foram pagas injustificadamente. O caso das despesas irregulares veio a público na Primavera e levou à demissão de vários elementos do Governo e de inúmeros deputados.
O primeiro-ministro, Gordon Brown, e o líder da Oposição, David Cameron, avisaram que não hesitarão em banir deputados das próximas eleições, caso estes não cumpram com a ordem de devolução das despesas que reclamaram ilegalmente. Cameron foi o primeiro a agir, afirmando que, "no final do processo, os deputados terão de pagar o valor estipulado pelas autoridades. É o mínimo que podemos fazer para ultrapassar os problemas do passado e avançar no futuro".
Gordon Brown, que terá de pagar 12.415 libras (mais de 13 mil euros) em despesas de limpeza, jardinagem e decoração, acabou por fazer um discurso semelhante após mais de 50 deputados trabalhistas se terem reunido ameaçando contestar o pagamento. Na segunda-feira, o primeiro-ministro havia já sido interpelado, numa reunião parlamentar, quando apelou aos seus deputados para seguirem o exemplo e pagarem os valores em dívida.
O escândalo das despesas partidárias foi inicialmente exposto pelo jornal "Daily Telegraph", em Maio passado, revelando o pagamento de despesas como a limpeza de piscinas, construção de lagos ou a reclamação de habitações inexistentes. Downing Street acabou por encomendar uma investigação levada a cabo por Thomas Legg, cujos resultados foram publicados na segunda-feira.
Deputados de todos os partidos com representação, receberam cartas informando de alterações ao sistema de reclamação de despesas e pedindo a devolução das despesas que cada um reclamou ilegalmente. Cada deputado tem três semana para responder à correspondência.
Ferreira Pinto
Deixemos os deputados ingleses, pelos vistos não servem de modelo aos nossos.
Deixemos os morticínios fomentados ou praticados pela Al-Qaeda. Quer seja por eles, quer seja por Israel, quer seja pelos americanos e seus aliados, as vítimas inocentes são sempre as mesmas, por isso não vale a pena estar aqui a "malhar em ferro frio". Cada um fica com as suas convicções e nada tenho a ver com o que os outros pensam sobre o assunto.
Restam as medidas que o Obama disse que ia tomar. Tomou-as? Se as tomou, podiam servir de exemplo ao "pessoal cá da casa".
Em Portugal, basta ver o sr.Constâncio ganhar ou melhor, receber, o dobro do presidente da Reserva Federal dos EUA, equivalente ao "nosso" Banco de Portugal.
Porca miséria...
Compadre Alentejano
Compadre Alentejano
É a esse senhor que me refiro num comentário acima:
"Não aceitam aumentos aos trabalhadores de mais de 1,5% senão as indústrias abrem falência e o desemprego aumenta. Mas não abdicam de serem os mais bem pagos a nível mundial!"
É pena não referirem a posição de certos banqueiros portugueses "contra a intervenção do Estado na política salarial do sector,impondo regras para limitar os prémios e os bónus de desempenho pagos na banca."
Ou será preciso explicar que, quando escrevi: "a nossa situação económica permite liberalidades que não estão ao alcance nem da Inglaterra, nem dos EUA", é a gozar?
Sandokan Xau
O meu comentário, muito genérico, resume-se em poucas palavras. Aliás, os comentários deviam ser curtos, evitando textos extensos exibicionistas que nada comentam.
Hoje, dia 29/OUT, olhe-se para a cara do Armando Vara e a forma sustentada como efectuou o seu percurso. É a cara do país que consentimos ter. É a imagem de um povo que perdeu os seus valores.
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